Torta de Coco

Sabemos que a contribuição inglesa no desenvolvimento de São Paulo foi efetiva e algumas influências culinárias ficaram registradas em alguns poucos livros antigos.

Em um destes livros o qual não consegui datar, testei a Torta de Coco com creme, receita cedida pela Mrs. H. Knott, uma senhora inglesa que vivia na cidade na época e que cedeu uma de suas receitas para a confecção de um livro culinário que teve sua renda revertida em benefício dos feridos de guerra.

Em uma receita publicada anteriormente já havia mencionado este livro, clique aqui para ver.

Confesso a vocês que enquanto preparava esta receita achei que não iria vingar, mas para minha surpresa, ficou ótima.

clique na foto para ampliar
clique na foto para ampliar

Explico mais abaixo a minha dúvida quanto ao sucesso desta receita, que pode ser a mesma que você vai encontrar quando botar a mão na massa.

Para o recheio você vai precisar:

  • 2 xícaras (chá) de leite
  • 3 ovos
  • 2 colher (chá) de manteiga
  • ½ xícara (chá) de coco ralado
  • ½ colher (chá) de baunilha
  • ½ colher (chá) de sal
  • ½ xícara (chá) de açúcar

 

Forre uma assadeira untada em manteiga com a massa da torta, arrume as beiradas para ficar bonita e leve à geladeira.

Enquanto a massa gela, bata os ovos, junte o açúcar, sal e baunilha. Junte o leite, a manteiga e misture bem. Aqui é que eu estranhei pois o recheio fica quase líquido.

Mais continue o preparo que dá certo! Encha a forma de massa com este recheio, pulverize com coco ralado e asse em forno quente de 25 a 35 minutos, dependendo de seu forno.

Eu finalizei com uma xícara bem cheia de coco ralado grosso pois gosto da textura crocante do fruto e deixei assar até ficar douradinha.

Como esta receita não vinha com receita da massa, preparei a massa de uma outra torta que encontrei no mesmo livro, porém sem créditos de quem a doou para a publicação:

Para o preparo da massa:

  • 100 gramas de manteiga
  • 100 gramas de açúcar
  • 1 ovo
  • 200 gramas de farinha de trigo
  • 1 colher (chá) de fermento em pó químico
  • ½ colher (chá) de essência de baunilha
  • 4 colheres (sopa) de leite

Foto: Heloisa Madela - São Paulo Antiga

Misture todos ingredientes até formar uma massa mole, deixando a baunilha por último. Estenda sobre o fundo e laterais de uma assadeira com fundo desmontável, espalhando com as pontas dos dedos, e cubra com o recheio indicado acima. Usei uma assadeira de aproximadamente 20 cm de diâmetro.

Ficou ótima!

Foto: Heloisa Madela - São Paulo Antiga

Compartilhe este texto em suas redes sociais:
Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
Siga nossas redes sociais:
pesquise em nosso site:
Cadastre-se para receber nossa newsletter semanal e fique sabendo de nossas publicações, passeios, eventos etc:
ouça a nossa playlist:

Edifício Agulhas Negras

Construído em 1957, o Agulhas Negras é um dos grandes edifícios residenciais da região da República e foi residência da cantora Elis Regina.

Leia mais »

Uma sede para o São Paulo Antiga

Às vésperas de completar 10 anos no ar, São Paulo Antiga inicia campanha de crowdfunding visando abrir sua sede ao público em 2019. Saiba como você, amigos e familiares podem fazer parte deste projeto.

Leia mais »

7 respostas

  1. Prezada Heloisa,

    Obrigado pelo post!

    Procurei uma data ou ano neste seu texto e no texto do post a que você faz referencia mas não encontrei. As receitas datam das décadas de 1910-20 e o livro foi publicado uma ou duas décadas mais tarde?

    Obrigado e parabéns pelo trabalho.

    1. Olá Antonio, o livro não está datado mas acredito que deve ser da década de 1940, pós segunda guerra mundial.

  2. Olá Antonio, não consta a data de publicação nem data de impressão no livro. Eu acredito que o ´receituário´ é pós segunda guerra. Os ingleses sofreram muito mais na segunda guerra, o que me faz imaginar que as senhoras de origem inglesa que viviam em São Paulo no pós guerra ficaram tocadas com as desgraças da guerra e se mobilizaram para ajudar de alguma maneira. Eu particularmente gostaria de saber qual foi a tiragem desta publicação, se foi vendida somente aqui – porque as receitas também são apresentadas em inglês, o que me leva a imaginar que o livro pode ter sido vendido em Londres por exemplo – e se a renda oferecida à vitimas de guerra foi significativa e se foi oferecida aqui no Brasil ou se foi enviada para a Inglaterra. Quem seriam estas vítimas? Continuo procurando alguma referência e se algum dia encontrar algo com certeza escreverei a história de como o livro foi organizado e como a renda arrecadada foi aplicada. O que me deixa feliz com este livro é saber que um grupo de senhoras se reuniu e com seus conhecimentos domésticos, culinários, fizeram algo a favor de outro grupo de pessoas e deixaram rastro para nossa imaginação. Obrigada por seu comentário e seja bem vindo à nossa coluna de culinária. Já temos a próxima receita testada, tipicamente paulista, para ser publicada com sorte ainda esta semana.

  3. Olá, tentei fazer e depois de assar a massa tinha se misturado no recheio, não sei o que eu fiz de errado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *