Casa – Rua Dom Antônio de Melo

A cidade de São Paulo é bastante diversificada quando o assunto é arquitetura residencial antiga. Isso se deve muito aos muitos imigrantes que vieram para cá entre o final do século 19 e início do século 20, e que utilizaram seus conhecimentos técnicos adquiridos do outro lado do Atlântico para construir casas bem interessantes por aqui.

Observe a casa da fotografia abaixo:

Construída nas primeiras décadas do século 20, a residência localizada na rua Dom Antônio de Melo é um bom exemplo de padrão arquitetônico que foi bastante comum na São Paulo antiga.

Esse modelo de casa simples, de construção sem recuo e com janelas e porões voltados para a rua, além de uma única entrada, pela lateral, você encontra em praticamente todos os bairros antigos de São Paulo, especialmente no Bom Retiro (onde esta se encontra), além de Brás, Mooca e Bela Vista.

As diferenças entre elas são muitas vezes mínimas, geralmente apenas em detalhes da fachada. Mesmo hoje são casas bastante agradáveis.

No caso dessa ainda chamo a atenção para o pequeno edifício localizada ao lado. Notem que também é uma construção bastante antiga e igualmente interessante. O fato de ambas estarem pintadas com as mesmas cores me faz pensar que pertencem a um mesmo proprietário.

Que os dois imóveis durem por muito tempo!

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6 respostas

  1. Morei no Bom Retiro, na Rua Barra do Tibagi, o Sobrado Dava de frente a rua Neves de Carvalho. Já demoliram, eram cinco sobrados iguais, morei até os 12 anos e meus avós continuaram morando. Se pessoas vinham á noite pela Neves de Carvalho, a vista dos sobrados Brilhavam … Saudades …

    1. Boa tarde, Walkiria, lembro-me de que na Barra do Tibagi há (ou havia) a Demolidora Diez, famosa por realizar a demolição de muitas casas na Avenida Paulista.

  2. positivos e negativos….

    Negativo:
    O sobrado vizinho está descaracterizado, o que tira um pouco da uniformidade estética, mas se observarmos a rua, nada é uniforme. Portanto nada de errado aqui. Os azulejos, entendo, a região pode estar sujeita a enchentes, ou preferiu isto para preservar a parte baixa da fachada.

    Positivo
    Dependendo da largura da entrada da loja ( Garagem ? ) , tem-se o que se convenciona chamar um “TownHouse”, algo raro, uma mansão urbana, ou dois apartamentos (Tenement Housing ).

    Abstraindo-se preconceito enraizado do Paulistano de Classe Média em morar em bairros operários, esta moradia representa uma formidável opção de habitação urbana, empregando-se o termo local, “de luxo”. Ser dono do seu próprio chão, em bairro centralizado, deveria ser considerado um privilégio.

    Aliás, o grande problema da preservação destes tipos de imóveis, não são os órgãos públicos, e sim a justificação econômica do imóvel e os custos de restaurações.

    É muito comum outros dizerem, “ahhh que pena, o que estão fazendo com algo tão lindo”, e depois, “ahhh o poder publico deveria fazer alguma coisa”. O problema desta mentalidade é que sem que o proprietário possa monetizar uma venda ou locação à altura de suas expectativas, ele/a são obrigados a subsidiar a moradia alheia às suas custas. Bom, esta alternativa não atende os interesses do proprietário. E não vamos esquecer que o proprietário também faz parte da equação.

    Quando o incorporador vem com aquela oferta de troca por apartamentos e uns trocados, se o morador não puder realizar o seu “payday” de outra maneira, é óbvio que ele/a irá aceitar a “oferta mais alta”, ou seja, do incorporador.

    Há soluções para estes problemas, porém são do alcance de uma discussão com proprietários, poder público, moradores, portanto fora do interesse do publico em geral não comprometido.

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