Edifício – Rua Conselheiro Crispiniano

A região central de São Paulo é de longe o ponto da cidade com maior número de construções antigas.  O exemplar que apresentamos hoje é uma jóia, carente de manutenção na fachada, localizada no número 329 da rua Conselheiro Crispiniano.

Edificio – Rua Conselheiro Crispiniano

O edifício, situado em frente ao antigo e saudoso Cine Marrocos, é ocupado no térreo por um estacionamento de veículos (fechado no dia da foto pelo fato de ser um domingo) e escritórios comerciais nos andares superiores. A fachada, que notamos ser quase centenária, ainda está muito bem conservada, apesar de sofrer com o vandalismo, um problema crônico da região.

Porque não darmos incentivos para pequenos empresários ou profissionais liberais ocuparem e/ou manterem prédios como este a partir de descontos em seus tributos? É bom para o locador, bom para o locatário, para o poder público e principalmente para a cidade que com isso fica mais bonita.

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16 respostas

  1. Precisamente nesse local, no fim dos anos 60, existiu no terreo o Restaurante Central, que nos apelidamos de “sujinho” visto servirem o cafezinho nos mesmos copos em que eram servidos os aperitivos. Esse é o meu quarteirão preferido da cidade. Trabalhei alguns anos no edificio Rex (nº404) na esquina da Sao Joao. Após, fui para o nº 317 – predio que tem a placa vermelha -(tinha o Banco Nacional do Comercio no terreo hoje é um estacionamento). O ex- QG do II exercito, hoje projetado para a praça das artes; o cine marrocos, hoje desativado; o extinto restaurante Pelicano no andar terreo do nº 398; a desaparecida Real Aerovias e seu “corcundinha” no terreo do n. 379; A abolida livraria “ediçoes de Ouro” na portaria do predio de nº 403; A suprimida mansão Trocadero, na esquina com praça Ramos ao lado do Municipal. Todos estes fizeram parte desse trecho da Conselheiro, hoje uma rua de passagem, resumida a bares, lanchonetes e inumeros estacionamentos.

    1. No primeiro andar acima da Livraria “Edições de Ouro” tinha a TAP, escritório e vendas de passagens da Transporte Aéreos Portugueses.

  2. Um advogado que tivesse sala em edificio como esse certamente teria muito prestigio. Tudo isso se houvesse um esforço de requalificação da região.
    Monteiro Lobato, neto do Visconde de Tremenbé morava nesses arredores! Essa região tem vocação para ser chique. O que acontece agora é um acidente de percurso.

  3. Quando eu fiz o curso superior de música aí em São Paulo, quase sempre ia ao Restaurante Pelicano, tanto para complemento do café-da-manhã, quando chegava com o ônibus executivo de Campinas no Largo do Paissandu com a Capitão Salomão, depois no almoço e às vezes até mesmo o lanche da tarde. Lembro-me até hoje do excelente cozinheiro que havia lá, o Gilberto, um pernambucano de Garanhuns que parece ter estudado a arte a fundo: fazia de tudo um pouco e sempre com o devido esmero. Lamento apenas não ter provado o bacalhau dele, que tinha muita saída nas sextas-feiras assim como o filé de peixe com molho de camarão. As massas eram caseiras, com especial destaque à de lasanha, verde (de espinafre) e com queijo parmesão nela incluído. Depois ele saiu de lá e veio um primo dele, o Severino, que não possuía o mesmo talento do outro: fazia apenas uma cozinha comum, mas que de modo algum é ruim. Depois os portugueses resolveram aderir à moda do self-service, remodelando o local (infelizmente foram tirados os azulejos portugueses verdes com desenho em dourado), batizando o estabelecimento de Kilo Chic.

  4. É com grande espanto e incredulidade que vejo por mero acaso esta postagem na internet, com uma informação inverídica, e que necessita ser feito um esclarecimento, o prédio a que você se refere e posta uma foto na internet, não estava e não está apenas com o térreo ocupado por um estacionamento que como diz a postagem estava “fechado no dia da foto pelo fato de ser um domingo”, e provavelmente se você tivesse ido em um dia útil da semana, e não no domingo, dia de folga, ou ainda, tivesse falado com o responsável pelo prédio e perguntado qual era a real situação, teria obtido a informação correta. O prédio está ocupado em todo seu interior com meu escritório de advocacia, o qual tenho há 47 anos, e no qual trabalham também outros advogados, porém, de domingo o escritório, assim como o estacionamento, está fechado por ser dia de folga. Se o visual externo não está da forma como almejo, é pela crise econômica que todos passam há vários anos em nosso país, que dificulta grandes reformas, pois a manutenção do prédio esta sendo feita, como a própria postagem constata ao dizer que “ A fachada, que notamos ser quase centenária, ainda está muito bem conservada”; pelos obstáculos impostos pelo poder público e pela deterioração e vandalização que passa todo o centro de São Paulo. A informação não é correta, nem na época da postagem e nem no presente momento.

  5. Nos anos 80, mais precisamente em 1982, havia uma academia de musculação que funcionava no terceiro andar desse prédio. Não sei exatamente em que ano começou, mas frequentei lá até o começo dos anos 90, quando o professor, o Miro (Waldomiro Rosseti) sofreu um derrame e faleceu algum tempo depois. Era tudo muito antigo, muito improvisado, mas o Miro era bem competente. O nome da academia era Sandow, acho que homenagem a um antigo lutador. No fundo do terceiro andar havia uma espécie de quintal com um banheiro ao fundo onde às vezes tomávamos banho gelado mesmo. Quando comecei a frequentar havia uma mulher no fundo que tinha umas galinhas, algo bem estranho. Da janela avistávamos a antiga loja de roupas Peter, que hoje se transformou em Kalunga, não sei se ainda está lá. No térreo do prédio, na entrada, havia um chaveiro e ao lado um uma lanchonete. Nos outros andares nunca vi nada funcionando nessa época. O prédio era mal conservado, mas tinha uma estrutura boa, a escada era de madeira, mas era firme. Bons tempos!

  6. Porque se dermos inceintivos eles vão manter somente a fachada e destruir o interior do prédio. Sem isos já fazem estacionamentos.

  7. Nasci e fui criado na Conselheiro Crispiniano numero 105, no 11° andar pois meu pai era zelador desse prédio chamadonedificio Nice que era comercial só tendo o nosso apto.
    Muitas saudades desse lugar onde passei bons anos debruçado no muro do apto vendo greves, carga e descarga do Mappin nas madrugadas ou só o movimento da rua mesmo. Tempo que não volta.

    1. Do Nice eu me lembro que ele abrigou a Casa Amadeus, tradicional loja de partituras. Uma curiosidade: por que o acesso às escadas de emergência eram mantidas trancadas?

    2. Quanta saudades,trabalhei na Cinótica Depto.Profissional em 80/81 com a grande equipe do Sr.Carlos,muitas saudades mesmo!

  8. ola, Douglas tudo bem? Meu pai ja falecido disse que meu avô alemão Gustavo Schoroeder era padeiro numa padaria em frente o cine marrocos chamada Ayrosa…..

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