Casas – Alameda Joaquim Eugênio de Lima

É difícil negar que São Paulo revela uma surpresa arquitetônica em cada esquina. Sabemos que a capital paulista é bastante caótica com casas fora de padrão, sem recuo, erguidas muitas vezes sem qualquer orientação de um arquiteto ou engenheiro, mas mesmo assim quase toda rua tem pelo menos alguma construção bastante interessante, que chama a atenção ou por ser bela ou por ser exótica.

E falando em beleza não podemos deixar de falar das duas casas geminadas que encontramos nos números 164 e 166 da Alameda Joaquim Eugênio de Lima, na Bela Vista. Estas duas casas apresentam algo um tanto curioso e incomum.

clique na foto para ampliar

Embora tratam-se de duas casas geminadas com uma arquitetura até fácil de encontrar por ai, estas duas simpáticas residências possuem em seu frontão seis camafeus que dão um toque todo especial para elas. Não há muitas casas antigas em São Paulo com este tipo de detalhe na fachada. É costumeiro encontrar azulejos decorando o centro da fachada, brasões feitos em argamassa ou então o ano da construção, mas camafeus não são tão comuns.

Como é possível conferir na galeria acima, os desenhos se repetem nas sua residências sendo que são três imagens distintas representado artes plásticas. Terá a residência quando inaugurada pertencido a algum artista plástico ?

Infelizmente não conseguimos referências a respeito. Sabemos que nos anos 1960 residiam nas casas Rosina Cavaliere (164) e José Filipe Fernandes (166), entretanto não encontramos referências com esses nomes em nada relacionado às artes. O sobrenome Cavaliere, aliás, é também dos atuais proprietários do número 164 o que indica que este imóvel ainda está na mesma família.

Outra curiosidade se dá também no ano das casas. O IPTU apresenta duas datas para a construção, sendo uma em 1919 e a outra em 1927, no entanto tudo indica que seja uma dessas data apenas e que se trata de um erro. Eu arriscaria serem do ano mais recente.

Veja mais fotos das duas casas geminadas (clique na miniatura para ampliar):

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24 respostas

  1. Fico na torcida para que os futuros proprietários valorizem a história contida nessas belas casas.
    Olhando no google maps, percebi que existem belíssimas casas em frente à estas, inclusive uma delas está funcionando como agência bancária…
    Quando puderem dêem uma olhada!
    Abs
    BtO Antelo

    1. Alberto eu moro ao lado desse casarões e no entorno tanto nessa rua como na de trás ainda existe lindos casarões até mais bonito que esse. Na frente mesmo tinha um lido mais foi demolido na mesma rua na frente de um posto tinha outro enorme que esse mes virou um estacionamento…não sei até quando todos ficaram de pé.

  2. Nossa como antigamente tudo era mais lindo, viajo com essas imagens quem morava como era a vida da familia, e uma viagem no tunel do tempo….

  3. Este simples sobrado esta a venda pela bagatela de 6 milhoes e meio de Reais, e e tombado pelo patrimonio historico entao nao pode ser derrubado para a construcao de predio e nem modificado!!

  4. essas casas ficam do lado de casa, são lindas mesmo e na frente tem alguns casarões lindos e abandonados, um virou um banco outro foi demolido.
    é uma pena que o bairro de bela vista e toda são paulo viva esse abandona de sua arquitetura
    triste

    1. pois é eduardo como vc mora em frente cuida desse patrimonio pr favor assim q eu ganhar na loteria vou fazer deles uma mega churrascaria mantendo a originalidade e qm sabe vc vira meu sócio.PROFETIZE,um abraço.

  5. os casarões são lindos,se eu tivesse condições financeiras os compraria e os manteriam com a mesma beleza porem restaurando para q o tempo não o destruissem,,mas os donos abandonam e qdo põem a venda pedem um valor exorbitante q só a prefeitura tem condições de comprar.q pena.

  6. Olá:
    Os dois casarões são geminados mas meio diferentes por trás.Morei numa rua que dava para os fundos deles e tentava observar. O terreno é muito maior do que se imagina da rua.

  7. A casa da esquerda pertence a minha família e meu bisavô Josép Cavaleire foi quem a construiu. Aliás ele construiu as duas casas que eram de nossa família e depois foram dividias. Quem é desenformado não sabe a história que essas casas tem e o porque estão abandonadas deste jeito por causa da ganância e discórdia na família até hoje.

    1. Bruno,
      Obrigada por participar. As casas são muito bonitas.

      Sem entrar na discórdia familiar que é sempre algo a se lamentar, o que vc poderia nos contar sobre seu avô, por exemplo?De onde ele era, o que fazia? Por que e em que época construiu essas casas? Quem desenhou as casas? Por que os medalhões? Quem os desenhou/ fez? A família habitou a casa, ou era para aluguel?Se sim, por quanto tempo residiram na casa? Elas foram “divididas” quando? Isso alterou a construção original? Como?
      Obrigada
      Cybelle

      .

    2. Bruno , os Cavalieri eram primos de me pai, Alfredo Leonardo Pó, filho de Luciano Pó e Angela Colonna.; Morávamos na Alameda Eugenio de Lima, nr 198, quando eu era criança. e brincávamos com os filhos do Sr Enio.. Gostaria de saber mais sobre a família. Poderia se comunicar comigo pelo facebook ( Ana Lúcia Pó), in box?

  8. Sou vizinho dessa residencia, o proprietario e um senhor artista plastico, ja encomendei algumas obras com ele inclusive

  9. As casas geminadas com os medalhões são lindas. E a casa ao lado do Banco Itau no número 155. Gostaria muito de saber o nome do arquiteto, o ano que foi construida. Acho a casa linda!

  10. Já passei por estas casas e fiz o mesmo questionamento sobre os camafeus. Até então não tinha visto nenhum em fachada de residência. Procurei na internet o histórico da casa, mas não encontrei 🙁

  11. Ola,
    A casa da direita foi pintada e está muito bonita.Usou-se duas cores: bege e branco para dar destaque aos enfeites( 23/07/2018).

  12. Meu avô Pedro Mascaro, conhecia muito bem a região e uma vez voltando do cemitério da Consolação, depois do enterro da minha vó quando eu era criança, me contou uma história triste sobre o que acredito ser uma dessas casas, parece que o genro envenenou o sogro por questões de herança e que foi um escândalo na época, depois foi tudo abafado, não lembro se o genro ou o sogro era engenheiro….Algo assim

  13. As casas são datadas de 1924 (IPTU) A casa 164 pertencia a familia Cavalieri ( familia italiana ligados a arte da pintura ) foi vendida em 2018 onde instalou-se uma creche e a casa 166 continua com a Familia Fernandes.
    Os camafeus representam os “oficios” da época a literatura, a pintura e as ciências. Uma conjunto charmoso que poderia continuar preservado.

  14. Eu morei muitos anos nessa rua, no nº 30. A casa ainda é nossa, e vamos colocar à venda, porque minha mãe faleceu.
    Tambem foi construida na decada entre 1920 e 1930, e também está tombada.
    Moramos nela até 1972 e, depois do falecimento do meu pai, foi alugada para fins comerciais.
    – 1972 – ESTÚDIO e GALERIA DE ARTE Maria Bonomi (artista plástica, gravadora, escultora, pintora, muralista, curadora, figurinista, cenógrafa, professora) que ficou lá 11 anos
    – 1983 – Escritório da CATHO Recrutamento e gestão de pessoas
    – 2001 – RESTAUTANTE E PIZZARIA DONA PEDRINA – até 2021
    A casa tem uma fachada de 15,5 metros e 150 m2 de área construída, podendo ser utilizada para escritório, galeria, restaurante, etc.
    Eu também acho importante o tombamento dessas casas, lindas, memória da estruturação da cidade de São Paulo. Pena que a maioria já foi, mas precisamos conservar o que ainda temos.

    1. Tomara que os futuros proprietários cuidem delas como vocês cuidaram, elas são lindas. São Paulo precisa cuidar do seu patrimônio e cuidar da sua história para as próximas gerações.

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