Fábrica Abandonada – Rua Silva Airosa

Localizada ao lado da ponte dos Remédios, na rua Silva Airosa, esta enorme fábrica está abandonada há muitos anos contribuindo para a deterioração da região.

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A grande área da fábrica está com suas construções praticamente intactas apesar de esquecida. Apenas uma parte da construção que curiosamente é mais recente que as demais está sem telhado, que aparentemente ruiu.

O local é bastante arborizado e agradável e é possível notar que devido ao relativo sossego que o abandono proporciona há muitos pássaros no local. No lado de fora o abandono é refletido pelas calçadas cheia de mato e pela sujeira proporcionada não pelo imóvel, mas por vendedores de pallets. Os vendedores fazem as transações na calçada mesmo e, ao repararem os pallets danificados, descartam os restos de madeira na rua tornando o local um lixão a céu aberto.

Apesar de abandonado, chamou a atenção que dentro do imóvel estão jogados dezenas de orelhões rodoviários da empresa Autovias (veja galeria abaixo).

O nome da rua da fábrica homenageia Antonio Marques da Silva Airosa, proprietário das terras da região dos dois lados do rio Pinheiros e que no passado erigiu e posteriormente ampliou a antiga capela de Nossa Senhora dos Remédios, hoje uma grande igreja.

Sobre qual fábrica ocupou o local, os comentários no texto são muitos e como não foi possível apurar se estão corretos ou errados deixamos aqui os nomes que nos enviaram:

  • Cotonifício Nossa Senhora dos Remédios
  • Siderúrgica Barra Mansa
  • Tecelagem Chenille

Se você, leitor, tiver outras informações sobre esta antiga fábrica deixe um comentário e ajude-nos a montar a história deste imóvel.

Veja mais fotos desta fábrica (clique na miniatura para ampliar):

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47 respostas

  1. Duas coisas: ainda acho que a Schlumberger – empresa francesa – tinha atividades no local. Mas posso estar enganado. Outra coisa: essa ponte dos Remédios de 1958 ainda era outra… veja que ela cruza o rio em posição diversa da atual, dando não na av. Remedios, mas possivelmente na rua que hoje é acesso de quem sai da ponte atual para a Marginal sentido Castelo.

  2. Boa Noite,

    Parabéns pelas excelentes fotos! Me parece que os galpões eram ocupados pela Siderúrgica Barra Mansa, mas posso estar enganado. Conheço o local e obtive esta informação consultando o Guia Cartoplam 2005…

  3. OI

    Minha familia mora ate hoje nos arredores e meus pais e tios trabalharam nesta fabrica nos anos 50- 60
    chamava_se tecelagem chinili( nao sei se escreve assim, mas se pronuncia chinili)
    vou tentar verificar e passo mais informaçoes
    parabens pelo site
    eu sou geografo doutando em urbanismo aqui em paris
    se quiser mantenha contato
    abraços
    adilson Guaiati

  4. Eu vivi os melhores momentos da minha infancia em uma casa na rua Major Paladino,em frente a esta fabrica,hoje moro no interior de São Paulo,mas como Paulistano espero que o progresso volte a Vila Leopoldina.

  5. Boa tarde.
    Ha muito tempo acompanho o site, as fotos e reportagens. É uma pena o que o poder publico e a população em geral fazem com a nossa memória!!!
    Uma dica: Também na Vl Leopoldina, Esquina da R Carlos Weber x R Carneiro da Silva ha uma fabrica que, aparentemente, esta ha muito tempo abandonada.
    Boa sorte e continue com o trabalho!!!!!

  6. Eu acho um absurdo o que fizeram com a cidade de são paulo,fechando fabricas que moviam a economia da cidade e geravam empregos para a população.Hoje só tem predios e mais predios,areas industriais dando lugar a condominios luxuosos.Tem que voltar a era da industrialização paulistana de novo,pois sp é uma cidade industriaria,não de serviços como Nova York.

  7. É com muita tristeza que tomamos conhecimento de que a Prefeitura desapropriou essa Fabrica e por esses dias darão inicio a demolição e construção de residencias populares no estilo “Cingapura”.

    A chaminé e o arco de entrada da Fabrica são verdadeiras obras de arte da arquitetura, os quais ao invés de serem demolidos, deveriam ser preservados e tombados como patrimonmio arquitetonico do municipio, mas os empreendimentos imobiliarios falam mais alto, e eu sou somente mais um Zé. Lamentável.

  8. Lamentavelmente,nosso pais é um verdadeiro descaso, principalmente no que se diz MEIO AMBIENTE e odesmatamento desenfreado, para não dizer sobre os lixões, infelizmente onde eu resido Jardim Humaita, um terreno que outrora foi uma fabrica onde deu empregos a dezenas de famílias hoje ( DESCASO) virou um lixão a céu aberto, VERGONHA, e este lixão na cara de tudo e de todos, mas como já frisei é o pais do descaso, não se pode fazer nada, deixe o lixão onde esta, pois não esta na frente da casa de nenhum politico ou autoridade, pois se assim tivesse já teria resolvido a questão
    Fica aqui um pensamento ( LUGAR LIMPO NÃO É AQUELE QUE MAIS SE LIMPA , MAS SIM AQUELE QUE MENOS SE SUJA ) SEJA UM CIDADÃO JOGUE O LIXO NO LIXO

  9. Eu nasci na Vila dos Remédios e creio que minha tia trabalhou neste local na década de 50. Aí funcionava se não me engano uma fábrica de lona e tapetes.

  10. Olá a todos,

    Passo pela região constantemente e pude constatar, com tristeza, que a demolição está em ritmo acelerado…só não consegui descobrir o que farão ali…

    Continuem com este excelente trabalho!!!

    Abraços…

  11. A fabrica que ocupava esse terreno era a antiga Siderúrgica Barra Mansa, onde era fabricado cabos de aços. Meu pai trabalhou até julho/ agosto de 1994 quando suas portas fecharam (corrijam-me se eu estiver enganado). Cheguei a conhecer a fabrica em funcionamento quando tinhas uns 7 anos de idade. Fico até desacreditado que a aquela fabrica que na época estava a todo vapor hoje se encontra nesse estado de abandono. Segundo uma moradora vizinha (amiga de minha família), no local será erguido um condomínio para moradores de renda baixa, igual um CDHU, para as famílias que residem a favela atrás do Ceagesp.

  12. Estou com os olhos melejados. A Barra Mansa foi o meu primeiro emprego em 1986 eu era office-boy do escritório o meu chefe era o João Begóti. Depois fiz um curso no senai e fui para mecânica trabalhar com o seu João Murauskas. Todos estes galpões eu conheço como a palma da minha mão. Essa foto de 1958 não mudou nada, até hoje é assim. Mas tudo isso vai acabar tudo isso vai virar singapura. Que saudade daqueles colegas, a fábrica tinha uns mil funcionários de vez em quando o Antonio Ermirio de Moraes aparecia por lá me lembro como se fosse hoje o empresario chegando de opala diplomata sem nenhum segurança, e cumprimentava todos que passasse por ele. A barra mansa me deixou muitas saudades.

    1. Ola

      estou fazendo um trabalho de faculdade, vou fazer no local dessa fabrica um lindo parque urbano, vou manter varias das edificaçãoes.
      gostaria muito de saber mais sobre a antiga fabriga, poderia me ajudar?

  13. Olá a todos,

    Passei sobre a Ponte dos Remédios dia desses e, infelizmente, a maior parte da velha fábrica já foi demolida. Sobrou apenas a chaminé e um “prédiozinho” anexo que deveria ser a sala de caldeiras (isso há mais ou menos uma semana). Para mim, é triste mesmo, já havia me afeiçoado a ela…

    Abraços…

  14. Parabéns a todos.Hoje tirei as duvidas que prescisava.
    Trabalho do lado desta antiga siderurgica e realmente la vai ser um conjunto habitacional.(singapura).

  15. Caros,
    Esse local foi a fábrica de tecelagem e hoje novembro de 2012 esta sendo construído vários conjuntos habitacional.

  16. MINHA IRMÃ MARIA TRABALHOU NESTA FABRICA NOS ANOS 58/59
    EU LEVAVA MARMITA PRA ELA NO ALMOÇO
    MOREI DURANTE 1953 ATÉ 1983 NA V. DOS REMEDIOS
    NOS CHAMAVAMOS ESTA FABRICA DE LONA
    QUE SAUDADE DESTE TEMPO, TINHA A PONTE VELHA
    ABRAÇOS

    1. Lembro-me bem disto. Atravessei esta ponte levando marmita tambem. Minha irmã, tias e primas trabalharam no antigo LONA. Inclusive minha esta irmã conhecida na época por Mariazinha, trabalhava na sessão dos menores sua chefe era a Zefa, nos anos 58 e 59. Ela gostaria de encontrar as amigas (Lurdinha e Dalva) que sempre fala com carinho delas, mas não tem lembrança dos nomes completos. A Dalva morava na V. dos Remedios perto da ponte, a Lurdinha morava no antigo “Sacrificio” onde ficava o Lona, hoje Vila Leopoldina ou Remedios, sei lá. Minha irmã chama-se Maria Sebastiana Gonçalves.

      1. D. Lurdes, talvez eu seja sobrinho da “Lurdinha” sobrenome Abibe. Nesses anos mencionados pela senhora ela estava com 17 anos de idade. Minha mãe, Therezinha Abibe irmã mais velha da “Lurdinha” ou Maria de Lourdes Abibe, também trabalhou como fiandeira por muitos anos, nesta tecelagem, conhecida na época como “lona lapa”. Eu, nascido em 59, filho da Therezinha irmã da “Lurdinha”. era levado por uma outra tia (Maria das Graças Abibe) até a tecelagem, para ser amamentado em um pequeno intervalo oferecido pela tecelagem e mamãe voltava novamente ao trabalho. Quando completei 6 anos de idade, estudei os dois primeiro anos na escola primaria “Sesi” situada dentro da área da fábrica de tecelagem, …Quantas recordações…

  17. Esta fábrica passou a pertencer a Siderurgica Barra Mansa após 1976 e após 2002 a Votorantim Mineração e Metalurgica Ltda.
    Estas construções são anteriores a 1958, conforme já verificado e segundo alguns relatos dos antigos moradores, funcionava uma tecelagem.
    Neste local será construído um conjunto habitacional, mas não se parece nada com o modelo Cingapura (claro que isto irá depender da nova gestão da prefeitura em janeiro/2013). Será um grande conjunto com ruas arborizadas, abertura de novas ruas, comércio local, praça pública, creche e algumas construções serão preservadas p/ serem utilizadas como equipamento público.

  18. Esta fábrica chamava-se Cotonifício Nossa Senhora dos Remédios e no final da década de 50 eu levava almoço para o meu padrinho, Sr. Heliotrópio Silva,que trabalha lá. O local chamava-se vila “SACRIFÍCIO”.Época maravilhosa e inesquecível da minha infância,juventude e de muita saudades.Forte abraços.

  19. Passei minha primeira infância nessa Vila Sacrifício, Rua Dois, atual Tocantinópolis, depois morei do outro lado da ponte, na Vila dos Remédios. Meu pai trabalhou também nessa fábrica, ele dizia LONA.

  20. Infelizmente é isso: Uma construtora ( Schahin ) que não respeita limites de horário de trabalho, barulho o dia todo e vai sair uma construção para urbanização de favelas e certamente muita gente se mudando daqui. Depois de disputas por empresários da construção de olho nos valores dos imóveis aumentando na região e um monte de outras coisas que nem convém expor para não dar nojo, veio o pior!!!. Voltei para o bairro e assim que for possível saio para nunca mais voltar. Acabaram com São Paulo, na Leopoldina o trânsito está insuportável por conta de tanto prédio e todo o dia é um verdadeiro martírio o trânsito entre a Gastão Vidigal e a ponte dos Remédios. Os imbecis ainda continuam remendando a ponte dos Remédios ao invés de fazerem um acesso direto para as marginais e Castelo Branco por trás do Ceagesp.

  21. Daria um excelente cento cultural, não? Mas possivelmente um dia se tornará um condomínio de prédios 🙁

    1. ai… só depois li. A prefeitura está construindo um condomínio popular… Que triste fim, menos um lugar preservado…

  22. A obra voltou, moro ali do lado, no humaitá. Porém já faz 7 anos que começou, e está em 80% ainda…
    Acredito que quando entregar, muita gente vai mudar. Já tem varias casas ali a vende e para alugar, e o preço caiu muito. Infelizmente vai ficar um inferno ali…mas vir muitas famílias, são dois predios de no minio 300 aps casa.

    1. Não, não está. Foi demolida junto com sua chaminé de quase 20m de altura para dar lugar a um conj. habitacional que há mais de 3 anos sem uso.

  23. O motivo é que a area (que foi utilizada pelo Lanifício Lapa, de 1945 a 1964, depois Cotonifício Nossa Senhora dos Remédios, uma fábrica de Lonas para o Exército, 1964, e por último pela Siderúrgica Barra Mansa, que fabricava cabo de aço, desativada em 1990), está sub suspeita de contaminação.

  24. Trata-se da Siderúrgica Barra Mansa, fábrica de cabos de aço. Até início de 1972, era o Cotonificio Nossa Senhora dos Remédios, conhecido na região como Lona . Depois foi adquirida pelo Grupo Votorantim e passou a ser a Fabrica de Cabos de Aço (Isto pode ser visto na 14a. Foto.) Também trabalhei lá, na Fábrica de Cabos. Também conheci o Sr. João Murauskas, como menciona o Sr. Reginaldo Gallo, logo mais abaixo. Trabalhei no setor de compras, cujo responsável era o Sr. Bento. Na Administração o responsável era o Sr. Venerando. A 20a. e 21a. foto, cujo galpão parece estar sem telhado, foi construído em 1979, para abrigar a Níquel Tocantins, também do grupo, e na realidade não está sem telhado. Foi construída daquela forma, com um telhado reto, para abrigar uma ponte rolante. O mestre de obras que construiu aquele galpão, chamava-se Sr. Galera. Bons tempos aqueles.

    1. Trabalhei nesta empresa até janeiro de 1994 um pouco antes de fechar iniciando minha carreira na mesma em 1987 na manutenção mecânica logo promovido para o setor de desenvolvimento, confesso que foi o melhor momento de minha vida, onde tenho saudades da vivência na empresa como de muitos amigos como : Reginaldo Gallo, Airton Jesus Bosseto (Hito), Chapolim, Margarida, Hermano, Paulo e expedito do almoxarifado, Sr Galera carpintaria, Sr Bernadino elétrica, Eng° Airton, Eng° Miyagi, Eng°Romeu e do saudoso sr João Murauskas o melhor chefe que já tive e de muitos outros colaboradores que contribuíram para o desenvolvimento desta empresa, ai vem o governo e acaba com tudo.

  25. Pesquisa em listas telefônicas:
    1960 e 1973 = Cotonifício N. S. Remédios
    Eventualmente houve algum arrendamento das instalações para Chenille do Brasil Tecelagem e Confecções S/A, pois esta empresa aparece na lista telefônica sendo Rua Silva Airosa No. 22. Na lista de 1968 a Chenille já aparece com outro endereço.
    Por fim foi uma unidade fabril da Siderúrgica Barra Mansa do grupo Votorantim.

  26. Na zona norte de Osasco existe um bairro que se chama vila Airosa fica perto da vila dos Remedios. Teve um senhor que comentou que de 1945 a 1964 era uma fabrica de Lanificios Lapa provavelmente começou ser construidas suas instalaçoes no começo dos anos 40 pois ja se usa concreto com tijolos na sua construçao. O que achei interessante que as fotos antigas em preto e branco tiradas acredito eu de um helicoptero data de 1958 , acho que os donos tiraram a foto para vender a fabrica, digo isso porque ja no começo da decada de 60 ela segundo relato dos leitores ja muda de nome para Cotonificio segundo o senhor Jose Vignoli. Antigamente era comum empresarios industriais falecerem por volta dos seus 50 anos e deixarem seus filhos formados em medicina ou direito e eles nao se interessarem em tocar o negocio da familia e venderem tudo; Pode ter acontecido isso talvez.

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