World of Video

A velocidade em que grandes metrópoles se renovam talvez só fica atrás da velocidade da evolução da tecnologia. E essa última também acaba por influir bastante no cotidiano das nossa cidades.

Observe o imóvel abaixo:

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Localizado no número 370 da rua Cerro Corá, na zona oeste paulistana, este ponto comercial não entraria no nosso critério como estabelecimento antigo. Entretanto, sua fachada é bastante representativa para nós ao mostrar o quanto antigo um hábito comum e corriqueiro de nosso cotidiano se tornou ultrapassado: as locadoras de vídeo.

De fato elas não acabaram. Existem várias por ai ainda, muitas delas apostando na locação de filmes voltado ao públicos de nicho, como faroestes, clássicos etc. Mas é verdade que a grande maioria de um ramo que, em São Paulo, chegou a rivalizar com as pizzarias em quantidade hoje quase se extinguiu.

A imagem da extinta World of Video, fechada há cerca de uma década, lembra muito o cenário da Detroit atual, com muitos imóveis abandonados e decadentes. A foto abaixo, de uma recente visita nossa a cidade norte-americana parece lembrar a cena paulistana:

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Pra você, além das locadoras de vídeo o que mais desapareceu da cidade e deixa saudades ? Comente !

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32 respostas

  1. Lembro-me de pessoas no centro da cidade (r. 24 de maio x Pça Ramos) que eram especializadas em “pegar o fio” das meias femininas desfiadas, tornando-as novas. Minha mãe levava muitas meias finas para este tipo de conserto, isso no início dos anos de 1960. Com advento da meia calça, desapareceu esta atividade.

  2. Sumiram os fliperamas, mais antigos viram as leiterias, sapateiros e bem provavel abancas de jornais e os orelhões.

  3. Algo que hoje está caindo no esquecimento: Lan House…. Quantos e quantos corujões não foram passados em uma dessas? Hoje só restam alguns poucos lugares mas com finalidade simplesmente de trabalho ou algo mais simples… Pois para jogos online já faz parte do passado!

  4. A foto que mostra a lavanderia automática abandonada em Detroit nos remete à reflexões sobre as diferenças e semelhanças entre as culturas americana e brasileira, e sobre as duas cidades. Ao contrário do que acontece nos EUA e em boa parte dos países desenvolvidos, praticamente inexistem lavanderias automáticas no Brasil, mesmo nos grandes centros urbanos, simplesmente porque aqui praticamente todo mundo tem uma lavadora ou tanquinho em casa. Detroit outrora foi a capital mundial do automóvel, e com o fechamento das fábricas e migração das mesmas para o México, a cidade entrou em declínio. São Paulo, por sua vez, teve um parque industrial amplo e diversificando (inclusive fabricando automóveis), mas quando do encolhimento da atividade industrial mudou para ser um importante centro e financeiro e de serviços, transição esta que Detroit não soube fazer.

    1. Mas atualmente, algumas fábricas de automóveis como Chevrolet e Chrysler já voltaram para Detroit e estão fabricando novos modelos de carros clássicos lá, eu vi isso no Discovery Turbo, se eu não me engano, o novo Dodge Viper é feito lá e o Novo Camaro também.

      1. Pode até ser, mas parece ser insuficiente para reverter o estado de insolvência da cidade, Detroit hoje é uma cidade fantasma, o próprio ABC que tem um perfil semelhante ao da cidade americana está sabendo se reinventar e tornar-se um pólo de tecnologia, principalmente voltado para o setor industrial.

  5. Pra mim, os “donuts” da Dunkin Donuts – havia uma loja na Praça da República esquina com a Rua Sete de Abril, bem no centro de sampa…de lá saíam doces inesquecíveis e únicos!!! Hoje, até voltou mas não daquele jeito!!! obrigado!

  6. Não falando em estabelecimentos, mas em espécie: os vales-transporte em papel, os vales-refeição também em papel( os chamados tickets), até o bilhete de Metrô múltiplos de 10 viagens não mais existem.
    Quando comecei a trabalhar, eu adquiria no ônibus que tomava uma “integração ida-e-volta”. Na volta para casa, eu devolvia o bilhete carimbado duas vezes(ida e volta) e ainda completava o valor da passagem com alguns trocados, já que era uma condução inter-municipal.Caso fosse municipal, ao comprar a integração no ônibus, na volta bastava devolver o bilhete de metrô carimbado duas vezes e passar a catraca – que, aliás, nessa época ficava atrás e não na frente do ônibus. Quem lembra disso?

  7. Um tipo de negócio que parece ter desaparecido é o do ferro-velho, Douglas. Quando era criança, nos anos 80, via muitos ferros-velhos quando andava pela cidade de Osasco, e também pela janela nos passeios de carro. O ferro-velho a que me refiro eram aqueles lotes grandes de terreno em que eram guardados os carros batidos, sobras de acidentes ou veículos que não compensava mais consertar, e dos quais os donos se desfaziam. Eu ficava fascinado com esses lugares, pois adorava carros, somando-se a isso, em minha cabeça, aquela sequência do filme “As Novas Aventuras do Fusca” (1974, “Herbie Rides Again”), em que vários Fuscas andam sozinhos, inclusive um caindo aos pedaços, saído de um ferro-velho. Eu achava a maior graça nisso. Outro filme que gostava muito em menino era o “Nada Além de Problemas” (1991, “Nothing But Trouble”, com o finado John Candy e a Demi Moore), em que a mansão do juiz esquisitão tem em volta um ferro-velho. Um dos ferros-velhos pelos quais passava em criança tinha até chiqueiro com porcos dentro… O tempo passa, e se a gente não preserva, se perde!

    1. Rafael, eles sumiram das áreas centrais, mas ainda existem vários pela cidade (muitos mesmo).

      E se gosta destes ferro-velhos irá gostar também dos depósitos de carro da polícia civil ou dos páteos de estacionamento de subprefeituras.
      Milhares de carros entulhados e caindo aos pedaços.

      1. O sumiço dessas atividades desses locais hoje “centrais” não é a toa: Geralmente esses ferro-velhos ocupavam enormes terrenos em locais desvalorizados ou periféricos, que se tornavam cobiçados conforme a cidade se expandia e a pressão imobiliária do local aumentava. Geralmente os locais antes ocupados por esses depósitos de sucata tornam-se shoppings, mercados ou condomínios de apartamentos, que é o que deve ter acontecido com Osasco, citada pelo Rafael. Mas se formos nas “franjas” da cidade, encontraremos essa atividade com bastante facilidade.

  8. Por sinal esse local é do lado da minha casa, passo em frente ao mesmo desde que existia e desde que fechou…. Aqui na região era uma das locadoras mais caras (eu particularmente, no final da era delas, preferia ir na Blockbuster, mas a que mais frequentei ficava na Toneleros, ao lado de onde é um restaurante japonês).

    Algo que me deixa triste é a ausência das sorveterias, não temos mais sorveterias por kg ou de bairro, temos “marcas premium” que vendem “sorvete gourmet”.

    O que podemos ver que está morrendo com o passar dos anos, já citado aqui, são as bancas de jornais, que ou estão fechadas (a do lado do ponto de onibus mais antigo de SP, na R. Toneleros com a Ricardo Medina Filho) ou só abrem “meio periodo”

  9. Sinto falta dos sapateiros! Praticamente não existem mais. Os poucos que ainda resistem são sempre tocados por velhinhos. Qdo o velhinho adoece ou morre o negócio acaba. Existem nos shoppings as “sapatarias do futuro”, que fazem pequenos consertos em roupas e tbem em calçados, mas não é a mesma coisa. A gente nem vê o profissional.
    E tenho medo que um dia desapareçam as feiras livres. A feira é um tipo de comércio que existe desde a idade Média, e tem resistido ao passar do tempo. Mas estão cada vez menores. Aqui perto de casa, por exemplo, já não há a banca de flores, nem a de bolachas e doces.Já não há o consertador de panelas, e mesmo a arte de montar lindas pilhas com as verduras e legumes está se perdendo.

  10. A liberdade, para ir e vir com segurança e sem medo de sair às ruas e usufruir das belezas que São Paulo sempre nos proporcionou.

    1. Ainda se vê esse tipo de serviço, mas está mais restrita a periferia da cidade ou ainda que tem uma clientela fiel.

  11. Vendedor de algodão-doce e de quebra-queixo. Quando eu era pequena, era muito comum eles aparecem durante a tarde, quase todos os dias. Hoje não vejo mais! Também tinham as vendedoras porta-a-porta de Yakult e os entregadores de leite do caminhãozinho Leco.

    Saudosos anos 90!

    1. Aqui no meu bairro ainda tem uma tiazinha que vende produtos Yakult (inclusive o próprio) com um carrinho, a tia ainda resiste bravamente trabalhando muito e andando muito pelo meu bairro para vender um produto que hoje é encontrado facilmente em supermercados.

  12. As lan houses ainda existem mas perderam a força. Foram muito úteis numa época em que nem todos tinham internet em casa, ou quando tinham, era discada. Hoje em dia todo mundo tem celular com internet a R$ 10 por semana. Eu mesmo só usava pra imprimir algum documento, quando estava sem impressora em casa.

  13. As Lan Houses, mesmo que isso seja ainda da nossa atualidade, mas está morrendo como ocorreu com as videolocadoras.
    Até uns 10 anos atrás tinha até padaria que abria um espacinho pra colocar umas 3 ou 4 máquinas pra auxiliar pessoas que precisavam mandar algum e-mail, fazer ou imprimir um currículo. Hoje se tem alguma Lan-House, é mais pra serviços básicos e muito raramente, as dedicadas as jogos online. Mas os controversos “Corujões”, que eram partidas de jogos online que varavam a madrugada, faz muito tempo que não vejo mais ocorrer nestas Lan-Houses que resistem.

    1. Esses corujões só existiram porque a internet residencial de banda larga era cara e inacessível para boa parte da população nos anos 2000, então a única forma de jogar online era nessas Lan-Houses. A popularização da banda larga acabou com esses corujões e fez com que os “gamers” usassem a internet da própria casa para jogar.

  14. Eu me lembro de um lugar de quando eu era moleque, que se eu não me engano, ficava na Rua Lino Coutinho no Sacomã que era um lugar da Telesp que era cheio de orelhões e onde as pessoas faziam todo o tipo de ligações lá e tinha uma moça dentro desse lugar num balcão que vendia as fichas e acho que tinha até um telefone dentro de uma cabine fechada tipo aquelas de Londres, mas com um desenho bem mais simples.

  15. Infelizmente essa fachada não existe mais. Ela foi substituída por uma loja nova, depois de anos. Destruiu meu projeto de usar a fachada antiga para abrir uma lanchonete temática dos anos 80. Ia ser uma franquia milionária. Só me faltava o dinheiro pra começar kkkkkkk!

  16. Bancas de jornais tem diminuído, porque jornais e revistas impressos, aos poucos, vão sendo substituídos por versões digitais. Sinto bastante saudades das videolocadoras, em uma época cheguei a ter mais de vinte carteirinhas de associado. Percebia exatamente o que a matéria citou, que durante os tempos em que morei no bairro da Pauliceia, em São Bernardo do Campo, o que mais havia nele, em um período dos anos 1990, eram videolocadoras e pizzarias. Recomendo, para quem quiser recordar desses gostosos momentos de ir escolher filmes, o documentário “CineMagia, A História das Videolocadoras de São Paulo”, lançado em 2017. O pequeno comércio, como quitandas e mercados, também perdeu espaço para as grandes redes. Até lojas que faziam reparos em bicicletas deixaram de existir, com a cultura do consumismo acentuado, do mesmo modo que as oficinas de reparos de aparelhos eletrônicos, já que a moda é geralmente trocar os eletrônicos, que não são mais produzidos para durar muitos e muitos anos. Por outro lado, surgem os comerciantes de aparelhos “vintage”, já que uma minoria os prefere, ao invés dos equipamentos eletrônicos mais modernos. Laboratórios fotográficos se tornam, também cada vez mais raros, devido à fotografia digital. Até livrarias vão fechando, havendo, em contrapartida, um aparecimento dos sebos, que em geral, vendem livros, revistas, LPs, CDs e DVDs usados, que vão parar nas mãos dos saudosistas, que não perdem o gosto pelo contato físico com a cultura e informação.

  17. Na minha cidade (Ribeirão Preto) tínhamos a Genius Video, era uma potência, daí veio a internet e tudo se foi….

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