O Arco do Triunfo de São Paulo

Como toda cidade do mundo, São Paulo tem lá seus mistérios. E um dos que mais deixa o paulistano curioso é sobre um pouco explicado arco do triunfo que existiu por aqui nas primeiras décadas do século 20.

Já houve até quem escrevesse a respeito mas sempre de maneira vaga. Aqui vamos explicar tudo o que você sempre quis saber sobre este monumento mas não tinha para quem perguntar (ou onde ler).

Tudo começa em julho de 1921, quando a Prefeitura de São Paulo e a Presidência do Estado (aquela época o governo estadual chamado de presidência), são comunicados pelo cerimonial da Presidência da República que o Presidente Epitácio Pessoa desejava visitar São Paulo em caráter oficial.

Presidente Epitácio Pessoa
Presidente Epitácio Pessoa

A viagem, na verdade, seria uma turnê para tornar a figura do presidente mais conhecida e popular. Epitácio Pessoa assumiu a presidência em subsituição a Rodrigues Alves, eleito em 1918, mas que faleceu antes de tomar posse como presidente da república em seu segundo mandato.

Saindo do Rio de Janeiro de trem, Epitácio Pessoa passaria por inúmeras cidades paulistas, como Taubaté, São José dos Campos, Mogi das Cruzes e Poá. Em algumas delas chegando a parar na cidade e em outras, como Tremembé, apenas passando vagarosamente pela estação e acenando para os cidadãos.

A sua chegada à capital paulista estava prevista para o dia 19 de agosto de 1921.

Manchete do jornal Correio Paulistano em 20/08/1921
Manchete do jornal Correio Paulistano em 20/08/1921

Para entender a grandiosidade que foi a chegada do Presidente Epitácio Pessoa a São Paulo, é preciso voltar no tempo em uma época em que o respeito a figura presidencial estava muito acima das questões partidárias.

Um respeito que o brasileiro perdeu no tempo, hoje acostumados a vaiar ou aplaudir presidentes, governadores e prefeitos como quem assiste a um jogo de futebol. Tanto que uma visita nas proporções de 1921, talvez fosse impossível nos dias de hoje.

Ao aproximar-se da região central de São Paulo, já na então Estação do Brás, o comboio presidencial foi obrigado a parar por longos minutos. Todos os operários das fábricas que margeavam a ferrovia naquela região foram até os trilhos para saudar o presidente. Só depois a delegação seguiu até a Estação da Luz onde as autoridades municipais e estaduais aguardavam. E é aqui que começaremos a falar do arco do triunfo.

Mas antes, uma vista parcial da região onde ele foi construído. Observe que a porção direita do Seminário Episcopal ainda não tinha sido demolida.

Vista parcial da região da Luz / Foto: Guilherme Gaensly (clique para ampliar).
Vista parcial da região da Luz / Foto: Guilherme Gaensly (clique para ampliar).

Por pouco este marco quase não existiu. Sua construção foi decidida de última hora, já faltando poucas semanas para a chegada do presidente em São Paulo.

Discutia-se no gabinete do então Prefeito Firmiano Pinto, além de toda a pompa e cerimônia que estavam preparando para Epitácio Pessoa, o que mais poderia ser feito para tornar sua visita inesquecível.

E foi ai que alguém por lá deu a idéia de fazer um arco do triunfo. Mas a inspiração inicial não veio da França, mas dos Estados Unidos da América, precisamente do arco do triunfo que fica na Washington Square Park, em Nova Iorque.

Arco da Washington Square Park, Nova Iorque (clique para ampliar).
Arco da Washington Square Park, Nova Iorque (clique para ampliar).

Em 1889, para celebrar o centenário da posse de George Washington como presidente dos Estados Unidos, um grande arco do triunfo foi construído nesta praça feito totalmente em gesso e madeira.

Era uma construção do que chamamos de arquitetura efêmera(*). O arco tornou-se tão popular que em 1892 decidiram por erguer um novo e definitivo, feito de mármore. Era a primeira vez que um arco foi erigido nas Américas.

E isso influenciou muito a criação de um similar por aqui, em uma época que o café ainda era um produto lucrativo e dinheiro não era problema.

Sendo assim, convocou-se um arquiteto paulista para projetar o grandioso monumento. Quem ? Ramos de Azevedo.

O Arco do Triunfo paulistano em agosto de 1921 (clique para ampliar).
O Arco do Triunfo paulistano em agosto de 1921 (clique para ampliar).

E como o tempo urgia, a obra foi tocada rapidamente. Valendo-se do mesmo artifício que os americanos construiram o seu, com gesso e madeira, em incríveis três dias foi erguido o Arco do Triunfo de São Paulo.

A firma F. Ramos de Azevedo e Cia colocou 200 operários e todos os seus serviços de oficina a cargo da construção do arco. Os turnos eram de 24 horas para que a obra ficasse pronta.

A estrutura foi devidamente instalada no trecho final da rua José Paulino, atual Praça da Luz, quase na esquina com a Avenida Tiradentes (vide mapa abaixo), de modo que tão logo o Presidente da República saísse da Estação passasse pelo arco.

saopaulo1916

Projetado em estilo clássico similar aos arcos de Paris e Nova Iorque, o arco paulistano possuía 28 metros de altura por 27 de metros de largura, sendo que a abertura do arco era de 10 metros de largura por 14 de altura.

Sobre o arco havia quatro bandeiras nacionais, sendo três de um lado e uma do outro. Além disso, adornavam o monumento flores e guirlandas.

Nas duas faces do arco existiam as homenagens: “Salve Epitácio Pessoa” e também a frase “A Cidade de São Paulo”.  À noite, além da iluminação do monumento, funcionava uma bandeira nacional feita com mil lâmpadas coloridas.

Recepção ao Presidente Epitácio Pessoa na Estação da Luz.
Recepção ao Presidente Epitácio Pessoa na Estação da Luz.

Ao chegar a Estação da Luz, Epitacio Pessoa foi recebido pelo então Presidente do Estado, Washington Luís, e pelo prefeito do município, Firmiano Pinto.

Após a execução do hino nacional e das demais recepções de chegada, partiu a delegação rumo ao Palacete Prates. Abaixo o momento em que o landau presidencial acabava de passar sob o Arco do Triunfo.

Crédito: A Cigarra Edição 167

O cortejo passaria por diversas ruas paulistanas até chegar a seu destino, como as ruas Florêncio de Abreu, Mauá e José Paulino.

Naquele mesmo dia 19, à noite, após jantar com Washington Luís, o Presidente Epitácio Pessoa seguiria para o Theatro Municipal para um espetáculo. Para a ocasião foi inaugurado um novo e moderno sistema de iluminação no teatro.

E quanto tempo durou o marco ?

Crédito: Correio Paulistano

Como foi feito de gesso e madeira, obviamente não foi projetado para durar muito.

Após a passagem presidencial por aqui, não ocorreu nenhuma discussão para se construir um outro arco, desta vez definitivo, tal qual foi feito em Nova Iorque.

Assim, o Arco do Triunfo paulistano foi demolido. Seu desmonte deu-se algumas semanas depois do 7 de setembro daquele ano, quando a independência do Brasil celebrou 99 anos.

E foi o fim da linha para este monumento paulistano pouco conhecido e que hoje desperta muitas curiosidades a seu respeito.

CURIOSIDADE:

A criação deste arco do triunfo não passou imune às charges humorísticas da época. A ilustração abaixo, da revista Vida Paulista, é uma delas:

(*) Arquitetura efêmera é o nome que se dá para construções feitas com objetivos celebrativos ou expositivos apenas para durar por um breve período de tempo. Existem vários outros casos deste tipo de arquitetura no Brasil, como na ocasião do casamento do Imperador d.Pedro I com a Princesa Amélia ou mesmo na ocasião da vista do Imperador d.Pedro II a São Paulo, em 1846.

Bibliografia consultada:

  • Correio Paulistano – Edição 20881
  • Correio Paulistano – Edição 20882
  • Correio Paulistano – Edição 20883
  • Correio Paulistano – Edição 20954
  • A Cigarra – Edição 167 / Setembro de 1921
  • A Vida Paulista – Edição 05 / Outubro de 1921
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101 respostas

  1. Nossa viajei no tempo agora ao ler,como seria lindo se ele se encontra-se “vivo” ,São Paulo teria mais essa linda obra ,do tempos dos Barões do Café ,do do Arquiteto maravilhoso Ramos de Azevedo e seus 200 funcionários,uma pena terem derrubado,já naquela época não davam tanta valor as obras,pois fizeram muito disso,construir e derrubar…adorei as suas linhas e sua exposição desse fato gistórico maravilhoso da nossa amada São Paulo,parabéns Douglas Nascimento e São Paulo Antiga,por mais essa.

      1. Li e reli o artigo várias vezes, e acredito que a informação, junto com o mapa não encontrava-se disponível na primeira versão do artigo.

      1. Em uma das fotos, pode-se verificar a igreja de S. Cristóvão ao fundo. O cortejo deve ter saido da Estação da Luz pela rua que a separa do Jardim da Luz, cruzado a Av. Tiradentes e passado sob o arco, indo em direção ao centro da cidade pela rua Florêncio de Abreu.

      2. O local? Se posicione entre dois marcos atuais importantes: a Pinacoteca do Estado e o Museu de Língua Portuguesa. Aí olhe em direção da avenida Tiradentes. Era exatamente ali.

  2. Excelente texto e esclarecedoras fotografias.
    Já conhecia a história do “nosso” Arco do Triunfo, mas desconhecia a sua localização, bem como detalhes do cortejo.

  3. Ja tinha ouvido sobre esse arco, mas não conhecia sua historia, parabéns Douglas Nascimento.
    Gostaria de sugerir uma reportagem sobre o Teatro Colombo que existia no Largo da Concordia.
    Obrigado.

  4. Excelente artigo.

    Contudo, sou absolutamente contra a construção de réplicas.

    Réplicas do Arco do Triunfo são cópias – ou tentativas – do famoso que existe em Paris, construído no início do século 19 para celebrar as vitórias de Napoleão Bonaparte. Seu valor inquestionável é que foi o primeiro, o original, o imitado. A cópia porém, não tem valor uma vez que jamais deixará essa condição.

    Certa vez viajando de ônibus pro Rio de Janeiro, o veículo passou próximo de uma das muitas réplicas do Cristo Redentor do Rio de Janeiro que existem nas cidades ao longo da Dutra. Os cariocas exclamaram: ‘olha o cristo dos paulistas!’ e a risada foi geral. Bem feito. Quem mandou copiar o monumento brasileiro mais conhecido no exterior e símbolo da cidade onde está localizado?

    Mas na rica Sertãozinho-SP, o prefeito local resolveu apelar para a ignorância. Mandou fazer uma cópia do cristo redentor tendo o cuidado de instalar a estátua no mais alto morro da cidade de maneira que ficasse ‘mais alto’ que o original. Como se fosse uma competição de altura. O erro aí é duplo. Primeiro, em copiar. Segundo, achando que uma cópia maior ou mais alta ou pintada de ouro vai obter algum valor ao chamar mais atenção que o monumento original, mundialmente conhecido. A glória ser o original, o verdadeiro, o copiado, jamais deixará o morro do corcovado no Rio de Janeiro. A façanha do prefeito de Sertãozinho pode no máximo expor os moradores da cidade ao ridículo.

    O Arco do Triunfo de São Paulo poderia ter sido desmontado e guardado como um documento histórico. Mas jamais ser construído dando motivo para piadas Brasil afora, como o carnaval-cópia do Anhembi.

    São Paulo não precisa copiar ninguém.

    1. “Réplicas do Arco do Triunfo são cópias – ou tentativas – do famoso que existe em Paris, construído no início do século 19 para celebrar as vitórias de Napoleão Bonaparte. Seu valor inquestionável é que foi o primeiro, o original, o imitado. A cópia porém, não tem valor uma vez que jamais deixará essa condição.”

      Caro Celso,
      O Arco do Triunfo de Paris não foi o primeiro nem o original. Ele em si é uma cópia (ampliada) do Arco de Tito, erigido em 81 d.C. em comemoração à conquista de Jerusalém pelo imperador romano Tito Flávio. O arco ainda está de pé, em Roma.

    2. “Certa vez viajando de ônibus pro Rio de Janeiro, o veículo passou próximo de uma das muitas réplicas do Cristo Redentor do Rio de Janeiro que existem nas cidades ao longo da Dutra. Os cariocas exclamaram: ‘olha o cristo dos paulistas!’ e a risada foi geral. Bem feito. Quem mandou copiar o monumento brasileiro mais conhecido no exterior e símbolo da cidade onde está localizado?”.

      Você realmente se importou com isso, Celso??? Eu, sinceramente, não me importaria…

      1. Mas deveria importar-se. Monumentos dizem muito da cultura, história, tradições e valores de um povo e impõe respeito. São Paulo não precisa copiar ninguém pois tem tudo isso. Mas cada vez que uma réplica do Cristo Redentor é instalada em algum local, o máximo que provoca é a chacota. Em todo caso, já podemos tirar sarro dos cariocas: existe no Rio uma réplica da Estátua da Liberdade de Nova York. Os cariocas odeiam-na. Eles amam o Rio. Taí uma coisa que poderíamos copiar dos cariocas: o amor que eles tem pela sua cidade.

        1. Então o que acham da proposta do veterano pesquisador do Jaraguá, sr. Wilson de Castro (autor do livro Morro Jaraguá – O Senhor dos Vales), sobre se erguer uma grande estátua a São Paulo Apóstolo, no alto do Pico do Jaraguá, parodiando o Cristo Redentor do Rio?

          1. Sou totalmente contra, temos de homenagear o que é fato, o que é real. Vamos manter a originalidade pela mãe-natureza, mantendo o morro sem mais essa poluição (além das que já o enfeiam e o torturam). Deveríamos, SIM, é fazer uma campanha para LIMPARMOS o morro do Jaraguá, um dos mais belos simbolos de nossa São Paulo, REMOVENDO TUDO o que lá está a poluir, no máximo deixemos um mirante, de madeira, o mais natural possivel.

    3. Celso,

      Com todo o respeito, discordo da sua colocação. Nada a ver, por vários motivos.

      Deve-se entender determinados fatos em termos da época em que eles ocorreram. Além disso, obras são ‘copiadas’, ou servem de inspiração, para outras há séculos. Obras da Renascença servem de motivação para outras que, por sua vez, prestam homenagem à obra original.

      E, venhamos e convenhamos (destilação de veneno ligada): se você dá valor a opinião de cariocas, que nunca vão chegar a ter um Estado com a pujança do nosso (malgrado o Governo Federal)…

      Excelente o artigo. Fiquei contente em te-lo acidentalmente encontrado. Parabéns, Douglas, e obrigado!

    4. Haha que figura vc! Primeiro que toda estátua de Cristo é uma cópia já deve fazer uns 1500 anos. Segundo que a moda de colocar estátuas de Jesus em cidades e lugares altos já tem centenas de anos tb, e tem milhares de cidades que têm uma. Terceiro que na Ásia vc encontra estátuas gigantes de Budda com mais anos de idade do que todo o cristianismo. O Rio com certeza não foi pioneiro nisso. Só aconteceu de que o Rio de Janeiro foi a cidade mais célebre na época a construir uma estátua dele. A maioria das outras cidades famosas do mundo foi mais esperta e optou por símbolos não-religiosos como seu cartão postal, já que vivemos num mundo com mais de 2000 religiões ativas. Além disso vivemos num país em que o Estado graças a Deus é laico, então por sorte o RJ tem monumentos célebres maiores como o Pão De Açúcar e os bondinhos.
      Enfim, o arco do triunfo em questão era uma réplica barata com um propósito único de atender à visita, na época um tanto menos comum.
      Outros monumentos baseados em réplicas que conhecemos são árvores de natal gigantes, arcos, relógios-mosteiros, bandeiras. A lista é longa.

  5. “Réplicas do Arco do Triunfo são cópias – ou tentativas – do famoso que existe em Paris, construído no início do século 19 para celebrar as vitórias de Napoleão Bonaparte. Seu valor inquestionável é que foi o primeiro, o original, o imitado. A cópia porém, não tem valor uma vez que jamais deixará essa condição.”

    Caro Celso,
    O Arco do Triunfo de Paris não foi o primeiro nem o original. Ele em si é uma cópia (ampliada) do Arco de Tito, erigido em 81 d.C. em comemoração à conquista de Jerusalém pelo imperador romano Tito Flávio. O arco ainda está de pé, em Roma.

    1. Cara Susana, o brigado pelo esclarecimento. Em todo caso, você há de concordar que o mais famoso e copiado é o Arco do Triunfo de Paris, não?

      Assim como a Torre Eiffel.

      Em uma próspera cidade do Paraná um rico empresário local gastou uma fortuna para erigir uma cópia da famosa torre parisiense. Não satisfeito, colocou um vídeo no Youtube, orgulhoso de ‘sua’ obra.

  6. Sr. Celso, copiar o que é bom e bonito não é vergonhoso, pois se o Arco do Triunfo tivesse sido construido em definitivo, talvez o Brasil seria considerado 1º mundo, mas copiar Venezuela,Cuba, Bolivia etc….. é coisa de 3º.

  7. Adorei esta matéria, muito boa eu já tinha ouvido falar sobre este arco mas tinha minhas dúvidas se realmente ele existiu.

  8. Fantástico, não sabia disso! Porém, não sei se li muito rápido, ou desatento, mas não lembro de ter visto a data de sua inauguração deste arco aqui em S.Paulo

  9. Vocês todos estão se esquecendo que o Arco do Trinfo de Paris nada mais é do que uma cópia dos arcos Latinos vejam o arco de Constantino que ainda hoje está de pé como outras tantas construções Romanas

  10. DESCONHECIA A HISTÓRIA DESTE ARCO. ELE ERA LINDO E DEVERIA TER SIDO CONSTRUÍDO EM MÁRMORE E HOJE SERIA UM MARCO NA CIDADE .IMAGINEM , ELE E A ESTAÇÃO DA LUZ , À NOITE , TODOS ILUMINADOS!!!!!

    PARABÉNS PELA MATÉRIA!!

    EDUARDO AUGUSTO DE CAMPOS PIRES

    1. A região da Luz já está iluminada e por centenas e centenas de cachimbinhos de crack.
      Terrível.
      Realmente uma Arco em pedra ficaria muito lindo mas é bom lembrar que quase no mesmo lugar, foi construido pouco tempo depois, o Monumento a Ramos de Azevedo, que apesar de imponente, acabou sendo atropelado pelo progresso.
      A parte principal dele, hoje ocupa um espaço na Cidade Universitária, enquanto que algumas partes (cabeças) estão expostas no saguão de entrada da Sala São Paulo.

  11. Douglas, parabéns pelo seu fantastico trabalho de trazer aos paulistanos e ao Brasil, algo que marcou a cidade de São Paulo e seus moradores da época, em razão da visita do então Presidente da República Epitácio Pessoa. Termos tido essa obra , mesmo que temporária, é história e memória, o que falta aos brasileiros nos tempos atuais.

  12. O século passado concentrou o maior período de transformações que a humanidade conheceu. Gostaria muito de ter nascido em 1900 e ter presenciado as transformações que São Paulo viveu, os frenéticos bairros fabris, o Bixiga cantado em verso e prosa por Adoniran Barbosa e por aí vai. E infelizmente presenciar também a troca de nossa matriz cultural europeia (predominantemente francesa, como a arquitetura art déco dos antigos monumentos nos mostra) pela americana, baseada no consumismo e produção em massa.

  13. Parabenizo o jornalista Douglas por nos presentear com essa riqueza de documentário. Não tinha conhecimento de que existiu o que poderia ser um marco histórico da capital.

  14. JAMAIS SUPORIA QUE EXISTISSE ESSE MONUMENTO EM SÃO PAULO.
    A REPORTAGEM É ÚTIL E ESCLARECEDORA E PARA QUE AMPLIEMOS
    NOSSOS CONHECIMENTO EM RELAÇÃO A NOSSA CIDADE.

  15. Ficamos muito felizes, meu esposo e eu ( Hermenegildo e Neide C.Parro ) em conhecermos a verdadeira história do nosso Arco do Triunfo . Ouvia meus avós falarem alguma cousa, mas , sem consistência. Agora, já´sabemos e vimos. Lamentamos que tenha sido demolido e ninguém pensasse em fazer outro verdadeiro . Alguém deveria dar essa excelente idéia para as autoridades competentes.
    Obrigado, primo Vitor , por lembrar de nos enviar esta MARAVILHA ! este e-mail tão especial ! Abraços a você e a querida Silvia. . Neide e Hildo ..Vou repassar.

  16. Eu sabia da existência do “arco do triunfo” sim, e lamento muito esse “faz e desfaz” dos nossos governantes. Nosso dinheiro sai pelo “ralo” há centenas de anos. Isso nos deixa cada vez mais sem esperança de um futuro melhor!

  17. Acho que estão fazendo um enorme cavalo de batalhas por causa desse arco.
    Foi uma simples alegoria. Muito mais simples do que qualquer um desses carros alegóricos que “ornamentam” os desfiles das escolas de samba.
    Foi feito de madeira e pano pintado. Provavelmente mão de obra das oficinas da São Paulo Railway.
    Diferentemente dos carros alegóricos, que ficam largados nas margens das vias públicas por mais de ano, o arco foi desmontado para liberar o espaço público.
    Quanto custou a vinda a SP, do presidente da reública e sua reduzida comitiva?
    Quanto custa hoje em dia, o vai e vem dos presidentes e seus séquitos?

  18. Olá, Douglas.

    Ótimo texto! Você pode dizer, por favor, onde consultou as fotos do Seminário Episcopal, a primeira foto do Arco que você mostra e o mapa?

    Obrigada,
    Amarilis.

  19. Nossa como tem gente chata que gosta de procurar pelo em ovo, que importância tem se é cópia ou não. O importante mesmo é a história, o conteúdo a informação dos fatos. Parabéns a São Paulo Antiga e ao Sr. Douglas pela belíssima matéria, como sempre aprendi um pouco mais da minha querida São Paulo.

  20. Achei excelente sua reportagem. Porem faço uma pergunta? em que ano foi demolido e quem foi o Hddad da ideia?

  21. Belo texto. Vc poderia pesquisar sobre o Presidio Feminino que havia na Av. Tiradentes (em frente a Rota , mais ou menos) que hj só resta a entrada principal. Acho que muita gente se lembra. Outra matéria seria a escadaria na Rua Xavier de Toledo (ao lado do Metrô).
    Obrigado

  22. O escritório de arquitetura do Ramos de Azevedo ficava com as principais obras de governo. Isso é que é favorecimento!!!

  23. Excelente informação. Que bom se tivesse sido construído em mármore! Teríamos até hoje essa obra magnifica.

  24. Só uma correção: Ramos de Azevedo não era paulistano e sim paulista nascido em Campinas e não na capital

  25. Sensacional a sua explanação!!!! Nunca soube da existência do ARCO DO TRIUNFO nem em New York, nem em São Paulo! Uma pena que em São Paulo tenha sido apenas uma Arquitetura Efêmera! Mas, me parece que os políticos brasileiros têm adotado este tipo de arquitetura nas obras que deveriam ser duradouras!… Abraço.

  26. Lembro deste Monumento Arco. Nasci em Campos Eliseos em Sao Paulo. Deram o nome do bairro baseado no Champs-Elysees onde o Arc de Triomphe e’ localizado em Paris. Sempre tive orgulho do meu bairro, mas depois que me mudei de la’ as familias dos baroes se mudaram, as mansoes se tornaram ruinas e o bairro virou lixo e desapareceu. Pena que os politicos nao salvaram nossa tradicao, historia, cultura e identidade.

    1. Sempre a velha historia de que sempre é a culpa dos politicos todos os problemas da cidade e nunca nossa. problemas da cidade e nunca nossa.
      A hora que a sociedade entender que ela é a primeira a fazer pressao e cobrar para que os orgãos competetes tomem as devidas providencias, problemas como que você relatou não aconteceriam.
      Quem salva a tradicao, cultura e identidade de um povo, é primeiramente o proprio povo, mas se ele nao sabe seque escolher seus próprios representates, é tolisse esperar que seus politicos salvem aquilo que eles não reconhecem como valor.

      1. Na verdade, a região da Avenida Paulista com os casarões dos barões foram paulatinamente cedendo espaço para os edifícios que hoje lá se encontram, bem como no centro da cidade houve constante modificação urbana com novas tendências arquitetônicas de influência francesa e posteriormente norte americana. O espaço urbano nunca respeitou o cidadão, pode-se ver nas obras de Oscar Niemeyer que não existe calçadas ou bancos de convivência.

  27. Eu tenho uma foto deste arco com o retorno dos “pracinhas” da Força Expedicionária Brasileira, então ele durou mais tempo do que foi mencionado neste artigo.

  28. Nossa importante arquivo de memória ouvi meus pais contarem mas naonlembrava mais muito lindo

  29. Muito obrigada ! Curto muito as histórias de Sampa! Uma sugestão?? Dizem que embaixo do Colégio de São Bento, tem túneis que atravessam muitos lugares,e aí fake??

  30. Bom dia, comecei a trabalhar em São Paulo em 6/2/64 na SIDERÚRGICA BARRA MANSA/ uma empresa subsidiária da VOTORANTIM, na Av. Prestes Maia / Riskallah Jorge, lembro que havia um monumento enorme na Av. Tiradentes, na mesma direção da estação da Luz, em frente à rua São Caetano, certa feita passei por lá e haviam desmontado tudo aquilo e colocado no Jardim da Luz, vocês têm ideia paraonde foi, ou derreteram e embolsaram o dinheiro, pois deveria ser de bronze e devem ter feito uma fortuna. Eram uns cavalos enormes.

  31. Bela pesquisa! Coisas do passado que ninguém mais nem sonha! Infelizmente não houve a reconstrução definitiva, em mármore, ou concreto mesmo, optando-se pela sua demolição. Parabéns Douglas pelo incrível trabalho de resgate da história paulista e, em consequência brasileira, que vens fazendo!

  32. INFELIZMENTE VIVEMOS NUM PAÍS SEM PASSADO.NUNCA TINHA OUVIDO FALAR. PARABÉNS PELA PUBLICAÇÃO E RESGATE HISTÓRICO.

  33. Excelente artigo. Me enrequeci mais um pouco. Não sabia sobre o arco e agora sei quem foi Firmiano Pinto, onde há uma rua na cidade onde costumo passar.

  34. Excelente trabalho sobre um dos mais intrigantes marcos históricos de nossa cidade! De fato bastante esclarecedor. Parabéns! Obrigado.

  35. Celular também traz cultura, eu particularmente nunca soube desse arco do triunfo, de pronto quando vi a primeira foto, imaginei a França, mais precisamente Paris, nunca é tarde para apreender coisas novas, mesmo que antigas e já não existam

  36. Muito obrigada pela lição. Meu pai trabalhou no Instituto geográfico, ele foi um dos que fizeram medição do rio Tietê nos anos trinta.

  37. Parabéns pela matéria. Eu como paulistano nato, confesso que não sabia dessa história desta construção efêmera.

  38. Eu adorei. Tomar conhecimento de que já tivemos um Arco do trinfu,aqui em SaoPaulo,,,mas como sempre o Brasileiro destrói toda a nossa História ,en Novs york,e na Fanca continua a lembrança e aqui como sempre veio abaixo muito triste tudo isso,um povo com muita pouca história,,,,,

  39. Parabéns à toda equipe do Instituto São Paulo Antiga pela promoção da cultura em nossa cidade. Que contribuição maravilhosa e que alimento grandioso para nossas almas famintas por tradições como estas. Parabéns Douglas e equipe. Abração e sucesso a todos vocês.

  40. Acho tudo muito estranho… tão pouco tempo, em uma época sem muitos recursos… sempre q olho essas construções sinto q estou perdendo alguma coisa.

  41. Olá Douglas.
    Primeiramente quero lhe parabenizar por trazer tantas informações que agregam a nossa cultura.
    Sou Guia de Turismo na cidade de São Paulo.
    Devido a pandemia e trabalhando para que se perpetue, estou empenhado em um projeto de passeios virtuais por São Paulo e região. Nos idiomas Português, Inglês e Espanhol.
    Inclusive no próximo dia 29 de Julho farei o segundo, em Inglês, ainda de forma gratuita.
    Se puder e quiser participar para ver como está segue o link para inscrição.
    http://www.brazilvirtualtour.com.br

    Se possivel gostaria de sua ajuda na pesquisa que faço para obter a foto ou maiores informações sobre uma serraria a vapor, de propriedade do dinamarquês Adam Von Bullow, onde hoje é o Teatro Municipal.

    Muito grato pela atenção.

    Sergio Henrique

  42. A arquitetura, o urbanismo brasileiro é todo efêmero. O desenho se altera, a memória não existe. Isso faz com que não tenhamos nunca um passado consagrado, seja ele qual for…

  43. muito interessante—-acho bonito também um pórtico que foi deixado na frente do banco do Brasil na av tiradentes—acho que o projeto foi do escritorio Croce-Aflalo e gasperini—onde trabalhei nos anos 80

  44. Douglas, pessoas como você, faz com que possamos ver que no passado tivemos bons monumentos, e que poderia ser hoje fonte de cultura e turismo. A pesar de ser baiano, gosto muito de São Paulo.

  45. Caro Douglas, obrigado pela matéria! Sou arquiteto e adoro conhecer tudo que posso sobre esta amada cidade de São Paulo. Parabéns e um abraço.

  46. Excelente matéria! Apenas gostaria de acrescentar que a charge destacada é de autoria do grande artista Belmonte (Benedito Bastos Barreto), criador do personagem Juca Pato.

  47. É pois é, carissimos sou novo por aqui. Contudo não pude furtar-me a esta otima postagem, acrescentando ainda que momumento deste tipo tambem foi construido na cidade de Piracicaba/SP. Não tenho agora precisão da data porem posso arriscar ser desta época tambem. O referido “arco”, ficava no começo da hoje Rua Boa Morte quase defronte a estação da Paulista (estrada de ferro), um ramal ferroviario que ligava Piracicaba a Campinas , Jundiai e São Paulo. Existem fotos deste monumento que oportunamente postarei aqui.

  48. Há um arco feito de pedra junto à estação Tiradentes do Metrô. É um mistério pra mim; alguém sabe algo à respeito?

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