Monumento Rodoviário

Muitos podem estar se perguntando o porque de atravessarmos os limites do Estado de São Paulo. Mas o pedido de muitos de nossos leitores, moradores dos vizinhos Rio de Janeiro e Minas Gerais são tão importantes que não poderiam deixar de ser atendidos. Enquanto iniciativas similares ao São Paulo Antiga não surgem nessas localidades vamos, na medida do possível, atender a estes pedidos com muito prazer e dedicação.

Viajamos até o município fluminense de Piraí para falar do já lendário abandono de um dos mais belos e talvez o mais bem localizado monumento brasileiro: O Monumento Rodoviário.

clique na foto para ampliar

De todos os locais que o São Paulo Antiga já catalogou, o Monumento Rodoviário é de longe um dos que mais causam indignação por seu estado de conservação. É daqueles exemplos claros de desrespeito a história do Brasil e à nossa memória. E também uma evidente mostra do despreparo de autoridades e da concessionária local que deixam de lucrar um valor considerável em turismo, além de tirar do cidadão e contribuinte o direito de contemplar a vista maravilhosa e única que o local possui.

Vamos ao histórico local:

O Monumento Rodoviário em 1939 (clique para ampliar)

A década de 20 foi marcado pelo início da abertura de grandes veias rodoviárias pelo país. O transporte até então predominantemente ferroviário começava, de maneira tímida, dar os primeiros passos rumo sua substituição infeliz pelas rodovias.

Assim, em 5 de maio de 1928 foi inaugurada a primeira ligação rodoviária entre as cidades do Rio e de São Paulo, pelo então Presidente da República, Washington Luís.

Foi mais ou menos nesta época também que começou-se a idealizar a construção de um grande marco na Serra das Araras para simbolizar o grande salto rodoviário que o país almejava. E, em 18 de maio de 1926, em uma iniciativa do Touring Club do Brasil, iniciou-se a construção do Monumento Rodoviário.

Vista do jardim do Monumento Rodoviário na década de 40 (clique para ampliar)

Inaugurado em 1938, o Monumento Rodoviário é uma majestosa edificação, com uma área de mais de 54 mil metros quadrados de área construída, às margens da mais importante rodovia brasileira, a Presidente Dutra.

Projetada pelo arquiteto arquiteto Raphael Galvão e com a participação dos engenheiros Chagas Doria e Christiani Nielsen, foi planejada para ser um ponto de observação turística e área de descanso para viajantes. Desde que foi inaugurado o monumento contava com um amplo restaurante, o mirante e área de lazer que fazia da área o ponto mais divertido da viagem entre a então capital federal e a capital paulista. Em seu interior existiam grandes painéis Cândido Portinari, e na porção externa ainda existem os oito painéis de baixo relevo de Albert Freyhoffer.

Atualmente é quase impossível ler o nome dos construtores (clique na foto para ampliar)

Em 1978 mesmo sendo de tamanha relevância como ponto de descanso e atração turística o local foi desativado e fechado. Desde então o Monumento Rodoviário entrou em um lento e progressivo processo de deterioração que até hoje não foi interrompido, tornando-se um monumento da vergonha.

O MONUMENTO RODOVIÁRIO ATUALMENTE:

Ao chegar no monumento somos tomados por um sentimento de revolta. O dia lindo e ensolarado é um convite para estacionar e observar a vista magnífica da Serra das Araras. No local, fora um cone de trânsito, não há o que explique o que é o lugar para quem não o conhece ou  se o local está ativado ou não. Uma corrente de material plástico repousa sobre o chão da rampa. Resolvemos entrar.

A primeira sensação é de um local deserto, fruto das mais de três décadas de abandono. O primeiro reflexo do descaso é o belo jardim da foto lá no início do texto, com seu espelho d´água completamente seco e largado, como mostra a foto a seguir.

o outrora espelho d´água é atualmente uma piscina vazia (clique na foto para ampliar)

Caminhando um pouco mais, chegamos até a entrada principal do monumento, que estava fechada com corrente e cadeado. Mas, para nossa surpresa, a entrada do restaurante no fundo do monumento, não só estava destrancada como estava totalmente escancarada, por onde foi possível entrar.

Dentro do imóvel o cenário é desolador. A magnífica construção em art déco está completamente largada, com muita ferrugem, focos de infiltração, vidros e vitrais quebrados e muitos pisos e azulejos soltos e destruídos. Como não estava trancado, muitos já adentraram e picharam paredes e até urinaram e defecaram no chão fazendo com que o ar, em alguns cantos do imóvel, naquele dia de calor, fosse irrespirável. O abandono somado ao silêncio faz com que o local pareça um lugar onde todos fugiram às pressas e nunca mais voltaram.

a beleza da Serra das Araras e um dos painéis externos (clique para ampliar)

Voltando a área externa, foi possível admirar os belíssimos painéis que adornam as laterais do monumento. São oito cenas (veja foto de todos no final deste artigo) que apresentam a evolução do transporte através do tempo, desde um índio abrindo caminho na mata até um carro da década de 30, passando por liteira, carruagem e carro de bois. Muitos dos painéis estão bem deteriorados, com rachaduras que percorrem de ponta a ponta a obra, além de alguns pedaços faltando no painel da carruagem. Se houver demora na recuperação a obra artística poderá perder-se para sempre.

A tristeza do abandono do Monumento Rodoviário contrasta bastante com a beleza incansável do cenário local. Mesmo nas condições atuais o local poderia estar aberto a visitação na área externa, para que as pessoas possam ao menos por uns instantes contemplar a paisagem.

o salão principal do monumento está em ruínas (clique na foto para ampliar)

O que mais revolta é o fato que, apesar das grandes arrecadações de pedágio, nada foi feito pela concessionária Nova Dutra, que devolveu o local histórico à União sem qualquer reparo ou recuperação. O descaso foi tão grande, que em 2010 o Ministério Público Federal (MPF) passou a cobrar da concessionária a recuperação do local. Segundo o Procurador da República, Rodrigo da Costa Lines, a empresa desrespeitou o contrato de concessão ao devolver o local sem a conservação adequada.

O MPF ainda determinou que fosse apresentado um plano de recuperação do Monumento Rodoviário pela concessionária, além do pedido de tombamento a nível federal (o local é tombado como patrimônio do Estado do Rio de Janeiro). Passado quase três anos, nada foi feito.

A concessionária não respondeu aos nossos questionamentos enviados por email. Entretanto, de acordo com reportagem do portal G1 publicada em 2016, a Nova Dutra alega que o local não faz parte do pacote de concessão e que não está prevista a preservação da área por parte deles. Ler isso de uma empresa que arrecada milhões de reais em pedágios a décadas mostra o nível de desrespeito da parte deles.

É preciso leis severas para se punir o descaso com o patrimônio histórico nacional. Como é possível permitir que uma empresa lucre com pedágios sem tomar uma atitude para recuperar um local tão importante ? Fica à Nova Dutra a pergunta para ser respondida.

Galeria – Área externa do monumento (clique na miniatura para ampliar):

Galeria – Painéis da fachada (clique na miniatura para ampliar):

Galeria – Área interna (clique na miniatura para ampliar):

ATUALIZAÇÃO – 15/12/2020

Em uma recente pesquisa sobre um outro tema dedicado à história do automobilismo nacional, acabamos por nos deparar com a edição número 32 da extinta revista Automóvel-Club onde é apresentado pela primeira vez um estudo de como viria ser, possivelmente, o Monumento Rodoviário.

Observe que a essência da obra, que culminou com o que foi realmente construído, já estava por ali. A maior diferença era a instalação de uma estátua de São Cristóvão – padroeiro dos motoristas – no topo da estátua e sobre um globo.

ATUALIZAÇÃO – 12/6/2023

Passados dez anos de nossa visita ao local, nosso colaborador José Vignoli, em viagem de automóvel para o Rio de Janeiro, resolveu dar uma parada no Monumento Rodoviário para ver se conseguia tirar fotos mais recentes, de maneira que nós pudéssemos atualizar o artigo.

O cenário encontrado por Vignoli foi desolador. O monumento está ainda mais abandonado, com muitas pixações por toda a sua estrutura e com um mato tão grande que agora é praticante impossível adentrar à área do que outrora foi um dos ícones do rodoviarismo brasileiro. Confira abaixo.

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33 respostas

  1. Sem querer defender a CCR, mas o Monumento não pertence à Nova Dutra.
    Caiu nas mãos do DNER e agora do sucedâneo DNIT, num imbróglio burocrático.
    Felizmente, há poucos anos, alguém teve a lucidez de retirar os painéis de Portinari de lá, restaurá-los e exibi-los no Museu Nacional de Belas Artes, no Centro do Rio (parece-me, inclusive, que a sequência dos painéis acabou sendo montada errada…)

  2. Gente, que desolador, absurdo, e revoltante!!!

    É um monumento de patrimônio e importância cultural e artística inquestionavelmente importante e não fazem absolutamente nada!!!!

    A concessionária Nova Dutra caso não cumpra o contrato de conservação do patrimônio deveria ser severamente multada por isso mas como nosso país não é sério ficamos a mercê da sorte e de Deus para que isso seja resolvido.

    Portinari, art decó, a beleza natural, tudo que existe no local se perdendo, revoltante, que o MPF não desista do caso e qualquer coisa que a população ou nós mesmos apoiemos na conservação deste maravilhoso monumento.

  3. Independentemente de quem é o responsável, fica a vergonha nacional com o descaso com nosso memória histórica. Estes casos reforçam a incompetência dos brasileiros em preservar e valorizar nosso passado. Realmente somos o país do futuro…porque do passado nem lembramos quem fomos! Se entregássemos este espaço para um grupo estrangeiro, por exemplo norte americanos, pode ter certeza que iria virar o PONTO DE PARADA entre SP e RJ.

    1. Concordo com vc Lucy, disse tudo. No Brasil, principalmente no RJ, as pessoas não ligam para a história, não se interessam pelo passado, pela evolução; uma pena!

  4. Uma das razões desse blog ser tão legal é que, sem querer, ele nos leva à reflexão sobre um tema estimulante: o permanente embate entre conservadores e progressistas.

    Enquanto progressistas são vistos – ou retratados – como pessoas de mente aberta, espírito renovador, modernas e antenadas com tudo, os conservadores são alvo de toda sorte de repúdio. São taxados ‘de direita’ (como se existisse direita e esquerda no Brasil) retrógrados, reacionários, inimigos do povo, do progresso, da liberdade e outros adjetivos aplicáveis a quem está a caminho do inferno.

    Quem defende por exemplo a pena de morte para os assassinos do garoto boliviano morto recentemente em São Paulo ou de tantos outros crimes hediondos sedimentados pela avalanche diária de notícias, é de direita. Os progressistas pensam que criminosos são ‘vítimas do sistema capitalista’ e como vítimas devem ser tratadas e não punidas. O tão criticado sistema de aprovação automática que despeja no mercado de trabalho jovens sem o menor preparo é algo que foi trazido da França progressista de 1968 e das ideias libertárias de Michel Foucaut. A ‘autoridade’ do professor era algo a ser banido das salas de aula, assim como a própria rigidez do ensino, uma das ‘estruturas do poder’ segundo o filósofo e seus seguidores filhinhos de papai. Deu nisso aí a que estamos assistindo impotentes, o desmonte do ensino público e jovens jogados na semi-marginalidade.

    As recentes manifestações ocorridas em São Paulo trazem o ativismo violento do Black Blok, filosofia que prega o ataque às instituições públicas e privadas como forma de desestruturar o poder. Nada mais representativo das velhas estruturas oligárquicas que um prédio público imponente e bem conservado. Portanto, quando um manifestante pichar um velho prédio tombado e amado pela população está apenas exercendo seu ‘direito à livre manifestação’ contra ‘tudo isso que aí está’ uma das bandeiras defendidas pela esquerda festiva do ‘é proibido proibir’ também importado da França efervescente de 1968.

    Fico pensando o que seria do nosso velho patrimônio arquitetônico caso não existisse a ‘direita retrógrada’ e conservadora desse país. Aliás, ‘conservadora ‘ é uma palavra bem apropriada ao tema do blog, não? Não fossem esses chatos antiquados e inimigos da evolução – seja lá o que for isso – toda esses símbolos da civilização capitalista e opressora já teria sido posta abaixo à base de dinamite para dar lugar ao novo, o moderno, enfim, o progresso – seja lá o que signifique isso.

    Um bom fim de semana a todos.

    1. Um texto muito bonito, mas muito infeliz em culpar ideologias. Têm que se ressaltar que o processo de abandono iniciou-se em 1976, período da “revolução”, se estendeu durante os anos 80 e 90, época em que privatizou-se a Via Dutra. Assim, o abandono deste monumento se deve a princípios claramente capitalistas e mercadológicos de direita, da redução de custos a qualquer preço. Este conceito de novo é estritamente capitalista, Conheço marxistas que são apreciadores e ferrenhos defensores de nosso velho patrimônio. Tornar as coisas descartáveis é característica do capitalismo.

    2. Ao que me consta, os dezenas de palacetes demolidos na Avenida Paulista nas últimas décadas não foram ao chão por decisão ou influência da “esquerda progressista”. Aliás, os interesses imobiliários que destroem o patrimônio histórico e ambiental paulistano estão mais próximos de figuras como Adhemar de Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf, Gilberto Kassab, geralmente identificados como lideranças políticas conservadoras ou de direita (não que líderes da esquerda também não tenham participação neste processo, vide o atual caso do Parque Augusta e Parque dos Búfalos). No Brasil em geral, e em São Paulo especialmente, têm-se uma visão tacanha e predatória do progresso e do desenvolvimento: o novo parece que sempre tem que destruir o antigo. O antigo é ruim, é pior, precisa ser reformado ou substituído. Falta perspectiva histórica, falta educação visual e artística que promova uma mentalidade de que conhecer e discutir o passado, respeita-lo e aprender com ele é fundamental para uma sociedade entender seus problemas atuais e propor caminhos para sua superação, sem abrir mão de sua história, de sua identidade, de suas raízes. E isso vale para todo o patrimônio histórico e cultural (arquitetônico, artes plásticas, musical, gastronômico, religioso etc.) de tidos os povos que nos formaram (nativos pré-colonização, europeus, africanos, asiáticos, árabes etc.)

    3. Conservar nada tem a ver com a “ideologia” politica da atualidade, mas sim com a cultura da sociedade que conserva ou nao seu patrimonio historico.
      Quando isso aconteceu no passado e aconteceu por escolha (basta ver a “descoberta” das ruinas da Roma antiga feita jà na epoca da renascença) sempre se-deu para criar laços culturais (e, num certo sentido, ideologicos) com o passado. Se nao fosse assim, nao teriam chegados atè hoje muitos dos monumentos que ainda embelezam a minha Italia (se nos formos olhar os Fori Imperiali em Roma como meros simbolos de uma civilizaçao imperialista e escravista teremos justa obrigaçao de abate-los logo, nao?).
      Nos dias de hoje, pelo que me parece, o unico principio que decreta o que vai ser conservado, e como, è ligado à sua “utilidade” economica (se e quando for conveniente/produtivo economicamente). Talvez è sò por isso que os Fori estao hoje ainda em pè (por quanto ruinas possam estar em pè) em Roma, frutando muita grana com turistas do mundo inteiro; veja por exemplo a polemica em Veneza que vè a maioria dos cidadoes daquela cidade (e dos italianos juntos com eles) contra a decisao da prefeitura e do atual ministro dos bens artisticos de deixar os grandes cruseiros chegar atè dentro o Canal Grande hà dois passos da praça Sao Marcos (com navios bem maiores que a mesma praça).
      Neste sentido, nada ajuda fazer polemicas entre ideologias politicas, torcendo para aquela parte que achamos mais “ideologicamente” proxima à ideia de conservaçao; os interesses economicos gritam mais forte e a politica parece em todas as suas nuanças completamente escrava deles.
      Infelizmente tenho que concordar que boa parte da ideologia do ’68 nao ajudou na ideia de respeito da historia (como “autoridade”, sendo tambem contra a “autoridade”) e dos seus simbolos; a bem ver, isso leva outra questao importante, que refere-se à passados proximos “traumaticos”, como, por exemplo, fim de ditaduras, com seus simbolos e monumentos, e a vontade de cancelar e virar pagina … è complicado …

  5. Vergonha absoluta e total. É nojento ver o total desrespeito com nossa história.
    Se o local tivesse sido utilizado como esconderijo por Lamarca, Marighela e alguns outros, certamente estaria restaurado e já tendo sido objeto de algum filme nacional, devidamente patrocinado.

  6. É importantíssimo lembrar e registra o abandono do patrimônio histórico e é uma pena o o estado em que se encontra esse Monumento Rodoviário que marca um período importante da história de nosso país, no entanto a as colocações do leitor Celso são uma mistura confusa de conceitos que confunde preservação com questões políticas, de cidadania e contrapondo idéias confusas de direita esquerda, conservadores e progressista, ou seja o fato de preservar nada tem a ver com com essas questões. Ser preservacionista não classifica as pessoas, guardar a memória para as futuras gerações não é uma atitude conservadora e pode ser progressista pois concilia referências do passado com o presente e constrói o futuro em continuidade a vida de todas as gerações.

  7. Entre culpados ou inocentes, posturas da direita ou da esquerda ou conservadores e progressistas uma nação se faz com sua história e sua memória. Mas somos cúmplices e aí sim, vítimas da história que alguém contou.
    Hoje, estamos nós na vez de podermos contar um trecho de uma história. Este espaço com certeza destina-se a promover a reflexão sobre as ações ou a falta delas.
    Frente a este descaso apresentado de um dos nossos patrimônios, fico não somente triste mas também estimulado a buscar alguma ação, que possa trazer à tona esta história que aos poucos se depaupera ao descaso do poder público, e assim aos poucos seguir a sina da tal “povo sem memória”.

    E nós? Pessoas com discernimento e vontade de mudanças. Autoras de manifestações que se multiplicaram pelo país afora.
    Gostaria de encontrar pares e assim, criar e participar de iniciativas que envolvam as instituições privadas em prol do patrimônio material e também imaterial do nosso estado e também país. Pois os espaços virtuais para o desabafo e a denúncia, também são férteis para ações reais e construtivas.

    Um ótimo fim de semana para todos.

  8. Parece um bunker alemão da 2ª Guerra Mundial ou é impressão minha ? Nas suas devidas proporções é claro….

  9. Olà Douglas! Parabens pelo site, muito bem feito! Acabei de ler este artigo sobre o Monumento Rodoviaro, otima reportagem com lindas fotos! E’ uma dò ver como o patrimonio artistico e historico brasileiro è tao descuidado. O monumento retratado precisaria de uma reforma para voltar ao seu antigo uso, um belissimo ponto panoramico e de descanso na congestionada Via Dutra. A reforma deveria respeitar totalmente o carater artistico do monumento, recuperando os materiais utilizados e reproduzindo os que faltam, inclusive pondo uma copia dos paineis de Portinari.
    Um abraço de Italia
    Gualberto

  10. Douglas, lendo este seu texto e vendo estas fotos, chego à conclusão que não somos apenas um povo sem memória, somos um grupamento composto por uma grande parcela de canalhas e essa canalhice, que move a grande parcela, começa na atividade pública.
    Triste esse retrato, triste esse espectro de uma obra de arte e de um marco histórico.
    Continue! Nunca desista, porque você está reescrevendo a história de uma parte de nosso país e serve de exemplo para, quem sabe, despertar os politiqueiros que vivem, sobrevivem e enriquecem à custa da nação, sem darem quase nada como contrapartida.

  11. Oi, passei em outubro deste ano, por volta do dia 10. Fiz algumas fotos, caso haja interesse para a página eu as envio sem problema alguma, bastando dar os créditos.

    A vista lá é lindo, e realmente há uma grande dor em ver um lugar tão fantástico abandonado. Enfrentei um ninho de vespas africanas gigantes para conseguir fotografar, mas valeu muito a pena.

    Descobri a página por acaso e já virei fã.

    Abraços

    1. Bom dia Ingrid,
      Obrigado por visitar o meu blog e curtir este pobre monumento que tenho certeza um dia olhará mais para ele. Se depender de nossas publicações acho que um dia venceremos !!
      É claro que gostaria de ver as suas fotos, darei o devido crédito conforme queira.

      Atenciosamente,

      Claude Fondeville (Rouen do ‘Arqueologia do Rio de Janeiro’)

  12. É mesmo uma vergonha e um descaso uma obra tão bonita e importante estar abandonada por parte de todos os responsáveis, estive presente na data de 23-02 2013 e é revoltante olhar e saber que foi um lugar tão lindo e hoje resta apenas uma historia enterrada a céu aberto!!!

  13. Além de ser um monumento histórico sobre as estradas de rodagem no Brasil, que ofereceram um grande avanço, o monumento possuía uma luz intensa – tipo um farol que servia de instrumento para aeronaves. Incrível o desrespeito. Acabar com o DNER foi um absurdo por si só.
    Tania Lyra

  14. Vou falar logo,alguns comentários eu não concordo outos concordo. Porque eu acho que a prefeitura do rio, a ccr e a de piraí podiam se junta para conserva Porque mesmo quebrado e fechado e bonito.
    Eu,meu irmao, meu avô e a minha prima não tivemos coragem para entrar pq estava aberto e nos não sabiamos se morava algem la mas ficamos adimirados com a sua beleza se reformarem ele ia ser muinto frequentado.

  15. Boa tarde a todos.

    Passava eu pela Rodovia Pres. Dutra voltando de mais de meus compromissos de trabalho em companhia de um colega de trabalho, quando nos deparamos com aquele imponente e lindo monumento em plena Serra das Araras. Sempre que passávamos por ali comentávamos sobre a curiosidade e o desejo de um dia pararmos. Ontem foi o dia! Sozinho não teria coragem por medo de violência, mas juntos, nos atrevemos.
    Posso adiantar que nenhuma melhora na estrutura do local foi feita. Continua abandonado! Porém, não encontramos muito lixo e tivemos a impressão que foi limpo há algum tempo. Ouvimos relatos de moradores da existência de muitos marimbondos e do perigo de ataque. Mas, parece que as casas de marimbondo foram incendiadas recentemente.
    Pudemos transitar livremente pelo local e constatar o potencial turístico com uma bela vista e constatar que em qualquer do mundo estaria preservado e funcionando.
    Talvez, cedido a uma rede restaurantes ou bem explorado pela CCR acolheria muitos dos viajantes que passam pelo local. Eu mesmo seria um deles.

  16. Passo toda semana por lá (MIRANTE), e sempre tive curiosidade para saber como ele é, mas nunca tive coragem de subir, por questão de segurança. Descobri esta brilhante matéria com lindas fotos que me deixou indignada pelo abandono. Continuei pesquisando e descobri que existe uma ação civil pública impetrada no ano passado. Ao procurar pelo andamento do processo, fiquei mais indignada ainda, ao saber a decisão proferida por um juiz substituto. Pelo que eu entendi, é preciso haver um dano maior naquele patrimônio para justificar o pedido de tutela antecipada proposto na ação. Será que não existe outra saída para salvar aquele monumento tão importante.
    Silvania

  17. Estive la dendro e de cortar o coração ver uma obra como aquela abandonada e hoje e casa de marinbondos

  18. Positivos e Negativos…..

    Positivo  – Não se vê pichações ou depredação, apenas a ação do tempo e negligência na manutenção do marco histórico. Ponto a favor, com ressalvas.

    Negativos- Por mais obscura que Pirai seja, seria a oportunidade de se restaurar este miradouro e colocar ali um centro de orientação a visitantes ( um local com lavabos, recepção para coletar mapas, guias de hotéis e restaurantes, atrações locais do município e região ao redor )

    O pessoal aqui é muito atrasado.  Oh preguiça cabocla.

  19. Hoje estive lá 21/01/2022 e realmente assusta a beleza e grandeza do lugar. Mais também assusta um lugar tão bonito e abandonado largado as traças cheio de pixaçoes.

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