10 postais antigos coloridos de São Paulo

A cidade se modifica, se multiplica, se transforma. A rua de ontem é avenida de hoje e a avenida de hoje pode ser a estrada de amanhã, terrenos viram casas, e casas dão lugar a  arranha-céus. É assim o cotidiano de qualquer cidade que vai crescendo ao longo dos anos.

A cidade atrai viajantes, a turismo ou a negócios, que muitas vezes mandam postais para amigos ou familiares para que a passagem por aquele local não seja esquecida. Os postais, mesmo com popularização da fotografia e a facilidade de envio de imagens por celulares e redes sociais ainda são uma importante forma de mostrar a evolução ou desenvolvimento de uma cidade.

Para mostrar a importância dos postais como elemento de iconografia histórica de uma cidade, fizemos aqui uma seleção de 10 postais antigos coloridos de São Paulo, divirtam-se!

AEROPORTO DE CONGONHAS

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Dois postais bastante interessantes do charmoso Aeroporto de Congonhas. A foto acima, dos anos 60, mostra em primeiro e segundo plano duas aeronaves na pista, sendo uma da Varig, além de duas comissárias de bordo caminhando. Ao fundo o prédio do aeroporto, com seu famoso café aberto para a pista, que fez a alegria de muita criança assistindo pouso de decolagem de aeronaves.

A foto abaixo por sua vez, do início da década de 90, traz uma paisagem aérea do mesmo aeroporto e mostra o quanto a região de entorno mudou de lá para cá.

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 MONUMENTO ÀS BANDEIRAS

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O grandioso Monumento às Bandeiras, diante do Parque do Ibirapuera, em o que parece ser um dia bastante tranquilo em São Paulo. Destaque para a família conhecendo e visitando o monumento sem o costume idiota de subir na escultura que virou hábito para alguns turistas nos últimos anos.

SÃO PAULO VISTA DO ALTO

Na sequência, duas belas imagens de São Paulo vista pelo ângulo conhecido como “bird’s eye”:

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A primeira foto, aparentemente feita do alto do Edifício Itália, mostra o magnífico cair da noite no centro paulistano, com as “luzes da cidade” dando cor e brilho para uma metrópole incansável e pulsante. Destaque para o edifício Altino Arantes na esquerda e bem próximo a ele o saudoso Palacete Prates, que seria demolido posteriormente.

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Já o segundo postal, mostra uma vibrante avenida São João, ainda sem o calçadão que hoje liga a Praça Antônio Prado até a o Largo do Paiçandu (sim, com cedilha e sem acento) e que cuja criação transformou este trecho da mais elegante avenida paulistana do passado em um sem número de prédios e estabelecimentos comerciais fechados. Os luminosos dão um charme extra para a fotografia.

O CHARME DO CENTRO VELHO

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Um dos postais mais interessantes de nossa coleção é este feito na década de 70. Tirada em pleno Viaduto Jacareí, bem diante do prédio da Câmara Municipal de São Paulo, mostra um cena urbana bem interessante, com o colorido dos carros em uma grande maioria de Fuscas e DKWs.

Destaque também para a publicidade de rua, com os maiôs Beira-Mar, a Martini e a TV Colorado. No centro da foto, destaque para o Edifício Planalto. Visualmente o cenário mudou muito pouco, excetuando-se pela casa azul da esquerda que deu lugar a um prédio e para o jardim da câmara, que hoje ganhou um gradil desnecessário.

ESTÁDIOS DE FUTEBOL

Selecionamos dois postais da série “Estádios de Futebol” que foi vendida na cidade nos anos 80 e 90 para mostrar o quanto o entorno destas praças esportivas mudaram ao longo dos últimos anos.

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O postal acima mostra o estádio Paulo Machado de Carvalho, o popular Pacaembu, em um plano aéreo bem interessante. Destaque para a grande área verde na região de Higienópolis e do próprio bairro do Pacaembu, cujo cenário atual é bem diferente, com muitos edifícios. As arquibancadas ainda não eram identificadas por cores e davam ao estádio um visual mais sóbrio.

Foto: Divulgação

Abaixo o hoje meio esquecido estádio Alfredo Schürig, no Parque São Jorge. Inaugurado em 1928, foi a praça esportiva do Corinthians por muitos anos, mas a popularização do clube e o aumento de sua torcida logo tornaram a popular “fazendinha” pequena e o clube passou a mandar seus jogos principalmente no Pacaembu até ter seu novo estádio em Itaquera concretizado.

Mas o que realmente chama a atenção neste postal não é o estádio, que pouco mudou, mas o entorno dele. Prédios no Parque Novo Mundo apenas alguns bem próximos à margina do Rio Tietê. Mais edifícios só mais ao fundo, na região de Santana. Um cenário bem diferente da atualidade.

PRAÇA DA REPÚBLICA

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A sempre charmosa Praça da República e seus arredores são destaque neste postal do início da década de 70.

Além da presença dos imóveis famosos da região, como o histórico prédio do Colégio Caetano de Campos e os edifícios Esther, Itália, Eiffel e Copan, podemos notar que o tráfego da avenida Ipiranga era diferente da atualidade, com dois sentidos.

Bem diante do colégio, onde hoje é o calçadão e acesso a estação República do Metrô, nota-se que ainda existia a via que ligava a rua 7 de abril a rua do Arouche, com alguns pontos de ônibus no local.

BONS TEMPOS

Por fim, um postal que me faz questionar se um dia veremos a região da foto assim novamente.

Foto: Divulgação

Um postal do Parque d. Pedro II tão diferente do que vemos na atualidade que chega a dar raiva. Observando a imagem da década de 50, tirada nas proximidades do Palácio das Indústrias, fica a pergunta: Como é que conseguiram destruir uma das áreas mais bonitas do centro de São Paulo, de tal maneira que um dos locais mais frequentados no passado hoje é raramente desfrutado pelos paulistanos ?

Gostou da seleção de postais ? Qual imagem mais te chamou a atenção e porque ? Deixe um comentário.

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24 respostas

  1. Vendo a primeira das fotos… me remeteu ao ano de 1987 (quando eu tinha 16). Voei de Viscount. Foi o último voo do último Viscount ainda em uso no Brasil. Era do CAN. Na verdade, como se tratava de um avião militar, foi o penúltimo voo, pois para o último parece que há toda uma solenidade com a presença do ministro… tal qual voo inaugural.

    Nunca pus os pés num Electra (nem mesmo fazendo Rio-SP), mas quando tocam neste assunto, me recordo do Viscount.

  2. O primeiro postal mostra duas aeronaves, uma da Varig, um Convair 240 e um Vickers Viscount, quase certamente da VASP.

  3. Sobre o Pq. D. Pedro, é simples, pensando a cidade só para o carro. Dessa forma transformaram a Av. do Estado em um via arterial semi-expressa isolando o rio e cortando o parque ao meio; para melhorar o fluxo do automóvel atravessaram o parque com 6 viadutos! Soma-se isso a poluição nojenta do Tamanduateí e transformamos um lugar maravilhoso em inóspito. Palmas para os carros.

    1. Meu caro Isac

      É possível sim São Paulo ter de volta seus rios. Mas para isso precisamos pressionar o poder público com manifestações, facebook e quetais. Certamente não veremos o resultado mas o legado ficará para nossos filhos e netos. A reconciliação de São Paulo com os rios é fundamental para a cidade voltar a ter qualidade de vida e água. São Paulo tem potencial para ser uma das 20 melhores cidades do mundo se aproveitar o inestimável patrimônio hidroviário que tem.

      O primeiro passo já foi dado com a revisão do Plano Diretor na qual ficou aprovada a introdução do modal hidroviário na mobilidade urbana. Uma experiência pioneira deverá ser feita ainda este ano com um Overcraft ligando a região do jd São Luís na represa de Guarapiranga com a estação Largo 13 da CPTM em Santo Amaro.

      Veja mais aqui:

      http://www2.ultimoinstante.com.br/ultimas-noticias/economia/setores/sao-paulo-ira-ganhar-hidrovia-na-represa-de-guarapiranga/10417/#axzz3U7T646nk

  4. O gostoso terraço do restaurante de Congonhas era frequentado por muitas crianças. Possivelmente algumas delas hoje são pilotos e comissários de bordo ou aeromoças.

    Quando foi inaugurado o aeroporto de Guarulhos em 1986, o comentário geral dos aficionados por aviação era a falta que faz uma terraço ou mirante com vista para os aviões.

  5. Com relação à última foto, realmente considero a destruição do Parque Dom Pedro um crime imperdoável contra São Paulo. Se preservado e cuidado, ele poderia ter sido o “Central Park” em nossa cidade, tão carente do verde.

    1. Antônio Serrano, você provavelmente não conhece Belo Horizonte, que já foi chamada de Cidade Jardim. Árvores nas ruas somente as antigas que caem com as chuvas fortes, fazem estragos e não são substituídas. A poda das coitadinhas é desprovida de qualquer estilo paisagístico e ficam aleijadas. Na área central, que se expandiu, apenas um parque público (particular é claro nenhum). A mentalidade de cá é muito diferente da de lá, apesar da fama de que o paulistano só pensa em trabalho. Com todos os seus defeitos urbanos, São Paulo ainda é exemplo de conservação e beleza. Quem diz isso é uma mineira que já morou no interior paulista e conhece a diferença.

  6. As imagens são lindas, maravilhosas mesmo! Nelas todas, chama a atenção o detalhe do asseio – que revela o paulistano era muito mais cidadão – porque respeitava sua cidade, conservando-a limpa e sem pichações. Ah!, como me lembro – e com saudades -, dessa época e quão aborrecido me vejo ao perceber que grande parte das pessoas que hoje a habitam não têm nenhum compromisso com sua manutenção e conservação (nem mesmo os políticos!).

  7. Todas as imagens são excelentes.A da avenida São João eu tenho aqui em casa,num postal bastante pitoresco,pela foto em si.Aliás,eu colecionava cartões postais somente de São Paulo,especialmente do centro,e tenho sim algumas preciosidades!
    Mas o Parque Dom Pedro…acho que só um grande projeto para recuperá-lo.

  8. Lamentável ver o parque D. Pedro II. Antes, uma área linda. Hoje um grande lixão. Prova de que quando não escolhemos políticos corretamente o que acontece com os espaços físicos das urbes é o que se vê em São Paulo hoje: degradação total e uma cidade insuportavelmente feia, suja e violenta para se viver.

  9. Adorei os postais! Realmente é triste constatar a degradação da cidade, mas foi agradável ver essas fotos de quando SP era mais civilizada e limpa.

  10. Acho que a foto da Pça. da República é da dec. de 60, pois a inversão de um dos sentidos formando a Rótula Central ocorreu durante o período da atuação do Coronel Fontenelle no Detran, acho que entre 67 e 68. Ele morreu em 68.

  11. Parque D. Pedro, tenho muitas lembranças desse local. Meus tios moravam na 25 de março e quase todo fim de semana iamos la. Meus primos e meus irmaos andavamos de bicicleta e faziamos pequinique la, sem contar que nos dias de muito calor iamos tomar banho nos chafarizes da Praça da Se. Hoje mal se consegue andar por la. Eh lamentavel o estado que se encontra o centro hoje. Lamentavel.

  12. Fecho com o Isac e o Celso…. Cidade planejada(?) para os carros, deveria se chamar “Autolândia”…. Sou paulistano e vivo fora da Capital há oito anos. Me considero, de certo modo, um” auto-exilado”, dada a degeneração acelerada da cidade. Torço para o projeto de hidrovias dar certo e espaços como o São Paulo Antiga são úteis para debatermos essas questões.

  13. Nasci, fui criado e tenho apartamento no Edificio do “Colorado”, pioneiro na aplicação do conceito de “unité d’habitation” de Le Corbusier no Brasil, obra do arquiteto Eduardo Kneese de Melo.

  14. Fotos muito lindas que me fazem lembrar a época em que vim morar na grande São Paulo, no ano de 1969. Hoje tenho 59 anos, mas tenho muita lembrança da São Paulo antiga, e gosto muito das fotos antigas e coloridas.

  15. Belíssimos postais! Lembro-me das férias de final de ano que passava por aí! Os postais número 4 e 5 eu tenho guardados até hoje…!

  16. existe ou mais precisamente existia um CASARÃO MUITO LINDO PROVAVELMENTE ATRAS DA AV BRIGADEIRO LUIZ ANTONIO. PEGAVA TODAS A ESQUINA, OUVI DIZER QUE FOI CENARIO DE NOVELA TBM. PORÉM NAO ACHO NENHUMA FOTO, FREQUENTAVA AV BRIGADEIRO QDO. CRIANCA., ALGUEM TERIA UMA FOTO DESSE CASARAO PARA POSTAR????

  17. Realmente, São Paulo era maravilhosa na década de 1970, meu tempo de infância. O Centro era uma alegria para se passear, lembro que o Parque Dom Pedro era agradabilíssimo e limpinho. Nem dá vontade de comentar sobre os políticos, tenho evitado a todo custo citar nomes, mas o que se esperar de um conhecido por duas frases absurdas, como “rouba, mas faz” e “estupra, mas não mata”? Atualmente, por ser rico, cumpre prisão domiciliar. Nunca mandou degradar a área de sua luxuosa mansão, nos Jardins. O mais triste é saber que há inúmeros seguidores desse ser, que o idolatram.

  18. No caso do “Parque” Dom Pedro, os sinais que a educação no país estava indo mal fez perdermos essa maravilha. Optaram por um projeto horrível, que demonstra o desrespeito do brasileiro pela sua história. Nunca pensaram duas vezes se era para derrubar, tirar, destruir essa arquitetura que era marcante na cidade. Desfiguraram em nome progresso, mas no fundo, já era o sinal da falta de civilidade e respeito pelo patrimônio público. Fosse no Brasil, já teriam derrubado o Empire States!

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