Vila Michele Anastasi

A capital paulista possui inúmeras vilas, muitas delas operárias, espalhadas principalmente pelas regiões do Brás, Bom Retiro e Belenzinho. Mesmo assim, espanta como que em uma rua que passamos com certa frequência, podemos ser surpreendidos por uma vila escondida atrás de um pequeno edifício.

clique na foto para ampliar

Encontrar esta vila perdida em pleno bairro do Bom Retiro, precisamente no número 381 da Rua da Graça não foi nada fácil. Na verdade, foi realmente uma “luz do fim do túnel”, pois é esta a sensação que tive ao avistar um pequeno pedaço de uma residência de cor verde no final de um corredor escuro, como mostra a fotografia a seguir.

Corredor que dá acesso à vila

Curioso, resolvi entrar e acabei por descobrir a pequena e encantadora Vila Michele Anastasi, um verdadeiro oásis no meio de todo o barulho e movimentação que encontramos tradicionalmente na agitada região de compras da Rua José Paulino e adjacências.

É incrível como após percorrer o escuro túnel com piso de paralelepípedos e chegar até a vila, o silêncio toma conta do local que parece nos fazer voltar a quando a vila foi construída, ainda no início do século 20.

E ai surge a necessidade de pesquisar sobre a vila e sobre o nome que ela tem. E é ai que notamos como os serviços públicos de patrimônio histórico municipais são ineficazes ou, no mínimo, insuficientes para documentar a história urbanística e arquitetônica de nossa cidade. Não foi possível encontrar qualquer informação sobre a simpática vila, o que me levou a pesquisar sozinho sobre quem foi Michele Anastasi.

A vila fica nos fundos deste pequeno edifício

Recentemente abordamos aqui o fato de que poucos sabem que a primeira hospedaria dos imigrantes de São Paulo ficava no Bom Retiro, onde hoje está o prédio do antigo Desinfectório Central na Rua Tenente Pena. Tanto, que as ruas vizinhas a tiverem sua nomenclatura influencia pela hospedaria, como a Rua dos Imigrantes (hoje José Paulino) e a Rua dos Italianos.

E o nome “Italianos” evidentemente não foi a toa, tendo em vista de que o nome popular foi incorporado oficialmente pelo fato de muitos dos imigrantes italianos acabarem por se estabelecer ali. E isso foi também o que ocorreu com Michele Anastasi, nome evidentemente de origem italiana e que, se não morou naquela rua, ao menos ali teve seus negócios estabelecidos.

A imagem acima, de 1918, mostra o nome de Michele Anastasi como proprietário de uma destilaria e armazém de secos e molhados na Rua dos Italianos, que fica muito próxima à Rua da Graça, onde está localizada a vila.

A fábrica de bebidas apesar de não ser muito grande,  foi muito conhecida no passado, especialmente no bairro, e era inicialmente uma sociedade levada por ele e Orazio Toti. Não foi possível encontrar quando a empresa iniciou e/ou encerrou suas atividades, mas descobrimos que Michele Anastasi só entrou na empresa em 1906, quando adquiriu a parte pertencente a Giacomo Castignani. Foi ai que a Castignani & Toti passou a ser denominada Anastasi & Toti.

A fábrica ficava no número 1 da Rua dos Italianos, atual 24, onde hoje existe o prédio abaixo que chama-se, vejam só, Edifício Michele Anastasi.

Os dados sobre a fábrica de bebidas se perdem com os anos e encontramos um pedido de falência em nome de Michele Anastasi, entretanto não foi possível determinar se a falência é referente a fábrica de bebidas ou se de algum outro negócio que Anastasi possuia (obs: Algumas referências apontam o nome já aportuguesado de Miguel Anastasi o que não podemos afirmar ser a mesma pessoa ou não). O fato é que no local da fábrica hoje há um prédio que leva o nome dele com lojas no piso térreo e apartamentos residenciais nos pisos superiores.

Teria sido a Vila Michele Anastasi inicialmente uma vila operária, para residência de funcionários da fábrica de bebidas ? Ou a vila seria apenas casas construídas para renda ?

Entretanto, ao menos fica aqui a certeza da real importância não só desta vila, mas também a do próprio Michele Anastasi em si para a história do bairro do Bom Retiro. Bairro este que é um coletivo de povos dos mais diferentes cantos do Brasil e do mundo e que sempre continua a nos revelar novos fatos e curiosidades históricas a seu respeito.

Quem tiver mais informações sobre Michele Anastasi, entre em contato.

Veja mais fotos da vila (clique na miniatura para ampliar):

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50 respostas

  1. Eu sempre me esqueço que Danielle, Gabrielle e Michelle em italiano são nomes masculinos.
    No caso, Michelle (deve ser “Miquéle” a pronúncia) é o nosso “Miguel”.

    1. Corrigo.. MICHELE… e nao Miquele. nao existe o “qu” em italiano…
      Assim como existem homens que tem como nome ANDREA, SIMONE….

      Abcos.
      Renata Amalfi

      1. Eu sei, Andrea.
        Só botei o QU (entre aspas) para caracterizar como seria a pronúncia figurada em português: “/miquéle/”; do contrário, imagino que a tendência do brasileiro seja ler à francesa: “/mixéle/”.
        Até onde sei, quando aparece QU em italiano – coisa rara, antes de E, o U é pronunciado. É o caso do Orestes QUercia (pronunciado como “QÜercia”…)
        Sim… Andrea e Simone também são nomes masculinos.

          1. Aqui em São Paulo, antigamente a influência era italiana devido a grande imigração vinda daquele país. Os bairros do Brás, Bixiga, Cambuci, Bom Retiro, e outros, era uma italianada que não acabava mais. Até hoje ainda encontramos alguns italianos nesses bairros, mas são poucos, temos os descendentes, filhos, netos e bisnetos. ( Na língua italiana, o ch vale de qu) Ex: Batalha, (Baglia) (Franceschini em italianoa) (Francesquini em português.).

  2. Só não consegui entender por onde os carros tem acesso..Mas achei incrivel uas descobertas..Obrigada por compartilhar!

    1. Dá pra entrar carros pelo corredor, mas somente carros pequenos, como aquele gol e uno na imagem… passa, mas bem apertado.

  3. Poxa q lugarzinho lindo, e que história bonita, parabéns pela descoberta e pela pesquisa, um dúvida são os carros passarem nesse corredorzinho estreito, incrível.

  4. Meu Deus! Fantástico… agora eu viajei no tempo e no espaço… Maravilhosa reportagem e fotos. Me vi a 30, 40, 50, 100 ANOS atrás!… Apesar de que tenho 45 anos, mas deu para sentir um pouco de nostalgia de minha infância, há mais de 35 anos atrás. Quando cliquei na primeira foto, ampliando-a, parece que entrei num incrível túnel do tempo… fantástica reportagem. Parabéns ao autor. E que saudades desta tranquilidade destes tempos…

    1. Olà gente!
      direto da Italia, a pronuncia de todos os digrafos “qu+vocal” è sempre doce (nao tenho a dieresi no meu teclado), ou seja come no portugues “quando”, onde a vocal “u” è pronunciada (ex.: quello, questo, quando, quercia, quoto, qui, etc.: pron. kuello, kuesto, kuando, kuercia, kuoto, kuì, etc.); outro erro comum è considerar as palavras e os nomes de pessoas com final em portugues “el” e “al” finalizadas em italiano com “alle” e “elle”, nao està certo, o correto seria “ale” e “ele”, ex.: normal=normale, animal=animale, miguel=michele, manoel=manuele, gabriel=gabriele, etc.
      E’ certo que o italiano ainda conserva muitas palavras com dupla consonantes (tudo=tutto) em quanto o luso-brasileiro està cada vez mais perdendo muitas delas, mas a logica com que as duplas consonantes sao presentes è similar à do portugues e do espanhol.
      Bom, gostei muito deste serviço da Vila Anastasi, desde a primeira vez que visitei Sampa, fiquei muito encuriosido destes bairros (bras, bom retiro, ecc.) operarios logo fora do centro; sempre pensei que seria boa coisa recuperar a memoria deste passado recente que construiu a cidade caotica de hoje.
      Um abraço
      Gualberto

        1. Olà Cardoso! Nao sou muito forte em convençoes internacionais de ortografia, pelo que eu sei a u com dierese, que para o portugues serve para pronunciar a “u” depois da “q”, em alemao por exemplo serve para uma particular pronuncia da “u” (com um toque de “i”), sendo que em ingles nao tem “u” com dierese; a “w” com pronuncia de “u”, sò em ingles.
          Obrigado pela atençao.
          Um abraço
          Gualberto
          PS quero parabenizar o importantissimo trabalho de Douglas, fundamental para educar uma mentalidade que tenha prazer da propria historia; na Italia se diz: que nao tem passado, nao sabe construir o futuro …

          1. Sim. A única língua em que o W tem som de U seria em inglês.
            Talvez quem usou tenha feito como recurso por não ter o sinal sobre o U…

          2. Olà J.C. (Josè Carlos?)! E’ assim mesmo, a ortografia jà foi dinamica, ou seja podia mudar no tempo, sò agora que estao regulamentando este campo. Ohla sò como ja mudou no portugues (o exemplo de gwanabara, mas tambem de “villa” por “vila”, “ypiranga” por “ipiranga”, etc.). Na minha lingua, o italiano, que perto de outras è bastante “estavel” no tempo, por exemplo, neste ultimo seculo sumiu a “j” que tinha pronuncia de “i” mais prolongada (tipo “ii”), tanto que ainda chama-se “i-longa”, e o nome da China era Cijna.
            Acho muito interessante pra mim poder participar ao vosso debate sobre o presente das vossas cidades. E’ um pais que amo e queria ver “dar certo”.
            Abraço
            Gualberto

          3. Todos acham que sou José Carlos…
            KKKKKKKKKKKKK
            Não. Sou João Carlos, mas já estou acostumado com a troca, “Gwalberto”…

            Quanto ao “J”, pensei que fosse “i-lunga”…
            Sei que o J, quando aparece em italiano (coisa rara, me parece), tende a ser pronunciado como I (semivogal): Juventus, lido como “iU-ventus” (o U mais forte que o I).
            E o X, quando aparece (coisa rara também)… é lido como? Sempre tive essa curiosidade. (Veja bem, não é o nome da letra X, mas quando aparece em uma palavra, como é lido?)

          4. Olà Joao Carlos (=Giovanni Carlo)! O senhor tem razao, o “j” è pra nos “i-lunga” (escrevi “i-longa” pensando de traduzir ..) e tem som de “i”, em quanto ao seu uso ela nao faz mais parte do alfabeto italiano e ficou sò em sobrenomes e nomes (ex.: o sobrenome Jannacci ou o nem Jacopo) ou em algumas poucas palavras (jella = trad. azar, fidejussione, etc.; onde è sempre mais usada a “i”: iella, fideiussione, etc.); ela era utilizada ou em posiçao intervogal ou como dupla “i” (“ii”), atè o final do seculo XIX era possivel ainda achar “savoja” ou “addj” (pron. addii) como plural de “addio” (trad. adeus), mas agora usa-se “addii”.
            Similmente a “x” tambem nao faz parte do alfabeto italiano, o sua presença è limitada à palavras italianas de origem grega, como por ex. “xenofobia” ou “xilofagia”; a “x” (“iks”) pronuncia-se, vindo daquela lingua, como no original grego, ou seja “ks”, entao “xenofobia” = “ksenofobia”. E’ interessante notar como esta letra “x” esistia sò em alguns dialeto italiano (o veneziano, o ligure e o sardo) e a pronuncia dela era differente, no veneziano pronunciava-se “z” (tanto que “veneziano” era escrito “venexiano” e “venezia” “venexia”), em quanto no ligure (dialeto da regiao liguria) e no sardo (dialeto da ilha sardenha) pronuncia-se com o mesmo som do “j” portugues: ex. o sobrenome Bixio = Bijo (onde a “j” tem som como no portugues).
            Abraço
            Gualberto

          5. Eu já havia feito um teste com palavras com X no Google Translator pedindo-o para traduzi-las para italiano (minha ideia depois era pedir para o Google Translator pronunciá-las já traduzidas, mas o programa sempre fugiu de grafar alguma forma de X no seu idioma…
            Até mesmo “raios X” ele traduziu para “raggi Roentger” (aliás, existe esse nome em português também, homenagem ao descobridor dos raios).
            De qualquer forma, obrigado pela explicação do X (que eu nem sabia que xenofobia em italiano era com X… imaginava que fosse “senofobia”, como acontece com as outras palavras que costumam usar X nas outras línguas…)

            Quanto ao meu nome em italiano, achei que era Giancarlo. Como disse, eu não sei italiano, e, por observação, pensava que a forma “Giovanni” fosse somente para “João” sozinho. Para “João” composto com outros nomes (João Carlos, João Luís, João Pedro…), eu tenho observado que é Gian (ou Giam, se o nome seguinte for com P ou B… talvez mesma lógica do português…) + o segundo nome, junto, numa palavra só: Giancarlo, Gianluigi, Gianfrancesco, Giampietro…

            Bom… de qualquer forma, obrigado. Vivendo e aprendendo…

            P.S.: se a letra “J” tivesse esse nome em português, certamente, seria “I longO” (e não “longA”), pois o nome das letras em português é masculino e não feminino, como em espanhol e, pelo visto, também em italiano (deduzo…). Enfim…

          6. Ola Giancarlo! (e obrigado ao site do Douglas pela hospitalidade!) Na verdade os nomes com Gian(Giam)-carlo-luigi-luca-paolo-pietro-etc. sao mais um francesismo entrado na nossa lingua que uma junçao de Giovanni+outro nome, embora sabendo que antigamente tinham tambem os nomes Giovan Pietro, Giovan Battista reduzidos em Giampietro e Giambattista. A maioria desses nomes vem do Jean+nome (Jean-Luc, Jean-Paul, etc.), tanto que o nome Giampiero, uniao de Gian com Piero, è um “duplo” sinal de francesismo, tendo nao sò o Gian (Jean) mas tambem o Piero (Pierre), ou seja a italianizaçao do nome frances que està por Pietro (Pedro). E nao se pense que esta “moda” franzesa seja coisa recente; basta sò saber que o nome Francesco (Francisco) do nosso santo mais querido, padroeiro do pais, significa leteralmente “o francesizado” (ou “a la moda francesa”). Concluindo, è interessante ver como nas nossa linguas tao pertas, acontece as vezes uma mudança de genro entre masculino e feminino (lettera=fem.; la fine=o fim; etc.).
            Obrigado a vocè pela troca.
            Um abraço
            Gualberto

          7. Não sabia dessa variante para “Pietro”. O único caso em que vi algo diferente foi “Pier Paolo Pasolini”…
            😉

          8. E’ mesmo. Piero (vindo do frances Pierre=Pietro) è raramente usado sò, mais frequntemente num nome duplo: Pier Paolo, Pier Maria, Pier Giorgio, Pier Ferdinando, etc. Outra curiosidade è que è muito presente nos sobrenomes da regiao Marche onde fica no plural, ex. Pieralisi, Pierantoni, Piergiorgi, Pierantozzi, etc.
            Pier Paolo Pasolini, escritor, poeta e regista cinematografico que amo, è da minha cidade Bolonha e meu pai o conheceu bem.
            Fico muito satisfeito quando encontro gente curiosa como eu. E, pra ficar na troca, amo o jeito e a cultura lusa.
            Um abraço
            Gualberto

  5. Uma pena que essas vilas não sejam bem conservadas por seus ocupantes, pois são preciosas, como você diz: há um silencio muito agradável ao entrar. Dá vontade de mandar restaurar as fachadas…

  6. Vilas assim, deveriam ser protegidas por Lei, pois são locais históricos, seja para a história da cidade e também, faz parte da história da imigração. Quantas famílias que mal falavam português que moraram em locais assim pela cidade? Italianos, espanhóis, portugueses, japoneses, libaneses entre outras que não eram de famílias nobres, devem ter morado em locais assim…

  7. guardadas as devidas proporções – e nem é necessário guardá-las tanto assim, pois a semelhança é grande – lembra bastante a Whitechapel do final do século 19.

  8. Passei durante anos nesta rua e não sabia que tinha uma vila neste lugar, deveriam fazer uma pesquisa mais profunda em ralação as vilas ainda existente, seria muito bom

  9. Douglas, parabéns pela sua “investigação” e pela matéria. Eu sou bisneta do Michele Anastasi. Infelizmente não tive o prazer de conhecê-lo, porém uma das filhas dele, minha avó, ainda é viva.
    Tenho certeza que ela ficará muito emocionada ao relembrar muitos fatos que vc descreve acima. Parabéns mais uma vez!

    1. Ola Bianca, tudo bem ? você poderia me fornecer mais informações sobre esta vila ?
      Me chamo cleuton estudo arquitetura e estou desenvolvendo um estudo sobre a mesma ficarei muito grato se puder me ajudar com qualquer coisa que sua familia se recorde desta época da vida de vocês.

      1. Olá Cleuton!! Desculpe pelo IMENSO atraso na resposta. Não recebi notificações da sua mensagem e acabei não acessando novamente a matéria. Imagino que o seu estudo já esteja finalizado mas, caso ainda possamos contribuir com algo, deixo o meu e-mail que acesso com mais frequencia. biasturlini@hotmail.com. Um abraço!

  10. Como esta, existiam muitas vilas assim aqui na cidade de São Paulo, e isso nos traz grande nostalgia.
    É uma pena o que aconteceu com a cidade, principalmente após os anos 60 (sessenta). O progresso e as construções de torres com mais de trinta andares tomaram conta de nossa metrópole. A ganância pelo dinheiro foi cruel, e, foram passando como um trator e demolindo tudo aquilo que era mais belo. Restam poucas coisas como essa vila aqui em nossa cidade.
    O centro da nossa capital ficou feio e parece que está cada dia mais deteriorado.
    A mendicância e o número de viciados é um espanto!!!
    Pobre São Paulo!

  11. Dougla, muito legal essa vila! Eu não sou de São Paulo, mas sempre que vou pra ai com um amigo que faz compras no Brás, e eu vou para a Sta Ifigenia, passo por um local que tem acesso pela rua São Caetano ou Rua da Cantareira. Estava olhando no Google Maps e o nome da rua é Economizadora. No acesso pela São Caetano exite um guarita e é fechada por corrente. Dá pra passar a pé. Gostaria de saber se ali é outra vila e sua história. Pode ser interessante para o site. Abraços!

  12. Douglas, parabéns pela pesquisa. Viajei no tempo. Apesar de nunca ter conhecido meus bisavós italianos, as histórias que a família sempre conta, falam de vilazinhas assim, como essa da sua postagem. Viajei em um tempo que não conheci. Obrigado por essa aventura. Abraços e ótimo 2014.

  13. o interessante desta vila é que as casas estão pouco descaracterizadas, assim é uma típica vila operária dos anos vinte…dá até para usá-la como cenário para algum filme ou série de época.

  14. Douglas parabéns pela matéria, fui morador da Vila até os meus 12 anos tendo em vista que estou com 42 anos , a trinta anos atrás, morei na casa 7, a rua de paralelepípedo apresentada na foto continua intacta para quem desconhece a Vila é uma surpresa aquele corredor e a luz no fim do túnel, a banca de jornal na esquina tem história e é antiquíssima. Parabéns e foi bom recordar pela fotos apresentadas.

    Abraços

    Marcelo

    1. Ola Marcelo, tudo bem ? você poderia me fornecer mais informações sobre esta vila ?
      Me chamo cleuton e estou desenvolvendo um estudo sobre a mesma ficarei muito grato se puder me ajudar com qualquer coisa que se lembre desta época que habitou a vila.

  15. Eu morei nessa vila de 1980 até 1994 naquela época nossos vizinhos eram judeus e italianos a vila era muito especial fazíamos nossa própria festa junina saudade infância privilegiada.

    1. Caros minha tia avo Helena e meu primo Toni, moraram na vila,agradeço as informações sobre atuais e futuras. Boa sorte a vilinha e seus admiradores. Abraços Alexandre Bracco.

  16. Bom dia.
    Sou estudante de Arquitetura e Urbanismo em Ribeirão Preto – SP, estamos desenvolvendo um projeto de habitação coletiva este semestre e gostaria muito de utilizar esta vila como base para o conceito do meu projeto, se vocês obtiverem alguma informação sobre a mesma seria incrivel
    e me ajudari a bastante.

    Desde já agradeço.

  17. Boa noite, Douglas
    Parabenizo-o pelo site. Parei aqui por um assunto distinto à Vila, porém resolvi procurar o sobrenome Anastasi por curiosidade. Fiquei muito feliz em encontrá-lo.
    Meus bisavós moraram na Vila por volta de 1910. Fiz uma breve busca sobre o local e seu dono. Encontrei muito pouco – basicamente Diários Oficiais de 1912 a 1940 (registro de marca; transferências de capital; falecimento; comunicado de vacina). Em 2011, data de minha busca, fiz uma visita e tirei algumas fotos. Caso tenha interesse, disponibilizo este pequeno conjunto de informações à você.
    Um abraço

  18. Adorei a matéria e conhecer mais essa encantadora vila. Seria legal se a casas fossem restauradas, sem descaracterizar. Parabéns pela reportagem.

  19. morei na vila na minha infância de um a dez anos, ótimo lugar
    E brincava muito com meus amigos, cansei de arrancar o tampão dos dedos chutando os paralelepípedos, hoje tenho 44 anos e moro em joão pessoa.

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