Casas Demolidas – Rua do Hipódromo, 42 e 53

Sempre digo que é bastante difícil acompanhar o ritmo frenético das transformações da cidade, graças a intensidade de reformas e demolições que diariamente acontece por todos os cantos.

Isso faz com que até imóveis que estão em lugares que passamos com razoável frequência desapareçam de-repente sem que a gente note. Foi o que aconteceu com essas duas casas antigas a seguir:

Crédito: Google Street View

Localizada no número 42 da Rua do Hipódromo, no Brás, essa simpática construção antiga foi demolida em 2012, dando lugar a um ponto comercial. Apesar de não ser uma construção suntuosa, mesmo com sua simplicidade ela era uma das residências mais antigas que ainda sobrevivia neste trecho da rua que é quase que junto à Avenida Rangel Pestana.

Mesmo triste destino aconteceu com a residência abaixo, localizada do outro da mesma rua e quase em frente à primeira:

Crédito: Google Street View

Localizada no número 53, esta construção já bastante deteriorada era a mais antiga deste trecho da rua e também uma das mais antigas do bairro do Brás, sendo datada de 1906, ou seja, com mais de um século de existência.

É bastante curioso que a casa estava com sua fachada “dividida” em duas partes bastante distintas. Enquanto a porção mais abaixo estava já muito alterada, sem a porta original e sem o acabamento de época.

Clique na foto para ampliar

Por outro lado, má conservação à parte, a fachada na parte superior da casa estava bastante original ainda, com suas colunas junto às janelas, as conchas que adornam a fachada e até o brasão sobre a porta de entrada onde era possível ler o ano da construção (1906).

No ano de 2014 essa casa, junto a outros imóveis vizinhos, foi demolida para dar lugar a um estacionamento. Uma pena.

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9 respostas

  1. A meu ver, os descendentes tb. tem sua dose de culpa pois não se interessam pela conservação, estória dos antepassados, as dificuldades por que tiveram de contornar para morar ao lado dos amigos, familiares e conhecidos que vieram mtas vezes da mesma região européia. Porisso, vc merece os cumprimentos pela reforma da casa dos nonos!

  2. Douglas, acho que o dono viu você chegando com a Câmera Fotográfica e mandou botar o prédio abaixo.   Ta demolido.  

    Bras e incurável. É um bairro de entrada de levas de imigrantes ( Gateway Community), e todo novo imigrante que chega e compra o seu pedaco de chao, acaba ou descaracterizando e mutilando, ou derrubando e re erguendo a sede de seu império econômico a sua imagem e gosto.  

    O Bras não tem remédio. Ninguém tem pena do Bras.  O típico Paulistano torce o nariz para a mera ideia de morar no Bras ( imagens de retirantes, costas molhadas, levas de Haitianos e Bolivianos irão permear sua  pobre imaginação, ainda que sua estirpe tenha sido também de imigrantes ), e assim o vem fazendo por décadas.  Você puxa o assunto de revitalização do bairro, e o pessoal te olha estranho, como se espuma estivesse saindo de sua boca.

    Com tanto metro quadrado dando sopa, e com o metro quadrado do terreno tão baixo, em termos relativos, a Fábrica de Ontem viraram o Pombal Residencial amanhã.  Tirando um ponto ou outro do bairro, o pessoal vai deixando cair aos pedaços até que ache algo que justifique o imóvel economicamente. 

    E o fato de locais deixarem o lixo no meio fio depois de terem ganhado a vida nas ruas do Bras, em nada ajuda.

    O que pode ser salvo…..
    Ruas de Vila fechadas, aí precisaria dinheiro para manter a aparência destas em ordem.  

    Galpões com tijolo exposto, próximo a Zona Cerealista.  Até dá para justificar economicamente a manutenção destas estruturas de forma autêntica.  O que até poderia tornar o bairro interessante.  

  3. Convém guardar as imagens, registro de uma época (como aliás vem sendo feito com outros imóveis aqui).
    Demoliram para fazer um estacionamento… Lamentavelmente, a cidade está esterilizando-se, sendo cada vez mais pensada reconstruída para os automóveis.

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