Colégio Maria José – atual Complexo DJ Club

O desrespeito e o descaso com o patrimônio histórico paulistano é algo já tão enraizado na cultura da cidade que muitos acham que iniciativas voluntárias de preservação são quase inexistentes.

Apesar disso, existem muitas pessoas e instituições que independente de qualquer ajuda do governo são capazes de manter preservadas suas propriedades, que muitas vezes são construções históricas importantíssimas para a história de São Paulo.

Um grande exemplo de preservação é o que encontramos no número 562 da Alameda Glete, em Campos Elíseos. Trata-se de um belíssimo casarão do ano de 1892 e que abriga um colégio com mais de 100 anos de existência, o Colégio Maria José.

clique na foto para ampliar

A história desta instituição com o casarão começa nos anos 1920 quando o argentino de nascimento e de família com origem alemã Conrado Wessel, adquiriu uma série de terrenos e imóveis no bairro de Campos Elíseos e Barra Funda.

clique para ampliar

Em um destes imóveis, este aqui da Alameda Glete, já existia uma escola com o nome de Instituto Príncipe de Nápoles. A instituição foi adquirida e preservada no local, sendo que em 1927 teve seu nome alterado para Instituto Zeppegno.

No entanto, uma década mais tarde, em 1937, a escola teria mais uma vez uma alteração em sua nomenclatura, sendo renomeada para Instituto de Educação Maria José, utilizado até hoje.

O colégio tem como data base de fundação o ano de 1904, porém há fortes indícios e testemunhos de que a instituição existe desde muito tempo antes.

Entretanto, devido a ausência de documentos comprobatórios, a instituição preserva o ano de 1904 como data oficial de fundação.

A história do Colégio Maria José é parte da história da Cidade de São Paulo. Uma escola excelente, que preserva a memória arquitetônica de sua edificação e a memória de alunos do passado.

Merece nosso sincero parabéns, em uma cidade que nem sempre dá atenção devida para suas construções históricas. A instituição é, sem dúvida, um motivo de orgulho para a nossa cidade.

Veja mais fotos (clique na miniatura para ampliar):

Atualização – 05/03/2024:

Com o encerramento das atividades do colégio pouco depois da pandemia, o espaço ficou algum tempo vazio e ano passado foi novamente ocupado, desta vez para um segmento que o imóvel jamais tinha recebido antes: uma balada.

O Complexo DJ Club está ocupando o espaço, que voltou a ter vida e a movimentar a região. Abaixo uma fotografia da fachada atualmente, com um tom e azul mais escurecido.

Compartilhe este texto em suas redes sociais:
Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
Siga nossas redes sociais:
pesquise em nosso site:
Cadastre-se para receber nossa newsletter semanal e fique sabendo de nossas publicações, passeios, eventos etc:
ouça a nossa playlist:

29 respostas

  1. Olá Douglas! Minha filha estuda na unidade II, e eu gosto muito da educação deles. Voce deve ir lá para conhecer o interior da instituição, que ainda também mantém muitos elementos originais, como algumas vidraças, piso de madeira e um belíssimo salão central, todo em madeira. O pé direito também é magnífico! O edifício da unidade II já está bem modificado internamente, mas a fachada e a escadaria da entrada continuam intactas!

  2. Estudei nesse Colégio em 1946, Semi-Interno, o onibus me apanhava em casa as 8.00 e me trazia de volta às 17,00, seu motorista Sr. Antero,magro de bigode e muito cuidadoso. No Colégio, era servido chá ou café com leite,alem do almoço. existia no jardim de seu corredor, um lagarto de estimação. Curiosidade era aula de Educação Física, acompanhada por musica de piano, seu patio interno era o encanto da criançada na hora de recreio. Edgard Ferrari, boas recordações.

    1. Meu nome Roberto Luiz Antonio Soares e também estudei nesta epóca e o motorista era o Sr, Antonio. Lembro-me também da Dona Carmela e Dona Ione.

  3. Incrivel ver esta foto depois de tantos anos. Estudei no Maria Jose nos anos 70, ate a 6a serie. Tambem ia para a escola com o onibus do Maria Jose. Eu absolutamente odiava o regime semi-interno. Tambem me lembro do outro casarao da mesma escola, espetacular, que ficava na Avenida Higienopolis e foi derrubado para dar lugar so Shopping Patio Higienopolis. Fico feliz de ver que o casarao da Alameda Glete ainda exista e esteja bem cuidado. Da para ver pela foto de satelite que agora fecharam o patio que antes era ao ar livre.

  4. Muito bom saber que algo se conserva em São Paulo, eu estudei no Colégio Maria José, e tenho muito orgulho e digo isso com muita felicidade. Fez parte da minha vida. Conheço cada cantinho de dentro deste casarão maravilhoso, rustico de taco de madeira e telhado de forro tudo ainda muito antigo mas bem conservado. Parabéns aos proprietários que preservaram a história da mais bela cidade do mundo que eu amo muito São Paulo.
    Mas devemos também lembrar da Escola que fica a uma quadra dali, a Escola Nossa Senhora de Loreto que eu também estudei desde o pré e que também fica em um palacete lindo na esquina da Alameda Glete com a Rua Guaianazes, gostaria que vocês da São Paulo Antiga pesquisassem sobre ele e a história, ver o que aconteceu com o Colégio, divulgar o que é feito hoje no palacete, se ainda tem madres católicas, se ainda é escola, etc. Obrigada por tudo.
    Aline Muradian.

  5. Quanta saudade !
    Tempos maravilhosos …. Estudei neste colégio nos anos 70. Havia muita disciplina, aulas de música, etc. Os alunos mais velhos diziam que o laboratório, que ficava na parte de baixo (porão) era mal assombrado, pois lá existia uma caveira que seria de um suposto jardineiro que trabalhou no colégio (coisas de crianças …), eu morria de medo !
    Alguém se lembra do sr. Alvaro e do sr. Lauro, motoristas do ônibus escolar ? E da freirinha (brava !) que ficava na secretaria da escola ?
    Sem falar que do meu primeiro amor

  6. Quanta saudade !
    Tempos maravilhosos …. Estudei neste colégio nos anos 70. Havia muita disciplina, aulas de música, etc. Os alunos mais velhos diziam que o laboratório, que ficava na parte de baixo (porão) era mal assombrado, pois lá existia uma caveira que seria de um suposto jardineiro que trabalhou no colégio (coisas de crianças …), eu morria de medo !
    Alguém se lembra do sr. Alvaro e do sr. Lauro, motoristas do ônibus escolar ? E da freirinha (brava !) que ficava na secretaria da escola ? Amigos especiais, professores abnegados, descobertas, enfim, tudo de bom.
    Sem falar do meu primeiro amor …. O primeiro beijo …. Ternura e
    inocência.
    Colégio Maria José, obrigada por tantos momentos inesquecíveis. !
    Que Deus abençoe a todos que participaram desta estória.
    Márcia

  7. A historia deste imóvel, onde hoje está o Colégio Maria José, começa no século XIX, pois ele originalmente pertenceu ao Dr. Carlos Norberto de Souza Aranha (vide rua no Alto de Pinheiros), de tradicional família paulista, fazendeiro de café da região de Campinas (fazendas em Pedreira e Jaguariúna, chamada na época de Jaguari) e presidente da Estrada de Ferro Mogiana

  8. minha filhota estudou aí. A sede maior do colégio é toda preservada dentro. O Salão Principal é LINDOOOO e tem várias fotos desde a inauguração. as Salas de aula ainda têm seus pisos de madeira!

  9. Estudei nesse colégio, em 73/74.
    Fiz a primeira e segunda série lá.
    E na minha época, parte da escola era cedida para o primário (1ª a 4ª série) do Estado.
    Eu estudei pelo Estado e minha sala de aula dava acesso ao pátio, já na parte alta pertencia a escola particular.
    Quantas saudades !

  10. Estudei nesse colégio nos anos 65 a 69 fiz o primário adora estudava com na mesma sala com a Abel filho da diretora na época D. Lourdes brava rsrsrs morria de mede dela e com a filha da dona, Maria José era maravilhoso tenho fotos daquela epoca e me lembro tbem do ônibus que sempre nos levava ao teatro prédio tbem de d. Maria José la eram feitas as festa como encerramento de ano festa juninas etc!! tempo maravilhoso que ficou pra trás !! tbem morria de medo da caveira na sala de ciências.. bjs a todos!!
    .

  11. Feliz natal !
    Na hora da ceia não sirva peru,
    Sirva um bom café, vatapá, caruru.
    Família reunida, contente da vida,
    Que bom festejar o natal a cantar …
    Não há oh gente oh não, natal tão bonito, natal tão azul,
    Luar do sertão, e o cruzeiro do sul,
    Para iluminar o meu Brasil por inteiro,
    Eu quero este ano, ver Papai Noel, de verde e amarelo,
    Chegar altas noites, em muitos chinelos ,
    E dizer com orgulho :
    Eu sou brasileiro !

    Quem se lembra desta música ? (1969/1970/1971)
    L i n d a !!!!!!
    Saudades …
    Beijo a todos,
    Márcia

  12. Também estudei nesta escola nos anos 70, na verdade eu tinha uma bolsa de estudos e modéstia a parte sempre eu ganhava uma medalha de honra ao mérito no final do ano como uma das alunas que mais se destacaram no ano letivo rsrsrs….. Incrível né… Estudei Colégio Infantil da Higienópolis e da Glete. O meu pai era motorista dos ônibus e peruas da escola, o Sr. Lauro, alguém se lembra dele? Bons Tempos aqueles.

  13. estudei neste colégio também em 1994. Coisa linda era ver a exposição de fotos antigas que eles faziam todos os anos…andar por aqueles corredores e se perguntar o que teria atrás de portas fechadas. Claro, por dentro algumas coisas mudaram, mas muitas das portas, janelas e estrutura continuam a mesma!

  14. São muito boas as memórias de nossa infância. Estudei no Maria José de 1955 a 1959. Da. Lourdes era uma orientadora muito brava. Da. Dirce, da secretaria, uma pessoa bondosa. Os professores do primário, Da. Cely, Da. Amarilis trazem uma suave lembrança. Depois, já no ginásio, a professora de música, Da. Cluny de Moura Abreu destaca-se em minhas lembranças; não podemos esquecer do professor de geografia, Sr. Tomé, latin Da. Lígia, o terror da matemática, professor Rampazzo, Da. Neide, igualmente dedicada em português. O professor Francisco da educação física. Desculpem – me se esqueci alguém, já faz muito tempo. Não podemos deixar de mencionar os motoristas dos ônibus, Sr. Carlos, Sr. Antônio Parra, Sr. Manuel e o Sr. Noel do carro 4. Todos eles e, também, os colegas, são muito importantes em nossas lembranças. Abraços meus queridos.
    Sérgio

  15. Saí desse colégio a menos de dois anos, por dentro continua conservado uma parte dele, restante está meio “abandonado” como a quadra etc. Mas, se precisar de algo para ampliara matéria procure a coodernadora Girleide e peça um tour pela escola, vale muito a pena ver o piano que tem lá que pertenceu a Maria José, a escola no andar da secretária se mantém incrivelmente bem conservado, as salas do primeiro andar conservaram o piso de madeira e as portas.

  16. Estudei nesse colégio na década de 60, lembro que falavam que tinha um laboratório mal assombrado. Evita passar perto rsrs
    Coisas​de criança! Bons tempos.

  17. Estudei nesse Colégio. Me formei em 1969 no Normal, gostaria de localizar os meus colegas de turma . Não sei como fazer. Gostaria de ajuda. Grata, Maria Fernanda

  18. Que saudades!!!
    Estudei no Maria José entre 1955 até 1961
    Fui alfabetizado pela professora Olguinha, um anjo em forma de educador..
    Trinta anos depois, passando em frente ao Colégio, resolvi parar e olhar.
    Ele estava exatamente como conheci, os quadros de alfabetização na parede eram os mesmos.
    Fiquei arrepiado de emoção.
    Foi quando soube por uma funcionária que a professora Olguinha ainda vivia e LECIONAVA, na Av. Higienópolis, onde cursei o jardim de infância.
    De imediato fui até lá e meu reencontro com ela foi emocionante.
    Desfrutei de sua amizade até sua morte, não tendo deixado de visitá-la inúmeras vezes. Como era sozinha, num Natal levei-a para passar comigo e minha família.
    Lembro que no primeiro encontro, enviei um buquê de flores para ela com os seguintes dizeres:
    Professora, pessoas como você fazem a vida valer a pena ”
    Rezo sempre por sua alma.

    Wagner José Callegari

    1. Estudei no Maria José de 1958 a 1961.
      Também fui alfabetizado pela Da. Olga, no primeiro ano. Eu nem falava português, só francês, e Da. Olga me chamava na sua mesa para ler para ela bem baixinho, assim ninguém podia zoar de minha pronúncia esquisita. Dos quadros de alfabetização só lembro do último, por me parecer tão estranho: Zabumba!
      Depois foram da. Noemia e Da. Fulvia (dois anos).
      “Colégio Maria José, forjador de nossas consciências, nós te saudamos de pé!”
      Saudades…

  19. Tenho muita vontade de rever está escola…estudei por apenas 6 meses, mas que marcaram muito minha infância…o ano era 1969…salas de pé direito alto, piso em madeira…um pequeno pateo!!!..
    Em baixo, um laboratório de ciências onde havia um esqueleto humano que até hoje, depois de 50 anos, não me saem da memória…parabéns aos mantenedores!!!…viva são Paulo…

  20. Ruy Josman Ribeiro Lopes
    Não sei porque, acordei hoje pensando no Colégio Maria José onde estudei a primeira série do antigo ginásio, em 1961 e depois o 3º colegial em 1966. Acordei simplesmente cantando o hino do Colégio….” Somos a mocidade que avança, à conquista de um belo provir”……. ” Forjador de nossas consciências. Nós te saudamos de pé. (e a turma levantava) Oficina de letras e ciências”. Que saudades. Formava cidadãos realmente. Aulas de Educação Social e Cívica. Aulas de Canto. Latim, espanhol, frances e ingles…Saudades! Fiz alguns amígos, mas nunca mais tive contato. Tive o prazer e felicidade de estudar entre esse período ( 1962 a 1965) no Instituto de Educação Horácio Manley Lane, na minha cidade de origem, São Roque – SP, que era considerado um dos melhores colégios do estado de São Paulo. Era o colégio que colocava muitos alunos nas melhores faculdades, sem o cursinho pré vestibular. Não fui um deles, pois era meio folgado rsrsrs. Entrei na faculdade na segunda tentativa rsrsrs. Vai a seguir a letra do hino do colégio….sem partitura para que conheçam a melodia. Isso fica na memória de quem frequentou…..Grande Colégio Maria José!!!!

    Hino do Colégio Maria José – Letra: Dario de Lorenzo – Música: Mario Zan

    Somos a mocidade que avança,
    à conquista do belo provir.
    Primavera nos canta a esperança,
    o ideal, temos destro, a sorrir.
    O Brasil nos espera, no chama.
    Nossa gente nos olha com fé.
    Venceremos no estudo e na fama,
    no Colégio Maria José.
    Somos nós o despertar da vida,
    nosso lema é virtude e saber.
    Nosso amor pela pátria querida,
    é ser forte, estudar e vencer.
    Colégio Maria José,
    forjador de nossas consciências
    nós te saudamos de pé,
    oficinas de letras e ciências.

    1. Rui Josmam Ribeiro Lopes, se não é o irmão da Marici, ou cunhado do (RRB) da Kodak Roberto Ribeiro Borges fico imaginando vc estudando no mesmo Instituto da aalameda Glete e da Av. Higienópolis e posteriormente coleção da nossa KBL. FOI uma grata surpresa e recordação de um maravilho tempo.
      Ficaria contente de ter notícias de Marici, Roberto, Calixto e Pedro Natal, todos filhos de São Toque.
      UM FELIZ ANO DE 2023
      Alberto Rossi

  21. Conclui o primeiro ciclo ou “ginasio” em 1957 e fui alfabetizado no primeiro ano pela professora Dona Olga.

  22. Fui aluno desta instituição, entrei em 1946, 5a série, ginásial na Alameda Glete e o 2°colegial na Av.Higienopolis, lindas lembranças de os professores dedicados o motorista Sr. Antero que cuidou de mim e colegas diariamente, de dna Carmela, chamando-nos para aula e recreio e porque esquecer dos colegas que eram muitos.
    Abençoada instituição que me encaminhou tao bem na primeira etapa de minha vida.

  23. . pelo jeito, acho que a escola já era. recebeu uma caiação mal feita, as janelas tem papel colado para tampar o sol ou video quebrado. e o portão lateral, lastimável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *