Casarão Demolido – Avenida Pompéia, 960

Antigo casarão localizado na avenida Pompéia 960, em Perdizes. O belo casarão já sofreu algumas modificações mas ainda resiste. Sua sacada foi retirada, bem como seu muro e gradil que foram substituídos por tapumes.

É possível notar em suas janelas ovais, antigos vitrais coloridos hoje bastante incomuns, mas muito cobiçados na primeira metade do século XX.
Fotografia: Luciana Ribeiro

Atualizado: Imóvel demolido em 2011

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Casa – Rua Tiers, 816

Pequena casa da rua Tiers, no bairro do Pari. Esta casa é a última desta ponta da rua que ainda conserva as características originais de quando foi construída.

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Casa dos Camafeus – Rua da Mooca, 516

Na rua da Mooca 516 um ponto comercial antigo datado de 1914, há muito esquecido, chama a atenção de pessoas mais atentas pela delicadeza de sua construção e pela elegância de dois camafeus que adornam a parte frontal do imóvel.

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12 respostas

  1. Aos autores do site, boa noite!
    Em primeiro lugar, preciso dizer a vocês que esperava há anos por um site assim. Sou formada em Arquitetura – e prédios antigos me fascinam. O São Paulo Antiga & Abandonada já está entre meus favoritos.
    Também escrevo para dar uma notícia chata. Moro ali perto, faço aulas de guitarra no Conservatório Santa Cecília e vi que a casa da avenida Pompéia foi demolida por esses dias, juntamente com o imóvel da esquina, vizinho a ela. Fico muito triste ao ver mais uma bela casa, que poderia ter sido conservada (ou pelo menos restaurada) desaparecer para dar lugar a, possivelmente, algum estabelecimento comercial de arquitetura duvidosa. E assim escasseiam os registros de uma época mais bucólica – e de construções bem mais bonitas…
    Um grande abraço!

    1. Olá Juliana,

      Muito obrigado pelo incentivo.
      Fico muito triste em saber que o casarão já foi abaixo. Se puder, tire uma foto do local para nós atualizarmos a matéria.
      Abraços!

  2. Fiz arquitetura há uns 35 anos, e não concordo com a frase da Juliana de “uma bela casa, que poderia ter sido conservada (ou pelo menos restaurada) desaparecer para dar lugar a, possivelmente, algum estabelecimento comercial de arquitetura duvidosa.” A frase já bem imbuída de todo um preconceito de que um estabelecimento comercial terá arquitetura duvidosa (duvidosa em que sentido?), sendo que o padrão da antiga residência também é muito questionável. Além disso, sinceramente quem quereria morar em uma casa na Avenida Pompéia nos dias de hoje? Duvido muito que a Juliana, com todo o romantismo que demonstrou, tivesse “estômago” para suportar os gastos e os distúrbios decorrentes da localização dessa casa obsoleta, construída certamente com materiais ultrapassados, e em uma avenida que não oferece conforto para um morador residencial comum. Um estabelecimento comercial, em uma via que é corredor de trânsito, pode ser a salvação para que o local não se torne um mocó de traficantes. Vamos ser práticos e honestos.

    1. Aqui a opinião é bem diversa e respeitada, porém é compreensível que as pessoas que se manifestem geralmente são defensoras das casas citadas.
      Eu particularmente defendo a casa no lugar onde estava, porque o que vem no lugar de alguns imóveis demolidos é muitas vezes de mau gosto, porém vamos esperar para ver o que será construído no local para criticar ou elogiar, mas de qualquer forma é a derrota da memória de mais um pedaço da cidade. Todo lugar tem sua história.
      A avenida Pacaembu e a avenida 9 de Julho também não são locais hoje apropriados para residências, mesmo assim hoje são preservadas as casas que estão por ali. Mesmo assim as casas são transformadas em casas comerciais, com escritórios.
      Nem sempre é possível preservar a casa por completo, mas é possível preserva a sua fachada, mas para isso é preciso boa vontade e nem sempre existe isso.

    2. Típico comentário do brasileiro, filho de um país sem memória!
      Uma terra que não dá valor à sua história, já tão recente, que cultiva o tal “progresso”, muitas vezes sem planejamento algum, desordenado e que traz o caos.
      Obsoleta? Me revoltei ao ler essa palavra.
      É ANTIGA, HISTÓRICA. Enquanto a maioria das pessoas enxergar o antigo como “obsoleto” e não apreciar sua beleza e seu valor, teremos esse país assim, que valoriza o “progresso” em detrimento da cultura.
      E viva o capital!

  3. O tema São Paulo abandonada me fascina, assim como toda as questões que envolvem a degradação do espaço público.
    Sou moradora recente da Av. Pompéia e vejo diariamente que lá encontram-se diversas casas antigas, coladas uma nas outras. Pra mim é uma cena linda. É uma pena mesmo que quase tudo se perde no tempo, e as vezes não é nem descaso, mas vai saber o que se passa com os herdeiros desses locais, e se esse locais tem mesmo herdeiros. São Paulo, gigante e rica como é, ainda não tem um trabalho significativo no sentido de preservar algumas belezas urbanas, e quando ocorre é por iniciativa privada, e com ajuda de poder (dinheiro). Veja por exemplo do prédio antigo situado ao lado do MASP. Só agora virá um projeto para reapropriá-lo. Bem lembrado o bairro Pacaembu. Também passo lá diariamente, -lembrando, de ônibus-, e observo as belas casas antigas, ainda charmosas e conservadas. Este é um assunto sobre dinheiro. Se há dinheiro privado envolvido, tudo se resolve. Conserva-se a história e os prédios comerciais são de bela arquitetura, senão, não. E são Paulo me envergonha nessa questão.
    O site é uma bela idéia.
    Parabéns.

  4. Caro Douglas,
    Parabéns pelo site. Acabei de conhece-lo e já estou achando muito interessante, já que sou arquiteto e igualmente apaixonado pela arquitetura histórica da cidade.
    Sou morador da Pompéia e vejo com melancolia o que vem acontecendo a nossa cidade, e principalmente com esse belo bairro.
    Esse casarão certamente não era dos mais bonitos, mas se fosse restaurado (mesmo que parcialmente) poderia abrigar um bar, uma pizzaria ou um café. Concordo que habitação na Avenida Pompéia já é inviável, e que pelas condições de abandono em que este imóvel em particular se encontrava, talvez fosse dificil o aproveitamento para outro uso. Mesmo assim é uma pena.
    Veja por exemplo, que a pizzaria 1900, na rua Cotoxó (bem ali perto), preservou a fachada (e boa parte do interior) de um casarão antigo, muito bonito por sinal. É um exemplo perfeito de que pode haver um ótimo aproveitamento da arquitetura histórica e vernacular da cidade.
    Tenho desenhado muitos pontos da cidade, inclusive muitas casas na Pompéia, e fico feliz de dividir esse interesse com tanta gente.
    Visite meu blog, sob o marcador “urban sketchers” e vc verá alguns destes desenhos.
    Abs

  5. Olá,
    primeiro quero parabenizar pelo site, que é formidável, bem dentro do meu gosto, confesso que foi um achado, conheço São Paulo, pois estudei aí lá pelos anos oitenta e nas horas vagas me deleitava passeando para ver estes velhos casarões e cheguei a fotografar alguns. Cursei arquitetura até o 5o. período, mas a minha vida tomou outro rumo: larguei tudo, iclusive a carreira de professor (que retomei depois), e fui estudar para padre e hoje sigo a vida com muita felicidade, mas não perdi o amor pelo assunto e estou sempre lendo, vendo e discutindo sobre arquitetura. Hoje uso meus conhecimentos para os diversos trabalhos pelas igrejas que atuo e já atuei, sempre pensei em concluir o curso, mas são tantas as tarefas (também sou músico) que não encontro tempo, apesar de morar numa capital aqui no Nordeste que tem várias faculdades de arquitetura.
    Li os comentários acima e entre o da Juliana e do Tulio prefiro ficar com o primeiro. A gente vai se deixando mover pela força da grana que (ergue e) destrói coisas belas, como diz o famoso Caetano, e acaba achando que o lado econômico por si já justifica, é engano! e a história, a arte que expressa o belo, onde ficam? no meu tempo se saía em campo estudando os diversos estilos, formas, autores como se fossem obra de arte, e se se distrói tudo, onde e como vão estudar os futuros arquitetos? só nos livros, albuns, internet? é pouco!…
    É, meus caros, em arquitetura os gostos não só não se discute, mas se admira alguns e se lamenta outros, já dizia um velho professor.
    Um abraço.

  6. lindo trabalho,gosto muito do passado e aos poucos ele esta deixando de existir pelos aranhas ceus,e alto valor economico das construtoras

  7. Os vários elementos arquitetônicos e estéticos de casas históricas com acabamento refinado tanto de São Paulo como outras cidades, entre elas minha cidade natal Rio de Janeiro, são inspiração incessante em meus desenhos; entretanto saiba quem quiser que minha primeira motivação veio através do livro I WISH I COULD (em português QUEM ME DERA) de Dean Walley com ilustrações de Arlene Noel.

  8. Muito triste ver tantas edificações em deterioração pela cidade… registro histórico, artístico e cultural se esvaindo…

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