Gato Preto – O triste fim de um patrimônio histórico

Algumas cidades paulistas tem tão pouco patrimônio histórico que a regra seria proteger o mínimo para ter o que contar para a posteridade. O município de Cajamar, vizinho de São Paulo é um deles. Pequeno, relativamente novo, quase nada lá existe para contar a história da região. E o pouco que existia – mesmo sendo de suma importância – foi arrasado recentemente.

Fábrica de Cal em Gato Preto entre 1910 e 1920 (clique para ampliar).

A fotografia acima mostra o bairro de Gato Preto no início do século 20 quando a região estava funcionando plenamente na produção de cal. O material bruto era levado até o local pelos trens da EFPP (Estrada de Ferro Perus Pirapora) jogados nas caieiras (nome dado ao forno, armado com tijolos) e dali surgiria o cal. Uma vez produzido seria embarcado de volta para Perus pela mesma EFPP para ser distribuído e entregue, ai pelos ramais ferroviários da São Paulo Railway (SPR).

O declínio da região começou com a abertura da Via Anhanguera (o bairro de Gato Preto fica na altura do KM 36 desta rodovia) que simplesmente dividiu o bairro no meio, deixando boa parte do bairro, como residências e igreja, separada da fábrica que ficou do lado oposto. Mesmo assim, a fábrica permaneceu em atividade até meados da década de 70 quando encerrou suas atividades. Sobraria apenas o depósito de locomotivas, que fechou em 1983.

Até pouco mais de um ano atrás a visão da região de Gato Preto, mesmo sendo de suma importância histórica era desoladora, apresentando-se desta maneira:

Em 2013, apenas o forno de cal e algumas casas permaneciam de pé (clique para ampliar)
Em 2013, apenas o forno de cal e algumas casas permaneciam de pé (clique para ampliar)

Pouco mais de trinta anos de abandono foram cruéis para a antiga fábrica de cal. A enorme caieira de tijolos sentiu o peso do abandono, com rachaduras e humidade e estava bastante deteriorada (observem na foto, no canto direito, os trilhos que chegavam até o topo do forno uma vez que o trem abastecia a caieira por cima). Caldeiras, maquinários, locomóvel estavam todos bastante deteriorados. A casa fabril onde funcionários operavam o forno há muito já havia perdido o telhado e as casas do entorno ou caíram ou foram ocupadas, sendo algumas descaracterizadas.

Restava portanto, restaurar e preservar a parte mais histórica da área, o forno de cal. E o local, um ponto histórico paulista estava aparentemente protegido pelas leis de preservação de patrimônio e por órgãos de defesa, como o Condephaat. Afinal, era o que dizia uma placa logo na entrada do antigo complexo industrial.

clique na foto para ampliar
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Entretanto, mesmo com esta placa de alerta e com a real importância histórica do bairro de Gato Preto para nossa história, o local foi completamente arrasado no final de 2013. Sem qualquer reação das autoridades culturais paulistas, casas e oficinas foram completamente demolidas, restando agora apenas um pedaço do que antes foi o forno de cal.

Segundo uma pessoa que trabalha na obra e que pediu para não ser identificada,  a área aparentemente não pertence mais ao grupo J.J. Abdalla, até então dono da área e também da empresa Cimento Perus. A área teria sido vendida a uma pessoa conhecida apenas como “Português” e que iniciou a demolição do local.

As famílias que habitavam as casas do bairro, agora demolidas, foram despejadas mesmo tendo algumas delas aparentemente usucapião dos imóveis. Segundo a mesma pessoa que nos deu a informação, a vila residencial que fica do outro lado da Via Anhanguera também será demolida e apenas a capela será preservada.

Hoje, o pouco que resta daquele fantástico parque industrial do início do século 20, que aparece na primeira foto deste artigo, são apenas os restos da antiga ponte ferroviária, de pedra, além de uma pequena instalação ferroviária, ambas no alto da colina. Será que sobreviverão ou nem mesmo isso nossos órgãos de preservação de patrimônio histórico serão capazes de proteger ?

Isso é o que resta do antigo Gato Preto, parte da ponte ferroviária (clique na foto para ampliar).
Isso é o que resta do antigo Gato Preto, parte da ponte ferroviária (clique na foto para ampliar).

Como diz aquele velho ditado: “O que os olhos não veem o coração não sente” e esta máxima serve muito bem para explicar o absurdo crime contra o patrimônio histórico paulista que aconteceu em Gato Preto. Isolado, distante e de difícil visualização a partir da Via Anhanguera, o local foi uma presa fácil da impiedosa especulação imobiliária que atinge o Brasil. E pelo visto não irá parar por ai, já que o outro lado deve ter o mesmo destino. O forno era de cal e sua história virou pó… triste.

Antes de encerrar este artigo, questiono aqui: Para que temos Condephaat ? Como eles permitiram que um absurdo desta proporção acontecesse ? E será que não irão se mexer para defender a vila do outro lado da rodovia ?

Veja mais fotos do antigo Gato Preto (clique na imagem para ampliar):

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39 respostas

  1. Realmente nossa nação é uma terra de ninguém. Cada um faz o que quer e o que bem entende e ninguém faz absolutamente nada. Isto serve para os políticos e para nossas policias que deveriam zelar pelo nosso patrimônio. Quando vejo na TV a cabo series de programas dos EUA sobre restauradores fico com a impressão que não sou deste planeta. Ou melhor o Brasil não faz parte deste planeta.
    É terra de ninguém, muito parecido com as argentinas, paraguais, bolivias, mexicos, venezuelas, cubas, equadores, perús e outros sobretudo da áfrica e ásia, que deveriam ser dizimados pelo Senhor, pois vão contra o ordem das coisas, do tempo, das pessoas e da inteligência humana.
    Tive vários tios e avó que trabalharam na Gato Preto e na Santos Jundiaí e ver isto é como esfaquear o próprio coração.
    Mau falecido pai falava: esta terra e outras cujos povos não têm ciência do que é moral e ético, só irão pra frente quando houver uma guerra civil em que o forte, capaz e educado dentro da civilidade, derrotar o inimigo e lhe mostrar que caminho deve seguir para ser alguém na vida. Enquanto isso nos brazucas vamos vivendo de bolsa família…… e olha que não dá para comprar uma calça para uma jovem… custa 300 reais.

  2. Douglas, parabéns pela matéria.Sou um grande admirador desta página sua que valoriza a grande história do Estado de São Paulo com suas edificações. Realmente é preocupante a inércia(parado) dos órgãos que deveriam se preocupar e conservar esses marcos históricos. Conheço Cajamar só de nome, mas fico triste que a origem da história da cidade esteja praticamente destruída. Gostaria de saber o que podemos fazer para que pelo menos algum órgão nos dê satisfação do porquê desse descaso( demolição mesmo com a placa da Condephaat). Assim, acredito que podemos fazer uma “pressão”neles, mostrando que tem gente de olho e que se importa com nossos patrimônios históricos( 71 mil pessoas curtindo a página!). Aliás, se precisar de ajuda e estando no meu alcance, estamos ae!

  3. É essa a pergunta: para que serve,de fato,um órgão como o Condephaat se o mesmo é tão desligado para este e outros exemplos já abordados? Outra pergunta: quem fiscaliza esse tal de Condephaat?

    1. O Condephat já foi um excelente órgao de preservação do patrimômio público. Hoje não passa de um baita cabide de empregos, sem nenhuma função específica, e sem cumprir nem mesmo o que já foi estabelecido. Vergonha…

  4. É lamentável esta atitude e a imagem de tudo destruído..ontem mesmo eu estava vendo uma reportagem sobre as ruínas da bomba atômica de Hiroshima toda preservada mesmo em ruínas toda escorada com estruturas metálicas quase não aparente tudo bem cuidado e cercado preservando a historia ..este pais não é serio não .qualquer reforminha que a gente faz em casa ja tem que ter uma placa do engenheiro se não leva multa e tem a obra parada e em um caso deste patrimônio histórico com uma placa gigante daquela se derruba tudo o dono não respeita nada e nem multado é …as vezes chaga ser até ser triste receber a newsletter da SP Antiga ,,de ver tanta historia assim indo embora e de ver quem deveria tomar conta e proteger ,não fazer nada …parabéns a reportagem e só temos a lamentar a perda de mais um patrimônio histórico.

  5. Em nosso pais onde o dinheiro manda mais, a ganancia a especulação imobiliária desenfreada estiver presente, fará sempre dessas atitudes. E esses órgãos que seriam os responsáveis pela preservação do patrimônio, também são sucateados, por falta de equipamentos, funcionarias, condições de trabalho e por sua vez o desanimo assola os funcionários que acabam deixam o tempo correr até o momento de suas aposentadorias.

  6. Detalhe curioso envolvendo Gato Preto – Luiz Gatti, entao motorista de caminhao, transportava carvao para la. Em seu percurso de volta, via Anhanguera, acabava dando carona para muitas pessoas, o que fez perceber que havia falta de transporte na regiao. Em 1927, resolveu comprar seu primeiro onibus, para atender a populacao neste trajeto, ele sendo o proprio motorista do embriao do que no futuro seria a Viacao Gato Preto, batizada em homenagem ao local.

    Ao longo dos anos, Luiz Gatti foi comprando diversas outras empresas como Anastacio, Vila Hamburguesa, Transcolapa, Urubupunga, Vila Ipojuca e Santa Madalena.

    1. Sensacional João Marcos, desconhecia esta história embora tenha andado muito de Gato Preto!!!
      Estou preparando a história de viações de ônibus e ia começar por uma da ZL, a Viação São José, mas vou atrás desta também!

    2. Quando comecei a ler o artigo, pensei na Viação Gato Preto, mas imediatamente descartei a ideia de que tivessem algo a ver. Deveria ser só coincidência. Pelo visto, não era. Obrigado, João Marcos!

  7. É uma pena que o poder público tenha chegado a esse estágio de comprometimento moral e de alheamento das questões de importância. Para qualquer lado que se vire, por qualquer município que se analise, existe sempre um “Português” fazendo o que quer e pagando por isso a quem não poderia fechar os olhos.

  8. Existia no bairro uma casa do inicio do seculo passado, conhecida como “residência” que era um espetáculo. totalmente preservada e que também foi demolida.
    A historia da demolição desse bairro foi muito triste e até mesmo árvores centenárias, como uma imensa paineira, foram assassinadas (discretamente, é claro), para forjar uma ‘morte natural” que permitiria sua derrubada sem intervenções de orgãos ligados ao meio ambiente.

    1. VErdade eu morei bem perto da antiga residencia ,brinquei e namorei muito embaixo daquela enorme paineira que triste tudo se acabou .

  9. Nasci e cresci no Gato Preto,meu pai trabalhou na cimento potlant perus que pena destruiram a história de muitas vidas muito triste

  10. Esse local não me emociona, mesmo morando toda minha vida na cidade. O que não entendo é como alguns poucos conseguem ter tanta Terra e ser donos de áreas quilométricas de Matas Nativas!
    Em Cajamar existe desmatamento na cara das autoridades.
    É muita corrupção com PT , PSDB e os outros

  11. é uma vergonha nacional deixar este patrimonio ir embora assim
    por conta do prefeito responsavel por isto
    é uma vergonha
    sr daniel
    eu que nao moro mais ai mas tenho raizes ai afinal de contas meu pai genaro amasco foi o autor da mini locomotiva
    c
    feita por eles e seus amigos
    era chefe da oficina do gato preto
    tudo para acabar no pó
    meus deus que vergonha

    1. Meu pai foi cólega
      de trabalho do sr Genaro, Sr Manoel de Jesus Martins,! Meu pai morreu ano passado num acidente de carro, infelizmente. Seu ultimo trabalho foi em mairiporã no instituto thomaz Cruz, estava terminando uma replica da Baroneza.vai ver que meu pai ajudou na mini locomotiva , abraço

  12. Ola gato preto uma historia que não se acaba nas nossa memória mais sim se acaba quando tem pessoas que acabaram com ele por causa do dinheiro naci cresi la tive uma infância muito bonita mais foi tudo pr o chão isto são as autoridade do nosso pais que se finge de cego pr não querê en chegar o que quê isto e muito triste para nos não vamos fechar os olhos pr isto vamos dar a resposta nas urnas pense nisto antres de votar.

  13. Quero aqui externar meus sinceros Parabéns nas pessoas do Jornalista Douglas Nascimento e ao Senhor João Marcos,e a tantas outras pessoas desta e das outras matérias que sempre que posso faço questão de ler, pessoas estas que juntam-se a este Jornalista para que todos juntos possam reerguer,reescrever,recontar e reviver as histórias do passado,e de locais maravilhosos que envolvem o nosso Estado de São Paulo, que sempre fazem menção de honraria aos nossos entes queridos que tanto lutaram para fazer crescer e se desenvolver o nosso Estado do coração.

  14. Quando se trata de dinheiro, não existe lei, não existe história, não existe empatia, apenas a supremacia do capitalismo.
    Quando vemos demolições, desapropriações, tudo dinheiro, pura e simplesmente, dinheiro.

  15. Sr. Douglas Nascimento, parabéns pelo excelente trabalho de pesquisa e dedicação à memória tão desvalorizada pelos brasileiros. Mas, por favor, não abandone nosso idioma. No 5º parágrafo “…sentiu o peso do abandono, com rachaduras e humidade e estava…”, humidade iniciando com a letra “h” não!

    1. Prezado Marcelo, no Brasil o mais comum é com “u” no começo, mas depois da reforma ortográfica tanto uma forma como a outra (usada até então em todos os países falantes da língua portuguesa, exceto aqui) são válidas e aceitas. Abraços

  16. Sr Douglas quero parabeniza-lo pelo trabalho magnífico que o sr vem fazendo, moro em Perus e sei que vários moradores desta região estão se mobilizando por esta causa. Não posso te dar mais informações pois não estou muito a par,mas sei que já estão tendo alguns progresso, portanto aos que lá residiram deveriam se juntar aos lutadores desta luta. Acredito que se todos lutarem ao final venceram este é o meu desejo, pois nasci e me criei em Perus meu pai foi funcionário da fabrica de Cimento Perus. Eu amo meu bairro.

  17. por favor faça uma reportagem sobre a antiga fabrica de cimento perus,que hoje esta completamente abandonada

  18. Nossa que triste !!! Passei por ali na 6f e tava td alagado devido ao desastre hambiental que as industrias trouxeram para esta região. é o capitalismo selvagem “pessoas” despreocupadas com histórias que o tempo não apaga de nossas mentes. “pessoas” sem escrúpulos que visam apenas o capitalismo, lamentavellllllllllll .
    Meu pai Waldomiro dos Santos se tivesse vivo não permitiria ele que tanto vez por cajamar, foi o Emancipador da cidade.

  19. Parabéns Douglas pela sua reportagem e indagação em perguntar para que serve o Condephaat, realmente me pergunto a mesma, coisa. Sou relativamente novo em idade, mas tenho uma paixão louca por ferrovias, e apesar de não morar em Cajamar,(eu nasci ),. e estar em Santana de Parnaíba, sempre tive orgulho de termos uma linha férrea em nossa região e esperança que toda essa riqueza pudesse ser utilizada para turismo na região. Em Santana tem muitos quilômetros de trilhos dessa linha que iam até o Vau Novo. Apesar de fazerem muitos anos, espero que aos poucos, como vem acontecendo, os trilhos sejam restaurados e eu e outras pessoas apaixonadas possamos andar e contemplar a natureza e o passeio por essa região que é tão linda.

  20. A TRISTE HISTÓRIA DA PERDA DESTE PATRIMÔNIO DA CIDADE DE CAJAMAR ME FAZ PENSAR NA SITUAÇÃO DE OSASCO, NA GRANDE SÃO PAULO. HOJE O MUNICÍPIO OSTENTA UM NOTÁVEL DESENVOLVIMENTO, TANTO EM TERMOS DE IDH QUANTO DE PIB; ENTRETANTO, É MUITO PROVÁVEL QUE SEJA UMA DAS LOCALIDADES MAIS DESCARACTERIZADAS DE QUE SE TEM CONHECIMENTO. TIRANDO O CHALÉ BRICOLA E ALGUMAS CASAS DOS ANOS 40 NA RUA ANDRÉ ROVAI (EM LAMENTÁVEL ESTADO), TUDO O MAIS FOI DESTRUÍDO. NÃO SE RESPIRA A HISTÓRIA DA CIDADE, TUDO POR LÁ É DESENRAIZADO, EFÊMERO, SEM ALMA. SÓ SE SABE COMO FOI OSASCO POR MEIO DAS FOTOS QUE FORAM CONSERVADAS. O PROGRESSO NO DIAPASÃO DO “DOA A QUEM DOER” E O AFÃ DE NOVIDADES DE MANEIRA GERAL SOMENTE GERAM “POGRÉCIO”, COMO OCORRE EM CAJAMAR, E COMO OCORRE DE MANEIRA PIOR EM OSASCO. CAJAMAR, GRAÇAS A DEUS, CONSERVOU SUA IGREJA MATRIZ ORIGINAL, OSASCO, INFELIZMENTE, NÃO. NO SEGUNDO CASO, PELO QUE VERIFIQUEI, OS CIDADÃOS DO LUGAR ENCARAM COMO DECRETO IMUTÁVEL O TAL DO “SIM” EM FAVOR DA FORMAÇÃO DO MUNICÍPIO, QUE DEIXOU DE SER DISTRITO DE SÃO PAULO NOS ANOS 60. A ELITE DE OSASCO SE CONSIDERA “SOBERANA”, ACIMA DE SUA “ALMA MATER” QUE É A CAPITAL. É UM VERDADEIRO ESTADO DE ALUCINAÇÃO E DE SOBERBA EM QUE VIVEM ALGUNS ELEMENTOS DO LUGAR. DESCREVEM A CIDADE DE TAL MODO QUE SE TEM A IMPRESSÃO DE QUE ESTÃO FALANDO DE PARIS, OU DE NOVA YORK… LEMBRANDO QUE ESSAS DUAS CIDADES SÃO GRANDES E MEMORÁVEIS NÃO PORQUE DESTRUÍRAM SUA HISTÓRIA, MAS PORQUE A CONSERVAM. É DE DAR PENA A SITUAÇÃO DE OSASCO. NÃO É IMPOSSÍVEL QUE ELA PERCA O CHALÉ E O CASARIO, DADO O NÍVEL DAS COISAS POR LÁ. AINDA QUE AS AUTORIDADES RESPONDAM POR GRANDE PARTE DO QUE ACONTECE, O POVO DE LÁ NÃO TEM FIBRA, E NEM CONSCIÊNCIA, POR ISSO A ELITE FAZ O QUE DÁ NA VENETA. E PERDÃO POR FALAR DE UM LUGAR AO QUAL NÃO PERTENÇO, PASSEI ALGUNS DIAS LÁ POR CONTA DE UMA QUESTÃO DE FAMÍLIA, MAS O QUE VERIFIQUEI E OUVI É LAMENTÁVEL. TANTO NO CASO DE CAJAMAR QUANTO NO DE OSASCO SE PERCEBE COM RIQUEZA DE DETALHES O QUE É A INFLUÊNCIA DO SOCIALISMO E DO COMUNISMO NA VIDA DAS PESSOAS E EM SEU ENTORNO, POPULISMO, CURRAL IDEOLÓGICO, CORRUPÇÃO, IMPOSTOS NA CASA DO CHAPÉU, IMPRENSA RUIM, POVO CATIVO E APÁTICO, E VAGABUNDOS A GRANEL NO COMANDO. VIRGEM MARIA SANTÍSSIMA, INTERCEDEI POR ELES!!

    1. Que isso rapaz?! Os países do Segundo Mundo são os mais tradicionalistas que existem. Cuba e a finada Alemanha Oriental até hoje ostentam seus carros e bondes antiquíssimos e suas “COHABs” com apartamentos da década de 40.

  21. e triste ver tudo isso abandonado e o poder Publico nao faz nada e triste.e o mais triste ainda e saber que as historias do passado nao vao existir mais.

  22. Que triste deixar um patrimônio cultural como este virar PÓ e as “autoridades” não se mechem ,parabe PA pela excelente matéria .

  23. Triste… Estive fazendo trilha hoje na Torre Inca… Sem falar das queimadas e das grandes indústrias instaladas e a serem instaladas futuramente… Como se ali fosse terra de ninguém. Tipo: “Quem pode mais chora menos”. Lamentável o que nossas autoridades “não fazem”, será que existe secretaria da cultura e do meio ambiente em Cajamar ou é só para inglês ver?

  24. No Distrito Federal há duas construções consideradas pontos turísticos e patrimônios históricos, que habitualmente estavam abertas à visitação: o Catetinho e o Museu Vivo da Memória Candanga. Neste ano, a diretora da escola em que trabalho planejou uma visita a vários locais com os alunos e qual a surpresa? Os dois imóveis citados estão interditados, pelo menos desde o tempo do governo anterior do Ibaneis Rocha, que há pouco tempo foi reconduzido ao cargo depois de, segundo dizem, 90 dias de suspensão após o dia 8 dos golpes antidemorcráticos de janeiro: acontece que estamos no 86.º do ano, e mesmo assim o sujeito já está solto. Há muitos anos atrás, em Planaltina, a que é considerada a mais antiga cidade do Distrito Federal, o museu da cidade (antiga Residência Alarcão) estava quase ruindo e há pouco tempo veio uma notícia de que mais imóveis locais estão em tal situação, para não contabilizar os que já demoliram. O pior que,. quando a culpa é dos governantes, eles ficam impunes por haver quem os proteja: há muito tempo considero que crimes ao patrimônio histórico, independentemente de quem for o culpado, deveria ser considerado inafiançável e com prisão perpétua sem regalias. O que vocês acham da minha ideia?

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