Monumento a Olavo Bilac

Quando se ouve por ai que o Brasil é um país que despreza sua históra e o culto à memória de seus antepassados ilustres, pode parecer que há um certo exagero. Entretanto, isso nada mais é que uma triste constatação de como lidamos com a cultura em nosso país.

Olavo Bilac - Divulgação

Vamos tomar como exemplo o caso do célebre jornalista e poeta brasileiro Olavo Bilac (foto ao lado).

Um dos grandes nomes da cultura brasileira entre o final do século 19 e início do século 20, Olavo Bilac foi bastante conhecido pelas suas poesias, pelos contos e crônicas, além da literatura infantil. Divulgador e propagador do civismo no Brasil, foi o criador da letra do nosso Hino à Bandeira, além de defensor do serviço militar obrigatório.

Seu trabalho com a poesia rendeu, em 1907, o título de “Príncipe dos poetas brasileiros”, atribuído pela extinta revista Fon-Fon. Além de autor de alguns dos mais conhecidos e populares poemas nacionais, Bilac é considerado nosso mais importante poeta parnasianista.

Ao falecer em 1918, Olavo Bilac deixou um sentimento de grande tristeza no Brasil. Por todo o país surgiram iniciativas de homenagens ao finado poeta e, em São Paulo, foi pensada a ideia de erigir um monumento a sua pessoa.

A iniciativa de um monumento a Olavo Bilac veio em 1919 através da Liga Nacionalista, composta principalmente por estudantes e professores da Faculdade de Direito, além de integrantes da Faculdade de Medicina e Escola Politécnica. Para tanto, foi escolhido o escultor William Zadig, sueco de origem, que tratou de naquele mesmo ano apresentar sua maquete do projeto:

A Cigarra - 1919

Para começar a esculpir o monumento eram necessárias duas coisas: decidir o local da instalação e custear os custos de William Zadig, que decidiu produzir o monumento no exterior, pela facilidade de matéria prima e preços.

Foi ai que, tal qual aconteceria anos mais tarde com o Monumento a Duque de Caxias, houve grande mobilização pela arrecadação de fundos. Em pouco mais de um ano, com a organização de bailes, peças teatrais pela cidade, espetáculos no Theatro Municipal, além de tômbolas pelas igrejas paulistanas, o dinheiro necessário para o início dos trabalhos foi arrecadado.

Assim, em abril de 1920, lançou-se a pedra fundamental no início da Avenida Paulista, onde ela encontrava-se com a rua Minas Gerais (hoje a área exata é parte do complexo viário da avenida Dr. Arnaldo).

O Estado de S.Paulo 26/04/1920
O Estado de S.Paulo 26/04/1920

Após o lançamento da pedra fundamental, William Zadig embarcarcou para Copenhague, na Dinamarca, onde iria fundir o bronze e esculpir o monumento, na fundição Aug & Jensen. Durante sua estadia de pouco mais de um ano na Europa, Zadig chegou a enviar fotografias de seu trabalho em andamento, como esta abaixo onde ele está ao lado da obra Beijo Eterno.

Divulgação

Ao regressar ao Brasil em meados de 1922, foi preciso uma autorização especial da então Presidência do Estado para que o conjunto escultórico fosse liberado na alfândega sem demora ou restrições. Uma vez liberada a saída do Porto de Santos, as esculturas subiram para a capital.

Em agosto a montagem do conjunto iniciou-se e o local foi cercado por tapumes, para deixar o artista trabalhar e manter o público curioso.

A data escolhida para a inauguração foi o 7 de setembro de 1922, data que celebrava um século da Independência do Brasil, e que foi palco de várias inaugurações e festejos pela cidade. Alguns dias antes deste grande dia os tapumes foram removidos e o monumento ficou coberto com um grande pano branco.

Às 11 horas em ponto daquele dia, Lúcio Cintra do Prado, presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, juntamente com as figuras do prefeito municipal e o presidente do Estado, inaugurou o monumento cuja festa contou com uma imensa multidão e grandes festividades.

Inauguração - clique na foto para ampliar
Inauguração – clique na foto para ampliar

O grande monumento era composto no total de cinco partes espalhadas pela estrutura onde ela foi instalada. William Zadig fez representar na obra alguns dos principais trabalhos de Olavo Bilac.

No alto do monumento a figura do célebre poeta. À esquerda o bandeirante Fernão Paes Leme de “O Caçador de Esmeraldas”, ao centro duas obras, primeiro o pensador representando o poema “Tarde” e em seguida“Pátria e Família” representado por uma família junto a um militar brasileiro e a bandeira nacional. Na direita, a talvez mais conhecida parte do monumento “Idílio ou Beijo Eterno”, representado por um francês e uma índia se beijando, ambos nus.

A foto abaixo, de 1923, é uma das raras imagens que mostra o monumento na sua forma original, ou seja, com todas as esculturas juntas:

clique na foto para ampliar
clique na foto para ampliar

Uma vez inaugurada, era nítido que a obra não teria “vida fácil”. Tão logo passaram as comemorações do 7 de Setembro surgiram as primeiras reclamações sobre ela, com críticas à nudez de “Beijo Eterno” e ao local escolhido para o monumento que, segundo os reclamantes, causava problemas no trânsito (isso entre os anos 1920 e 1930…).

As reclamações persistiram e foram ganhando cada vez mais coro, até que em 1936, quando devido a obras viárias, o monumento foi removido, desmontado e enviado para um depósito da prefeitura. Alguns anos mais tarde, aos poucos, as obras foram surgindo – já separadas – em outros logradouros de São Paulo.

Os dados da fundição encontram-se na escultura "Beijo Eterno"
Os dados da fundição encontram-se na escultura “Beijo Eterno”

O busto de Olavo Bilac foi para a Faculdade de Direito da USP e Fernão Paes Leme foi para o bairro de Pinheiros, enquanto as demais partes permaneceram guardadas até 1956, quando o prefeito Jânio Quadros “redescobre” as esculturas guardadas e manda reinstalar. A “Pátria e Família” para a avenida Celso Garcia, ao lado de uma unidade fabril da Santista e o “Beijo Eterno” para o Largo do Cambuci, um de seus redutos eleitorais.

Divulgação

O “Beijo Eterno” porém não foi bem recebido pelos moradores locais e logo acabou sendo mais uma vez removido.

A obra mais bela de William Zadig ficaria mais alguns anos nos depósitos até 1966, quando o então prefeito Faria Lima manda reinstalá-la na entrada do túnel 9 de Julho (lado do centro) como mostra a fotografia ao lado.

Mais uma vez a escultura fica no centro da polêmica por conta da nudez e é alvo de alguns vereadores paulistanos, que acusam o monumento de “obra do dêmonio, um verdadeiro escândalo” e pedem a retirada da estátua da entrada do túnel.

Temendo que a obra mais uma vez fosse parar em um depósito, estudantes do Centro Acadêmico XI de Agosto – que no passado já se mobilizaram pela criação da obra – resolveram sequestrá-la e levá-la para a frente da Faculdade de Direito. Uma vez instalada por eles no Largo São Francisco, ela se encontra até hoje por lá. Em paz.

A escultura "Beijo Eterno: em seu local atual
A escultura “Beijo Eterno: em seu local atual

ONDE E ESTÃO AS DEMAIS PARTES DO MONUMENTO ATUALMENTE ?

Nós fomos atrás de verificar onde estão e qual o estado de conservação de todas as demais partes do monumento original a Olavo Bilac. E trazemos (quase) todos eles aqui para vocês.

O quase se deve a duas partes da obra inicial que não são citadas e nem encontradas em lugar nenhum. São as duas mostradas na imagem a abaixo:

Divulgação

É bem possível que estas duas partes estejam na reserva técnica do Departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo (DPH), como também é possível que sequer existam mais.

A primeira (fig.1) é a imagem de um garoto escalando o monumento em direção a Olavo Bilac com uma coroa de louros em uma das mãos. Já a segunda (fig.2) parece ser parte da obra “Pátria e Família” que acabou não sendo colocada na nova instalação. Devido a distância da imagem de 1923 e da inexistência de outras imagens mais próximas, é impossível para nós identificar o que se trata. Apenas constatamos que parece ser a figura de um homem de chapéu.

MONUMENTO A OLAVO BILAC

Foto: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga

O que era uma homenagem monumental, tornou-se um mero busto. Embora bem conservada, a escultura de Olavo Bilac hoje é observada por poucas pessoas, uma vez que está instalada em uma área cercada de grades e arames farpados que pertence ao Comando Militar do Sudeste (II Exército) na avenida Sargento Mário Kozel Filho, no Ibirapuera.

A distância não permite que a placa de mármore – instalada em 1988 pelo então prefeito Jânio Quadros, na ocasião da mudança dela da Faculdade de Direito para este local – seja lida por quem passa pela calçada (veja-a na foto abaixo):

Placa de maio de 1988
Placa de maio de 1988

O CAÇADOR DE ESMERALDAS:

Foto: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga

Pouco conhecida pelos paulistanos a escultura “Caçador de Esmeraldas”, que representa Fernão Dias Paes Leme, está instalada nos jardins de uma escola cujo nome é também uma homenagem ao bandeirante. A Escola Estadual Fernão Dias Paes Leme fica no número 420 da avenida Pedroso de Morais e pode ser fotografada.

De todos os alunos que conversamos no dia em que fomos fotografar (cerca de 10), nenhum soube dizer o que a estátua representava ou se era parte de outro monumento. Seria bem interessante se professores de história desta unidade da rede estadual dessem uma aula a seus alunos diante da estátua.

Um dos motivos da instalação da obra ali é que o local teria sido no passado o Sítio Capão, que pertenceu ao bandeirante.

PÁTRIA E FAMÍLIA:

Foto: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga

Quem passa pela avenida Celso Garcia não imagina que esta escultura já teve outro endereço nesta mesma avenida. Ela inicialmente estava instalada na esquina com a avenida Salim Farah Maluf, bem ao lado de uma antiga fábrica e onde hoje encontra-se um hipermercado.

Quando a fábrica foi demolida em 1999, o monumento foi transferido para a Praça José Moreno, altura do número 4200 da mesma Celso Garcia, bem ao lado da Biblioteca Cassiano Ricardo. A escultura está sempre limpa e bem conservada.

TARDE

Foto: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga
clique na foto para ampliar

A mais bem cuidada escultura que pertenceu ao conjunto original do Monumento a Olavo Bilac, é também a menos conhecida delas. Desde 1988 instalada no Parque da Independência, a estátua fica bem escondida em uma das alamedas laterais do parque.

Para encontrá-la é preciso subir a escadaria que fica no mesmo lado da Casa do Grito (porém nas proximidades do Museu Paulista). É um excelente lugar para ler um livro ou relaxar, mas a estátua em si merecia um lugar melhor, com mais destaque, em outro ponto do parque ou do próprio bairro do Ipiranga.

Chamado por muitos de “Pensador”, a figura do homem na escultura está, na verdade, melancólico após apreciar o livro “Tarde” obra póstuma de Olavo Bilac, com poemas que apresentam um clima de declínio da vida e crepúsculo. O livro encontra-se esculpido no topo de uma pilha de outros livros, bem ao lado do homem nu.

Assinatura de William Zadig na obra "Caçador de Esmeraldas"
Assinatura de William Zadig na obra “Caçador de Esmeraldas”

O ESCOTEIRO

Foto: Rafael Bertoli

Por fim, o fragmento que esteve por mais tempo guardado no depósito da Prefeitura de São Paulo a alguns anos novamente deu o ar da graça. Trata-se da escultura “O Escoteiro” que depois de longo “exílio” a qual foi submetido, agora está definitivamente exposto dentro do Centro Esportivo Tietê (antigo Clube Tietê).

Tanto tempo depois de sua inauguração, fica a pergunta: estaria hoje Olavo Bilac satisfeito com esta homenagem ? Desconheço outro caso de obra de arte pública que foi fragmentada em várias partes e espalhada por vários cantos. Pela sua contribuição à literatura brasileira e pela nossa pátria, Bilac deveria merecer mais respeito.

Quando vemos os monumentos separados e bem conservados isto é um alento, levando-se em consideração o péssimo estado de outras obras pela cidade. Mas seria interessante se em cada uma das obras,  houvesse uma explicação dizendo ser aquela um fragmento de uma homenagem inicialmente única.

Artigo atualizado em 26/02/2021 – Inserção da fotografia do fragmento “O Escoteiro”.

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38 respostas

  1. BRASIL, UM POVO SEM HISTÓRIA . Obrigado a “São Paulo Antiga” que faz esse resgate da nossa história ,fantastico.Porque se esperarmos algo de nossos governantes…

  2. muito boa a reportagem,porque não reunir todas as peças junto?poderia ser em frente a usp largo são francisco.

  3. Parabens Douglas. Muito bom trabalho. Como é bom rever São Paulo por este angulo. Toda vez que é possivel, procuro ver no Google o local onde ficam as obras citadas por voce. Parabens, continue assim

  4. Nos meus mais de setenta anos não me lembro de ter tanto aprendido e gostado da aula que tive ao ler a postagem! Parabens ! Fica a “dica” para professores: essa história é ótimo pretexto para levarem seus alunos a conhecerem os atuais locais onde os segmentos da obra se encontram … e assim circularem pela urbe …

  5. História muito interessante. Somente um senão, foi instalada no fim da Av. Paulista, na altura da rua Minas Gerais, e não no começo.

  6. Tenho a mesma idéia do Francisco , reunir as partes da obra na sua forma original. Assim reparariamos parte do êrro…

  7. Parabéns Douglas Nascimento pela matéria, fotos, texto explicativo e pelo resgate desse monumento. A arte e história brasileira agradece!

  8. O descaso com o patrimônio cultural e artístico brasileiro, é uma das mais tristes facetas de um povo desmemoriado e desculturado, que tende a continuar regredindo.
    Sorte a nossa, contarmos com um cidadão consciente e interessado na preservação dessas informações. Um cidadão imbuído da importância de seu papel no mundo, esforçando-se por fazer o que deveria ser obrigação de todos e especialmente do poder público.
    Parabéns, Douglas Nascimento!
    São Paulo e a cultura nacional serão sempre devedoras da colheita desses frutos do seu inegável espírito cívico.

  9. Parabéns! Bela matéria. No entanto, há uma outra obra pública, que eu saiba, que também foi decomposta em partes. Se refere ao Arco do triunfo que ficava na Av. Tiradentes, projeto de Ramos de Azevedo, e que hoje, uma parte do arco com escultura e frontão, está dentro do campus da USP. As outras partes do grande monumento, não faço ideia de onde estejam.

  10. Parabéns Douglas, pelo belo trabalho, pena que o Brasil não dá muito valor a antiguidade, e a cultura, ela não atrai votos, mas seu trabalho é lindo.

  11. Parabéns Douglas por nos revelar fatos importantes desta cidade que não sabiamos. Suas matérias estão cada vezes melhores e dignas de louvor por trabalho tão sério e competente.. Abs.. Gilson

  12. Gosto da idéia de reunir os pedaços, como Francisco e Reinaldo apoiam, mas acho difícil … O que deveria ser lembrado em cada um dos “pedaços” é a prévia existência do conjunto coisa que só uns poucos sabiam antes do Douglas pesquizar e nos contar. Ao ler pela primeira vez pensei que a praça do “fim da paulista” se chamasse “Olavo Bilac” … na verdade como Liliana esclareceu, confundi fim e começo e Olavo Bilac com Oswaldo Cruz; mas perto da outra ponta da Avenida Angélica, lá para os lados da Pça Marechal Deodoro e do Castelinho da Rua Apa tem uma Praça com o nome Olavo Bilac, por onde andei na juventude; para lá poderia ir algum dos pedaços restantes, talvez ainda hoje enrustido em algum depósito da prefeitura; assim uma visita aos pedaços em Pinheiros, Ibirapuera, Ipiranga, Tatuapé e túnel da 9 de Julho fecharia didaticamente uma volta pelo centrão paulistano. Fica a proposta de desejo de novo passeio turístico paulistano que o Douglas nos ensinou …

  13. Na realidade “o homem de chapéu” é um garoto Escoteiro. Bilac foi um dos maiores propagadores do Movimento que surgia em 1910 realizando uma série de palestras sobre o assunto. Infelizmente esquecido por muitos….

  14. Ex-aluna do colégio Fernão Dias Pais, fico feliz por ter encontrado as informações que eu buscava sobre a estátua. Muito obrigada! Parabéns pela matéria.

  15. Willian Zadic foi um dos professores de escultura do escultor Luiz Morrone , também monumentalista , com várias obras em São Paulo, Brasil e exterior .
    Imagino o quanto Zadic ficaria triste em ver sua obra desmembrada desta forma ! O que terá sido da pedra fundamental ? Uma pena que ainda haja tanto desrespeito com monumentos no Brasil !
    É graças que tenha havido algumas pessoas que conseguiram resgatar o monumento , ainda que desmembrado !

  16. Parabéns pela Matéria, fascinante a trajetória dos nossos monumentos, a cultura das pessoas, sua visão do mundo, do todo, e a proximidade da época fazem dela importante, ou apenas um mero monte de pedro ou metal amontoado.

  17. Não sou de São Paulo, mas quero lhe agradecer pelo artigo sobre esse monumento. Parabéns!

  18. Ótima reportagem estão de parabéns como sempre, quem sabe não aparece algum empresário é reúnem essas obras em um único monumento como um presente para São Paulo, fica a dica.

  19. MEU DEUS, EU ACHANDO QUE CONHECIA O PARQUE DA INDEPENDÊNCIA COM A PALMA DA MINHA MÃO! NUNCA VI ESTA ESTÁTUA NA MINHA VIDA. VOU PROCURAR!

  20. O ideal mesmo, seria reconstituir a obra ao projeto original e locá-la em lugar adequado ao seu tamanho monumental, e principalmente, a salvo do nosso triste vandalismo, se possível, até mesmo, com segurança 24 horas. Mas, quem poderia fazê-lo??? Temos alguma autoridade com a mesma grandeza deste monumento para tal??? Fica a questão.

  21. Amei a matéria ! Eu cheguei até aqui, porque estou lendo a revista “A Cigarra”, edição de outubro de 1922, uma edição especial do Centenário na nossa Independência. Lendo as matérias cheguei à inauguração desta obra monumental que foi se separando ao longo do tempo. Que pena. Mas que implicância com o casal se beijando, que idiotice tamanha. O pior é tivemos sempre dentre os vereadores da cidade, elementos medíocres que pensam exatamente assim, mesmo nos dias de hoje, aliás, acho que está a cada dia pior a mediocridade daquela casa, o Palácio Anchieta. Saudações e parabéns pela matéria.
    Eduardo Bastos.
    49 anos.
    Professor da Rede Estadual do Estado de São Paulo.
    Ermelino Matarazzo – São Paulo – SP.

  22. O monumento escoteiro, entendo que é a figura 2 do excelente artigo, foi colocado recentemente no antigo clube de regatas Tietê.

  23. Será que não há ninguém com cultura suficiente, capaz de interceder junto às “Otoridades”, com o auxílio do povo, que consiga remontar a obra completa em outro local? Já é chegada a hora de se dar inicio a um movimento em prol da memória cultural, cívica e patriótica deste País tão necessitado de uma base histórica que venha a curar a crônica falta de memória tão apregoada e ao mesmo tempo tão desdenhada.

  24. Carambíssima! Depois de anos visitando o Parque da Independência e matutando sobre o significado da estátua Tarde, finalmente descobri! Muito bom, Douglas, bem haja pelo profícuo trabalho!

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