As profissões da São Paulo antiga

As profissões surgem de acordo com as nossas necessidades cotidianas. Algumas delas até persistem através de décadas e séculos, outras desaparecem após poucos anos e algumas, por sua vez, se modificam tanto que até lembram pouco de suas origens.

Fizemos uma seleção de algumas profissões bastante comuns em São Paulo nos últimos 120 anos para você poder conhecer um pouco de como era a vida do trabalhador em nosso passado. Será que conhece ou se recorda de alguma delas ?

O Limpa Trilhos

limpatrilhos

Conhecido também como engraxate de trilhos, a figura do limpa trilhos foi muito comum nas cidades que mantinham linhas de bondes, como este na foto, aqui em São Paulo. Além de observar eventuais defeitos ou problemas nos trilhos, eles caminhavam com um tambor de óleo nas costas para manter a linha de bondes lubrificada. Esta profissão hoje é extinta.

Vendedor de doces / Doceiros

doceiro1

Esta é uma profissão antiga, mas que ao invés de ser extinta conseguiu adaptar-se aos tempos modernos. Presença constante nas ruas de São Paulo e de qualquer cidade brasileira, os vendedores de doces fazem a alegria da garotada. O do recorte de jornal acima, datado de 1914, vende sonhos. Já o da imagem abaixo, de 1919, vende de tudo um pouco.

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Vendedores Ambulantes

Quem hoje tem a facilidade de um supermercado, atacado ou sacolão perto de casa sabe que basta pegar o carro e ir até a loja para comprar o que precisa. Antigamente, a coisa não era tão fácil assim e ou você iria em uma mercearia ou dependia dos famosos ambulantes.

Os vendedores de rua caminhavam pelos bairros cada um vendendo o artigo de sua especialidade. De panelas a cebolas, trazemos alguns deles até aqui:

Vendedor de Bananas - Década de 30 (clique na foto para ampliar)
Vendedor de Bananas – Década de 30 (clique na foto para ampliar)
Vendedor de Cebolas e Alho - Ano de 1919 (clique para ampliar)
Vendedor de Cebolas e Alho – Ano de 1919 (clique para ampliar)
Vendedor de Galinhas - Ano de 1919
Vendedor de Galinhas – Ano de 1919
Peixeiro - Década de 40
Peixeiro – Década de 40
Vendedor de Vassouras - Ano de 1919 (clique na foto para ampliar)
Vendedor de Vassouras – Ano de 1919 (clique na foto para ampliar)
Vendedor de frutas em São Paulo (ano de 1958)
Vendedor de frutas em São Paulo – Ano de 1958

Reparador de urnas eleitorais

Já tem um bom tempo que nossas urnas eleitorais são eletrônicas, entretanto houve um tempo em que as mesmas eram confeccionadas em madeira. Isso requeria a existência de um profissional exclusivamente dedicado à manutenção das urnas, de maneira que elas estivessem prontas para a próxima eleição. Esses profissionais geralmente eram carpinteiros, como o da fotografia a seguir:

carpinteiroeleitoral

Tendas de ex-escravos

Após o fim da escravidão o Brasil se viu com milhares de ex-escravos espalhados por todas as cidades. Infelizmente não houve uma preocupação de dar um emprego decente a essas pessoas e boa parte delas se viram sem um trabalho. Alguns tinham algum dinheiro e abriram pequenos negócios para se manterem.

As chamadas tendas faziam parte do cotidiano de muitas grandes cidades brasileiras, como São Paulo. A foto abaixo, dos derradeiros anos do século 19, mostram a Tenda do Pai Ignácio, que vendia aves, pássaros, gaiolas, arapucas e cordas. Com o tempo muitas fecharam e outras viraram mercearias ou armazéns de secos e molhados.

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O Jornaleiro

Ainda presente nos dias de hoje, a figura do jornaleiro mudou bastante do início do século 20 para o século 21. Se antes era comum encontramos os jornaleiros nas esquinas das ruas mais importantes, aos berros, anunciando e vendendo os jornais, hoje eles ficam bem confortáveis em suas bancas.

Muitos jornaleiros eram crianças, o que rendeu até a idealização do monumento Contando a Féria, localizado na Praça João Mendes. Entre os jornaleiros a figura mais famosa no centro de São Paulo foi Clóvis, que virou até cartão postal:

jornaleiro

Vendedor(a) de bilhete da loteria

Hoje temos uma grande diversidade de jogos disponíveis nas casas lotéricas. Mesmo assim sempre nos deparamos com a figura do vendedor de bilhetes, geralmente da loteria federal. A foto abaixo é da década de 50.

vendedoradeloteriaanos50

Entregador de leite a domicílio

Apesar de rara, essa é uma profissão que permanece na ativa tanto na cidade de São Paulo como muitas outras cidades. Antigamente muitas das casas tinham em seus muros além da caixa do correio a caixa para entrega de pão e leite (clique aqui para ver um bom exemplo).

O leite era entregue em garrafas de vidro retornáveis e depois foram substituídas pelas embalagens em sacos plásticos. Atualmente o leite a domicílio é entregue ou em garrafas plásticas ou nas embalagens longa vida. A fotografia abaixo é de um entregador do Leite Vigor na década de 30.

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Transporte Escolar

Engana-se quem pensa que o transporte escolar é algo das últimas 3 ou 4 décadas. Levar e trazer alunos para a escola é uma profissão bem antiga. A fotografia abaixo, dos anos 1910, mostra um tio da perua, ou melhor, da carruagem, levando de volta para casa crianças do extinto Colégio Des Oiseaux, em São Paulo. Não parecia ser um transporte lá muito seguro…

transporteescolar

O fotógrafo e a ovelha colorida

De todas as profissões citadas neste texto, resolvi deixar esta por última pois já julgava que estivesse extinta, ao menos em uma cidade grande como São Paulo. Entretanto, me surpreendi ao encontrar esses dois homens caminhando junto de uma ovelha colorida na zona leste de São Paulo.

Sim, eu acho uma maldade pintar a ovelha de rosa e amarelo, e também acho indigno ao animal leva-lo por vários quilômetros para trabalhar. Mas é inegável que o fotógrafo da ovelha colorida é algo completamente curioso e perdido no tempo.

Quando conversei com o fotógrafo ele me contou que herdou a profissão do pai e trabalha com isso há mais de 30 anos. A fotografia sai por R$10,00 e ele anota o nome e endereço do cliente em uma pequena caderneta, passando 15 dias depois no mesmo local para receber e entregar a foto, que é feita em uma velha câmera de filme.

Há muita gente que fez foto com essas ovelhas no passado.

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O Vendedor de amendoins:

Esta é uma profissão que não é apenas da São Paulo Antiga mas que nos acompanha até os dias atuais. O vendedor de amendoins é figura garantida em quase todos os cantos da cidade e ainda pode ser visto em ação em alguns estádios de futebol, como o da Portuguesa de Desportos.

A fotografia abaixo mostra um desses vendedores em 1950 na Rua Oscar Freire.

De todas estas profissões que mencionamos aqui qual delas você se lembra e de qual você nunca ouviu falar ? Já tirou foto com a ovelha colorida ? Mande para nós publicarmos!

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109 respostas

  1. Eu lembro do vendedor de quebra queixo, era um doce branco e rosa,duuuuuro que só mordendo hahaha,saudades boa.

      1. De quebra queixo eu vejo, mas não desse colorido mencionado aqui, que parecia um chiclete…
        Aliás se alguém sabe onde tem esse eu ia adorar ir atrás para comer e saber como se faz!

      2. Eu lembro dos pirulitos quebra queixo na década de 60,feito de puro açúcar tinha o formato de quarda chuva.. o vendedor llevava os pirulitos em uma espécie de uma tábua pendurada ao pescoço com buracos do mesmo formato do doce ..

    1. Na década de 80, quando eu era criança tinha esse tipo de quebra-queixo rosa, acho que eu fui da última geração a comer quebra queixo desse tipo, mas o que mais me surpreendeu é que em 1919 já existia vassouras como conhecemos hoje e inclusive tinha a vassoura de pelo.

    2. Lembro do cabeleleiro debaixo de uma árove: o cabeleleiro, sempre do sexo masculino, vinha com uma maleta preta, um banquinho e cortava o cabelo de meninos e meninas , ele colocava um lençol pequeno no pescoço pra não sujar. Lembro também que na sequencia, pelo menos uma vez na semana, tinha um vendededor de gibis usados, ele vendia ou trocava, ele vendia tambem uma deliciosa geleia de mocotó de corte. Doce tempos.

    3. O branco e rosa era conhecido como queixadinha duro pra caramba cortado com uma espatula o quebra queixo já mas mole

  2. E os desentupidores autônomos que ficavam na Rua Riachuelo? Sobre os vendedores de bilhetes da loteria, até 2013 tinha um senhor que oferecia bilhetes para funcionários de empresas em Pirituba, Jaraguá e região. O que mais me impressionava era a memória dele, pois se cliente falasse um número preferido, o bilheteiro sempre trazia o bilhete com os números preferidos. Infelizmente eu não sei o nome desse bilheteiro, pois sempre o chamávamos de Tio do Bilhete, sei que ele morava em Santana de Parnaíba.

      1. Tem um em pleno cruzamento da Rua Camargo com a MMDC, assim como eventualmente onde termina a Av. Waldermar Ferreira e inicia a Afrânio Peixoto. Tudo no Butantã.

      2. Douglas,

        Com a matraca eu também ainda veja de vez em quando, mas eu nunca mais vi vendedor de biju com aquele latão alto onde pendurado nas costas onde guardava o biju.

        Abçs

    1. Tudo que se lembra, com amor, permite a saudade e, é maravilhoso sim. Eternamente maravilhoso !!!

  3. Tem também o afiador de facas com aquele apito que fazia um barulho unico e reconhecivel a quarteirões.

  4. Caro Douglas
    Vc sempre é demais! Mas frequentemente “exagera”, como nessa coletânea das velhas ocupações… fiquei felicíssimo com esse post !
    Como complemento sonoro, aconselho seus leitores a ouvirem a marchinha carnavalesca de 1942 chamada “A mulher do leiteiro”; há registro da mesma no youtube na voz da Aracy de Almeida.
    No carnaval do mesmo ano a dupla “Joel e Gaucho” lançou a “A mulher do padeiro” ! A marchinha da Aracy fala mais especificamente da profissão sofrida, já a música da dupla é mais maliciosa … mas vale ouvi-las !

  5. Voce já foi em Aparecida do Norte ? Na Basilica antiga existe um fotografo que fotografa as crianças em cima de um cavalo ( de brinquedo ) com pele de onça… Gosto de fotografar e tenho uma pequena coleção desses personagens de rua. Tenho uma foto de um vendedor de “espanador” que é muito parecida com a que vc postou do vendedor de vassoura. Agora, a foto que deu origem a “minha série” foi um senhor, em belo horizonte, consertando , na rua… sombinhas !

  6. Todos os dias na rua de casa passa o vendedor de alho e temperos , as vezes o vendedor de pamonhas e panelas de alumínio. E como me recorda a infância!

  7. Existia também o fotógrafo que ia de casa em casa oferecer o serviço, que poderia ser ampliado e colocado em moldura. Também era comum que essa foto fosse pintada. Fazia-se um “desenho” da fotografia, emoldurava-se e lá ia ela para a parede.

  8. Não foi citado o amolador de facas e alicates, nem o que tirava a sorte com um periquito, tocando música girando manivela.

    1. Vamos fazer mais outro artigo sobre isso, incluindo outras profissões.
      O homem do periquito ainda existe, todos os sábados à tarde um deles fica caminhando com seu realejo dentro do Shopping Center Norte.

      1. Douglas, você tem em seu acervo algo sobre as lavadeiras da cidade? Ficavam às margens do Rio Tamanduateí… tenho uma lavanderia (Antiga Lavanderia de Bairro) e gostaria de fazer uma homenagem àquelas senhoras. Abs

      2. Dentro do shopping? frequentei durante algum tempo esse shopping, ficava num hotel próximo, parei de ir em março desse ano se não me engano, nunca cheguei a ver. Abç.

  9. Moro no Brás e ainda temos afiador de faca, vendedor de biju, de vassoura. Quando criança, recebíamos o pão em casa e havia também o peixeiro, que vinha numa carroça com compartimento fechado recheado de gelo e puxada por um cavalo. Havia também o vendedor de algodão doce.

  10. O leiteiro. Lembro de entregadores de leite em carroças puxadas a cavalo e de vendedores de leite que tinha a vaca no curral. Na Rua Cotoxó, Pompéia, tinha uns dois desses currais. Quando eu ficava na minha avó, eu ia la buscar.

  11. Meu tio vendia cocadas por S. Paulo na decada de 60. Até hoje tem um moço que vende pudim de leite na Praça da Sé, na esquina com a Barão de Paranapiacaba. E tem um senhor bem velhinho que vende cocadas na Rua frei caneca, próximo a Avenida Paulista

    .

    1. Meu tio e meu avô vendiam churrasquinho no Tucuruvi nos anos 70. Minha mãe vende cosméticos de porta em porta até hoje.

  12. Adorei a matéria, parabéns! Me lembro bem da ovelha colorida, tenho até foto com minha irmã e primos nela, hehe.

    Amei o anuncio do vendedor de sonhos “engogitar um estomago que não esteja habituado com essas violencias” hilário!

    E ocupações que vocês poderiam pesquisar se existiam antigamente são os vendedores de produtos de limpeza e de caranguejos

  13. È, estou ficando velho mesmo. Exceto a “van a tração animal” e o reparador de urnas, vi, ao menos uma vez alguém exercendo essas profissões. Quando pequeno eu ficava curioso para saber o que fazima aqueles sunjeitos com aqueles rolos enormes bambu na Rua Riachuelo ao lado sa SABESP. Só mais tarde percebi que eram desentupidores. Poderia ser citada, também, entre as profissões extintas, os técnicos que consertavam maquinas de escrever. Alguns iram aos escritórios e domicilios prestar o serviço. Houve um que, durante trinta e cinco anos reparou minhas velhas Remington e Royal portátil que me serviram bravamente durante quarenta anos.

  14. Para ilustrar os entregadores de leite, lembro do lindo poema de Carlos Drummond de Andrade – “A Morte do Leiteiro”. Esse poema fez parte de meus estudos de Língua Portuguesa na 7a. série em 1980. Nunca mais me esqueci. É belíssimo, vale a pena ler.

  15. O que mais me chamou a atenção é que em todas as fotos as ruas estão limpas, sem presença de papéis, guimbas de cigarro e lixo em geral, retrato de outra época, outra educação…

  16. Na rua Catumby, no Belemzinho, tinha um japones que carregava um pequenio tambor, nas costas, pintado de verde e que vendia pizzas em pedaços. era feita com uma massa grossa e tinha com dois sabores: aliche ou mussarela.Era uma festa quando ele chegava.Eu devia ter uns 10 anos de idade.

  17. Douglas, boa tarde.
    Mais uma excelente e simpática matéria, parabéns.
    Não li todos os comentários então não sei se já foi lembrado, mas tem 2 profissões que não vejo a muitos anos.
    Amolador de facas e tesouras, com aquele assobio tradicional e o homem do Realejo.
    Grande abraço.

  18. Suprimiram-se alguns comentários, inclusive o meu. Há algum problema com o Site ?

  19. Aqui onde moro, em Itapira-Sp, tem um elegante senhor que anda á pé pela cidade levando uma grande caixa com variados doces caseiros para vender, que são muito bons, por sinal..

  20. Parabéns por mais este excelente artigo.

    O que me surpreendeu foi o limpa trilhos.

    E me lembrei do garrafeiro que, a princípio, não andava a pé, mas quando sua carroça ficava cheia de sucatas como garrafas, jornais e outros itens a nós inserviveis, passava a caminhar puxando o cavalo pelo cabresto.

  21. Quando eu era pequeno e morava em Pirituba e depois na Vila dos Remedios, passavam vendedores de tudo. Quebra queixo, sorvete Skimel (delicia), peixeiro, fruteiro, verdureiro, etc…
    Depois mudei de SP e quando voltei fui morar em predio e não vi mais isso. Agora moro em uma casa de rua no Butantã e voltei a conviver com esses vendedores. O peixeiro foi proibido. Mas verdureiro, fruteiro, vendedor de ovos, sorveteiro, amolador de facas, vendedor de bijú, de ovos, produtos de limpeza, vendedor de pães, ainda passam por lá. Acho ótimo esse comercio.

  22. Na rua em que morava no Carandiru, isto mais ou menos em 1962,comprávamos carne, peixe, pães,bolachas, roupas tudo na rua. Minha mãe vendeu jóias de porta em porta.

  23. Não sei aí em Sampa mas aqui no Rio havia o tripeiro, vendia figado e tripa de boi em um carrinho na rua. Aquela foto do vendedor de galinhas é no Rio, no bairro de Santa Teresa. Abç.

  24. Matéria brilhante que retratou muito bem o quanto éramos felizes naquele tempo e muitas vezes nem dávamos conta. Faltaram apenas o vendedor de raspadinhas que fazia a alegria da molecada e o vendedor de produtos de limpeza e sua indefectível C10, este último ainda hoje visto em algumas regiões da cidade. Outro tipo bastante comum na periferia eram os moleques que faziam carreto com seus enormes carrinhos de rolemã nas feiras livres e alguns supermercados.

    1. Minha avó mora na Vila Granada e lá compra produtos de limpeza de um homem chamado Vagner e que passa pelo bairro com um C10. E o jargão ? “Sabããão, Cera líquida, pasta de brilhoooo” rs

      1. Pois é, na Vila Guilhermina também tem um do qual a minha mãe também compra produtos de limpeza. Trata-se de um clássico paulistano ainda em plena atividade.

  25. Na Vila Guilhermina havia até pouco tempo um vendedor de pães que percorria as ruas do bairro numa bicicleta, hoje de vez em quando eu vejo um de moto mas não é o mesmo que andava de bicicleta.

  26. Lendo novamente este post, lembrei-me que também exerci profissões extintas. Era datilógrafo (ate hoje não me entendo muito bem com teclados, basta ver alguns lapsos nos meus comentários). Mas, antes disso, era vendedor de rolos de barbante e “durex” em lojas de bairro. Quem tem mais de 40 anos deve lembrar que não existiam as malfadadas sacolinhas plásticas, tudo era embrulhado com papel e fixado com fita adesiva (“durex”) ou amarrado com barbante. Nos supermercados levávamos os produtos dentro de grandes sacos de um papel pardo e grosso. Incômodos para transportar, mas eram bem melhores que as tais sacolinhas de hoje.

    1. É verdade. Mas esses sacos de papel não podiam ser reaproveitados como sacos de lixo tal como as sacolinhas plásticas.

  27. Morei no bairro do Carandiru muitos anos, próximo à estação do metrô e à antiga Casa de Detenção, nos 70 e 80. Nessa época havia um rapaz que vendia carnes de porta em porta em um velho Jeep, com um compartimento refrigerado na parte traseira. Anos depois soube que ele faleceu, até de forma trágica. Ele era conhecido como “João da Carne”.

  28. Muito saudosa a reportagem. Fui criado em Goiânia, Goiás. Meu pai era dono de um hotel no centro da cidade desde os anos 50 até a metade dos anos 70, Hotel Fonseca. Era fornecido refeições aos hóspedes e pessoas de fora. E com isso havia muito resto de comida que ia sendo jogado em uma lata (lata mesmo, não havia plástico) e todos os dias passava um senhor em sua carroça que tinha criação de porcos e coletava em latões aquela que chamávamos de “lavagem” para alimentar seus porcos. Curiosidade, um deles era pai de uma dupla que viria a ficar famosos cantores de música sertaneja. Me desculpe prometo lembrar o nome deles e coloco em uma futura pastagem. Minha infância foi nos anos 60. Havia também os vendedores de leite com seus latões enormes que derramavam em nossas vasilhas também de lata. Direto da fazenda. Tempos bons.

  29. Outro clássico que muitas vezes acordavam a gente nas manhãs de sábados e domingos é o vendedor de pamonha – “Pamonha, pamonha caseira, pamonha de Piracicaba, pamonha do mais puro creme de milho…”

  30. Com 64 anos de idade, sim, me lembro de várias dessas profissões! Show de trabalho, Douglas! Tendo nascido e crescido em uma casa no começo da Rua Voluntários da Pátria em Santana, pude coviver com o vendedor de bananas, o peixeiro, o verdureiro, o leiteiro.. Um tempo de simplicidade, sem tanta ” frescura “, que é muito bom lembrar… Ah! E tinha o ” Realeijo “, com o periquito que tirava a sorte! Esse, de vez em quando, surge em algum ponto da cidade… Muito bom!

  31. Ahhhh… aqui onde moro (interior de são paulo) ainda é muito forte a figura do vendedor de porta em porta. Tem vendedor de: Ovo (que passa com um carro com uma gravação hilária), produtos de limpeza, Doces (hoje em dia trufas, doce de leite, cocada, bala de coco, etc), Panelas, tem também a figura icônica de um senhor que anda com uma perua combi, que é o consertador de panelas. O senhor carrega uma mini oficina dentro da combi. Tem também vendedor de frutas, e de vez em quando aparece o peixeiro, ao berros no microfone… olha a sardinha, sardinha, sardinha fresquinha… tem corimba, tilápiaaaaaa, cascuuuuuudo… olha o peixe, peixe, peixeeeeeeeiro… vendedor de churros, vendedor de vassouras… ufa… e mais um monte que esqueço ou se for ficar citando tudo aqui dá uma lista enoooorme.

  32. Por ter nascido em uma região mais para a periferia de São Paulo pude conviver e saber de muitas destas profissões. Ainda lembro de algumas como as senhoras que vendiam cocadas com tabuleiros na cabeça, as cuidadoras de crianças, os gelinhos ou sacolés feitos em casas, os tintureiros e alfaiates de bairro, mas lembro do meu avô paterno que era consertador de panelas e fogões nas ferias da Vila Prado, Santa Maria e Vila Nova Cachoerinha. Ah e minha vó Ofelia também trabalhava na feira vendendo temperos e pimenta moída na hora com moedor preso nas caixas de entregas de laranja. Lembro que comprava-se de tudo na região da 25 de Março e Rua Santa Rosa e depois vendia-se em casa !!! Muito bom esse relato Douglas !!! Parabens!!!!

  33. Boa Noite para todos e em especial, parabenizo-te Douglas, por esse excelente trabalho de memória, pois creio que povo que não tem memória, não tem história.
    Sou gaúcho, e em São Leopoldo/RS, onde nasci e vivi grande parte da minha vida, a realidade existente era semelhante. Lembro-me do leiteiro, do verdureiro, do jornaleiro, do padeiro e de tantos outros ‘eiros’ com muita saudade.
    Atualmente, moro na cidade de São Carlos/SP e, embora seja uma cidade bem desenvolvida, ainda conta com figuras históricas, como afiador de facas, verdureiros e outros ícones do passado.
    Eu, particularmente, compro, semanalmente, verduras e frutas, “diretamente da porta de casa’, de um senhor, que todo sábado pela manhã, passa com sua velha e querida Kombi, surrada, mas recheada de frutas e verduras.
    É uma pequena volta à infância…bons tempos…

  34. O da Ovelha colorida eu vi ele uma vez numa dessas ruas perto do Itaquerão (foi nesste ano).
    Eu via um vendedor de réstias (coletivo de cebolas) nas déc. de 80 e 90 na Al. dos Maracatins x Av. dos Bandeirantes-Moema.
    Eu lembro da caixa do correio e da porta de lado dessa mesma caixa para receber o leite. De vez em quando e recentemente, vi um vendedor de Biju, só não lembro se foi na Av. Brasil- Jardins ou se foi na travessa da Av. dos Bandeirantes, próximo a ponte que passa na Ver. José Diniz para acessar o Brooklin Novo.
    No Guarujá na década de 70 tinha passeio de charretes na R- da Praia, Praia de Pitangueiras- Centro.
    Eu vi a alguns anos atrás um desses que tiram a sorte com um Papagaio e não é que ele tira certinho a sua sorte.
    Já vi esses vendedores de produtos de limpeza em carros velhos.
    Você não citou os Vendedores de Mandioca, que passam com carrinhos de mão.
    De vez em quando vejo o Vendedor de Pirulitos, vestidos de Palhaços.

    1. Roland, Boa Tarde!
      É verdade!
      Esqueci muitos, mas realmente os vendedores de mandioca ( lá no RS, chamamos de aipim…kkkk ) são personagens que chamaram-me a atenção, pois eram peculiares. Lembro-me, que era guri novinho e ia com a minha avó Alice, escolher os aipins, para preparar aipim frito a fim de tomar com o café da tarde.
      Café da tarde ? O que é isso?
      kkkkkk

  35. Muito bacana! Não sei se interessa: na rua 12 de outubro, na Lapa, há um homem que afia facas, alicates e outros metais na calçada. Ela está todos os dias lá com seus apetrechos e é bem conhecido na região.

  36. Olá Douglas !!

    Primeiramente Parabéns pelo site.

    Eu tenho uma foto com aquelas ovelhas, mas infelizmente é daquelas
    que se chamavam binóculos por isso não tem como publicar
    tenho 47 anos e na foto eu não tinha nem dois anos.
    Eu morava na vila carrão e todos os dias sempre passava vendedores
    ou prestadores de serviços.
    Vendedores da Barsa quem ai se lembra, aqueles que compravam
    garrafas me lembro de um senhor que morava perto da minha casa
    que tinha um carrinho que era uma mistura de bicicleta com maquina
    de fazer algodão doce ele parava e havia um sistema onde destravava
    os pedais das rodas e girava como se fosse um tipo de panela onde
    ele colocava o açucar o algodão começava a se formar, que saudade!!

    Douglas, uma dica havia os vendedores de barras de gelo quando
    não havia geladeiras elétricas.

    Valeu Grande Abraço !!!

  37. Me lembro do consertador de fundo de bacias de chapa galvanizada. Ele andava com uma frigideira na mão batendo com pedaço de ferro. Nas costa uma caixa de madeira cheia de pedações de folhas de flanders e um maçarico a gás para efetuar os reparos. As bacias furavam no fundo devido ao atrito com o chão. Daí esperava-se o dia em que o sujeito vinha batendo a frigideira e era feito o remendo.

  38. Que ótimo!
    Vivo no Centro de SP há muitos anos, portanto quase não vi esses vendedores de porta em porta, mas em Sorocaba, Itapetininga e região ainda têm muitos vendedores, o senhor que conserta panelas, o vendedor de doces, de vassouras…

  39. Na rua onde moro ainda existe o tintureiro, que passa todas as segundas-feiras pegando as roupas, e as quintas devolvendo. Além do vendedor de bambu e o de pães.

  40. Tenho uma foto da minha mãe e meu irmão mais velho com uma dessas ovelhas coloridas.
    A figura do charreteiro e do telegrafista também entraram em extinção.

  41. Uma figura curiosa era a do fotógrafo com cisnes, barquinhos e carrinhos no litoral de SP, principalmente em Praia Grande, Santos e São Vicente. Seu que não tem muito a ver com o cotidiano da Capital, mas certamente marcou a infância de muitos paulistanos (e paulistas).

  42. Na década de 90,passava na minha rua um senhor e sua Kombi de doces,depois q ele faleceu nunca mais vi.

  43. Olá Douglas. Parabéns pelo site, sempre dou uma olhada nas suas postagens. Sou professor de arquitetura e trato bastante da questão dos vendedores de rua antigos. Você saberia dizer quais os fotógrafos das fotos postadas?
    Abraço

  44. Olá adorei seu trabalho… qualquer Paulista, em qualquer lugar que seja da grande São Paulo deve se lembrar do vendedor de Pamonhas ( “Olha aí, olha aí freguesia. São as deliciosas pamonhas de Piracicaba . Pamonhas fresquinhas, pamonhas caseiras. É o puro creme do milho verde”); também me lembro do vendedor de BOLACHAS, BOLACHAS, BOLACHAS, e, ainda, não tem como esquecer a carro (“perua”) que trocava garrafas por pintinhos.
    Parabéns e sucesso

    1. Aqui onde moro, no bairro do Tremembé, no extremo norte da cidade, que hoje é um exportador de febre amarela para todo o Brasil, anida passa o vendedor de de pamonha, pamonha quentinha, só que vem de automóvel e usa auto falantes elétricos. Mas a pamonha continua quentinha, feita na hora.

  45. Bom dia, Douglas!

    É possível identificarmos o local onde foi fotografado o “vendedor de vassouras?.
    Muito obrigada.

    Mariana Estevam

  46. E o entregador de barras de gelo? Usavam um furgão e entregavam barras de gelo nas casas que possuíam geladeira, ou melhor dizendo, caixa de gelo ou icebox.
    Era um móvel que possuía duas partes independentes, sendo que na parte de baixo, guardava-se as barras de gelo e na parte superior, os alimentos que se pretendia manter refrigerados. Conheci uma dessas “geladeiras” na casa da minha vó, isso por volta de 1950. Será que a gente descobre uma foto dos entregadores, que usavam um ganchão de ferro e luvas grossas, para retirar o gelo do furgão e “jogá-lo” na porta das casas?

  47. Havia também o vendedor de leite de cabra tirado na hora. Ele andava acompanhado de umas 10 cabras com guizos no pescoço e lavava-lhes as tetinhas na água da sarjeta mesmo. Vi-o pela última vez na década de 60.

  48. Boa noite, Heitor, parabéns pela matéria, feliz em saber, pelos comentários, que aí vem mais! Cheguei a você pesquisando, tentando encontrar as memórias de minha mãe, de 90 anos. Em sua infância no bairro do Belém, segundo seu relato, passava no final da tarde um senhor com um carrinho de mão que proclamava o bordão: batata assada ao forno, batata assada ao forno, doce, doce! A criançada corria e lambuzava! Você tem algo sobre isso?

  49. SP e suas pérolas! Adoro as preciosidades da metrópole se você precisar do mais antigo reparador da cidade saiba que existe o simpático Sr Manoel que trabalha em feiras livres fazendo um trabalho muito profissional. Ele afia troca válvulas pinos cabos borrachas faz qualquer tipo de reparos em seu fogão e ainda vai até seu estabelecimento ou domicílio! Há 55 anos no ramo ficou conhecido como Rei das Panelas. O trabalho tem qualidade durabilidade e honestidade. A prova viva de um velho verso panela velha é que faz comida boa! Facebook Marcelo Pedroso T 11 3625-1095 F 11 99430-4233 #reparador #sp #feira livre #fogão #domicilio #amor#rei das panelas #domicilio #são paulo #feira livre #sp #amor #artista #reparador

    1. Esta é esposa do Sr Manoel Oficio Artesão REPARADOR de PANELA ,FOGÃO AFIAÇÃO PROFISSIONAL ,BANCA REI da Panela o mais Antigo do Brasil…

  50. Certa tarde de domingo deparei com um homem que segurava uma caixa com uma manivela. Acima desta havia um periquito e aí girar a manivela a caixa emitia uma música e o passar o retirava um bilhete da sorte. A profissão de tocador de realejo acredito estar extinta, mas tive a sorte de me deparar com essa curiosidade.
    Abs

  51. Lembro muito bem daqueles vendedores de Fígado Bovino, em carroças puxadas a cavalo, gostaria muito de rever a foto de uma delas.

  52. Marcelo Pedroso SP e suas pérolas! Adoro as preciosidades da metrópole se você precisar do mais antigo reparador da cidade saiba que existe o simpático Sr Manoel que trabalha em feiras livres fazendo um trabalho muito profissional. Ele afia troca válvulas pinos cabos borrachas faz qualquer tipo de reparos em seu fogão e ainda vai até seu estabelecimento ou domicílio! Há 55 anos no ramo ficou conhecido como Rei das Panelas. O trabalho tem qualidade durabilidade e honestidade. A prova viva de um velho verso panela velha é que faz comida boa! 11 3625-1095 /11 99430-4233 #

    1. O CONSERTADOR DE PANELAS ,FOGÃO E AFIAÇÃO DE FACAS EM FEIRAS LIVRES de SP. SR MANOEL O REI das PANELAS…

  53. tenho a foto de feira livre sp de 1972 no começo do oficio do rei das panelas feira livre sp,posso mandar e pra onde?

  54. Eu vivi a minha infância no Ipiranga, na década de 1970. Lembro do vendedor de bijou, que passava com aquela madeira com um ferro preso a ela, que ia batendo e anunciando sua presença. Também do amolador de facas, o vendedor de bilhetes de loteria, e em alguns lugares maiores, sobretudo no centro, não nos bairros, o “lambe lambe”, que tirava fotos e as revelava em pouco tempo. Mais recentemente, cheguei a ver um amolador de facas, e um profissional especializado em conserto de guarda chuvas, por incrível que pareça, já que alguma lojas os vendem por preços bem em conta.São as que me lembro, por enquanto.

  55. Refletindo aqui, com o avanço digital, já desapareceram os cursos de datilografia (eu fiz o meu no Senac, na Rua Dr. Vila Nova, início da Rua da Consolação), os cursos de programação de computador em linguagens do tipo Basic, e estão desaparecendo os telefones fixos (uma linha já custou caríssimo), lojas de CDs e DVDs, e bancas de jornais e revistas (diminuíram muito). Acho que de tradicional, prevalecerão os livros impressos (embora, com a economia do Brasil, lojas de grandes livrarias foram fechadas). Como será o mundo daqui a 50 ou 100 anos? Cheio de robôs, de carros que andam sozinhos, veículos voadores? A engenharia genética terá conseguido criar super seres, muito fortes, de grande inteligência e imunes às doenças terríveis que ainda matam tanto? No início deste ano, perdi um grande amigo que conhecia desde 1983, vítima do câncer de pâncreas, o pior de todos.

  56. Maravilhosas as fotos, de valor inestimável. Retrato de uma época que mecanizou tudo e perdeu a humanidade ali contida

  57. ninguém fala do senhor de avental branco que vinha vender sorvete de casquinha em uma charrete na hora do almoço em frente ao Mackenzie em plena década de 70 ?!

  58. Bom aqui na zona sul de São Paulo ainda existe o vendedor de vassouras o que vende doces e um que toca algo como gaita que afia tesoura e arruma panelas, todos a pé.

  59. Lembro em 1980 de uma vendedora de CHURROS, que ficava na rua conselheiro crispiniano quase ao lado do predio de vidro do ITAU. era muito bonita e educada.

  60. Eu nunca tinha visto essa da ovelha. Nem ouvi falar. É vivendo , e lendo e aprendendo.Gosto muito de história. Parabéns pela pesquisa. Gostei.

  61. Oi sou a Eliane, amei viajar no tempo, não só lendo a reportegem, mas todos os comentários dos leitores. Nasci em 1949, vi e utilizei muito do serviço de todos esses vendedores, mas não me lembro de nenhum vendedor de bambú que muitos citaram, alguem pode me explicar para que serviam esses bambús??? Uma coisa bem lembrada acima, pelo Sr. Álvaro da Cunha Caldeira, foi do vendedor de leite de cabras! Na rua Luis Góes, Vila Mariana, onde morei da infância até minha juventude, nas décadas de 1950 e 60, de 15 em 15 dias passava um senhor vendendo o leite de suas 10 cabras, ele nem precisava anunciar, a gente escutava o badalo delas de longe, haviam muitos terrenos baldios pela rua, com muito capim verdinho para elas comerem, a criançada corria pra ver as cabritinhas e as mães iam atrás com canecas para pegar o leite. Outro fato citado muito interessante pelo Sr. Nilton Divino DAddio, sobre o entregador de barra de gelo, ele descreveu muito bem como era o serviço, lembro bem porque presenciei muitas vezes essa entrega na casa da minha tia na Av. Indianópolis na década de 50, ela tinha esse “móvel guarda-comida” com um gavetão para colocar o gelo. Outra coisa que lembro bem… eu ia comprar ovos para minha mãe na “vendinha do Seu Manoel” na esquina, ele os colocava no meio de serragem dentro de um saco grosso de papel, quando eu chegava em casa tinham pelos menos uns 3 ovos quebrados, e a clara virava uma cola lá dentro, grudando tudo junto e misturado, minha mãe ficava muuuito brava pela falta de cuidado e pelo disperdício, gente eu tinha só uns 7 anos! Meu Deus, tudo isso está tão fresco na minha memória e já se passaram décadas!!! Mas em 2023, ainda temos esse tipo de profissionais, pelo menos no Brooklin onde moro atualmente, aqui passa o afiador de facas, o vendedor de pamonha, de produtos de limpeza e vassouras, um coletor de óleo usado de cozinha e outro de lixo eletrônico, fora os tradicionais vendedores de queijo de Minas, mel e pinga da boa! kkkkk

  62. Havia açougueiro à domicilio nos bairros da capital de São Paulo. Vendia miúdos de boi. Ele usava uma carroça com um baú parecido com cobre, pelo menos a cor era de cobre. Ele tocava corneta na rua e as donas de casa saiam para comprar os miúdos que ele vendia. Isso foi até o final dos anos 60.

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