Residência de Dina Brandi Bianchi

A Avenida Paulista, uma senhora de 120 anos, é de longe um dos logradouros mais populares e conhecidos de nossa cidade. E em sua já longa trajetória, muita coisa já aconteceu por ali.

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De início exclusivamente residencial, avenida já respirou ares aristocratas e foi repleta de magníficos casarões com muros baixos ou nenhum muro, em um cenário que hoje na América Latina só encontramos no bairro do Prado, na sempre elegante Montevidéu.

O elegante endereço dos grandes e modernos capitalistas brasileiros pós era do café foi sofrendo constantes modificações em toda a sua existência. Foi a primeira via paulistana a receber asfalto e também foi alvo de uma polêmica quando tentaram mudar seu nome para Avenida Carlos de Campos.

Ela resistiu a quase tudo que lhe foi imposto. Menos a uma: a especulação imobiliária.

E foi esta especulação voraz, aliada a inércia dos órgãos de preservação, que fez sucumbir mais um casarão, um dos poucos que ainda resistiam na avenida, a Residência Dina Brandi Bianchi.

Achar informações históricas sobre este imóvel é como encontrar agulha em um palheiro, impossível. Por semanas pesquisamos e percorremos todos os locais possíveis para obter informações que pudessem contar alguma história concreta sobre a residência que virou pó e pouco encontramos.

Além disso, como já explicamos em outros casos divulgados aqui no São Paulo Antiga, o CONPRESP é muito lento para decidir os pedidos de tombamento, que se acumulam no órgão.

Essa mesma lentidão não ocorre no lado das construtoras, que tem pressa para implementar seus empreendimentos e por isso correm para demolir os imóveis enquanto a lei ainda permite.

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Enquanto nossos burocratas ficam pensando se liberam a demolição ou preservam, nossa história é apagada. E somos privados de contemplar o passado urbanístico de nossa cidade. O velho casarão, em uma madrugada, ficou assim:

E hoje, somados a terrenos de outras residências demolidas na rua Leôncio de Carvalho, temos um imenso terreno vazio que dará espaço a um novo edifício. Outro, entre tantos que a avenida já tem.

É importante salientar que, apesar de revoltante, a demolição do imóvel foi perfeitamente legal uma vez que ele ainda não estava tombado.

Foto: Glaucia Garcia de Carvalho / São Paulo Antiga
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Sobre a casa, pouco descobrimos. O mais curioso que foi descoberto é que Dina Brandi Bianchi, já falecida, é mãe da Chef Silvana Bianchi, que por sua vez é avó de Sean Goldman, aquele garoto cuja mãe faleceu e a justiça brasileira determinou a ida dele para os Estados Unidos com o pai.

O São Paulo Antiga ligou diversas vezes para Silvana Bianchi para obter informações sobre a história do imóvel, mas ela não retornou nossas ligações nem respondeu a nossos recados.

Confira mais fotos do casarão demolido (clique na miniatura para ampliar):
Crédito das imagens: Glaucia Garcia de Carvalho

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38 respostas

  1. Essa casa era um descanço pros olhos! As outras 6 ou 7 que sobraram deveriam ser tombadas imediatamente! Como é possivel que ainda não sejam? Nem a residência Matarazzo foi respeitada.
    Como acontece o processo de tombamento?
    O pior é que os próprios proprietários não tem respeito. Quando ficam sabendo do “risco” de ser tombado, eles vendem para ser demolido. Pisam na memória dos próprios pais e avós.

  2. Nossa, estou chocada com isso. Achava em meu humilde pensamento que já nesta década, em que tanto lamentamos pela derrubada de vários casarões da Paulista e em que comemoramos a conservação da Casa das Rosas, haveria uma consciência maior de preservação dos remanescentes da velha Paulista. Mas pelo visto, esse é um pensamento de um grupo pequeno, muito pequeno.

  3. Ela não deu retorno por uma razão bem simples: deve ter levado uma grana boa da parte que lhe tocava. Essa família gosta de $$, se forem dólares então…

  4. Olá, sou estudante de arquitetura e urbanismo. Uma das coisas que me fizeram escolher o curso foi justamente o interesse que tenho sobre imóveis antigos, o seu site me ajudou bastante!! Parabéns pelo trabalho…

  5. Comecei a trabalhar em 1975 na Av. Paulista, com 14 anos já me encantava com os casarões que lá existiam, contudo me impressionou a velocidade com que estas casas desapareceram, substituídas do edifícios na maior parte horrorosos, que pena, bem a cara da especulação, posso prever que esta voracidade toda vai provocar num futuro próximo a desvalorização de um endereço tão belo que ficou para trás.

  6. Gostaria de saber se algum dos 5 leitores acima,caso fossem donos de um imóvel como este na Av. Paulista e tivessem oferta de compra por parte de uma grande incorporadora resistiriam a oferta. E continuariam conservado o imóvel para deleite visual de alguns poucos paulistanos.

    1. Meu maior sonho é poder comprar todos esses casarões meu caro…
      Em matéria de dinheiro eles rendem muito sendo alugados não precisam virar pó!

    2. Sim, e sem o apoio do poder público, que pleo contrário, poderia tombar o imóvel e indenizar o proprietário com quantia suficiente para comprar uma kitinete no Brás!

      Lógico que existem os abutres da especulação imobiliária, mas se o poder público fosse competente no trato dos tombamentos as demolições não seriam precipitadas.

      1. Concordo com você. E, mais antigamente, nem isso. Eram desapropriados e pronto. O proprietário perdia tanto o investimento como todo o direito sobre o imóvel.Como num roubo. Pimenta nos olhos do outro é refresco.

    3. COM TODA CERTEZA EU NÃO VENDERIA MEU CASARÃO. UM CASARÃO COMO ESTE, ALÉM DE SER LINDO, CONTA PARTE DE NOSSA HISTORIA.

      1. Não é caso de vender. O poder público tira ele de você, você perde tudo o que investiu e perde o direito sobre o imóvel. Em alguns dos casos o proprietário é indenizado com uma quantia mínima, que mal compra uma kitinete. Por isso vendem o terreno, antes da desapropriação. Tem que mudar a lei pra que a história seja transformada. No momento está tudo virando pó.

    4. Você está extremamente equivocado com a frase “deleite visual para poucos paulistanos”.
      Inclua aí muitos, muitos paulistanos, paulistas, brasileiros e até estrangeiros.

    1. Sr. Cesar

      Desculpe o atraso em responder às suas considerações
      mas estava justamente na Firenze citada pelo senhor onde tenho domicilio. Nas cidades européias por uma questão de legislação urbana é praticamente impossivel
      se demolir uma casa para se construir outra no lugar.
      Nos ditos centros históricos das cidades , tôdas as cidades, é IMPOSSÍVEL demolir. Se uma lei similar a esta fosse feita no Brasil seria um desperdicio pois
      90% das casas não tem valor historico e se encontram
      em sua grande maioria em estado lastimavel, sem nenhuma
      conservação. Basta ver nas reportagens postadas neste blog o aspecto dilapidado dos imóveis. A par disso as
      construções nesses centros historicos , especialmente as de Firenze tem ao redor de 5 seculos.Contemporaneas do periodo Resnacentista, elas recebem tratamento fiscal diferenciado por parte das autoridades municipais e acima tudo são de propriedade de pessoas que as restauram e as mantem, para gaudio dos Fiorentinos e de uma massa enorme de turistas que acorrem para as admirar. Ipsis literis para Paris e um
      menos para Londres. Minha concordancia vai para sua consideraçao final, sobre a extraordinaria breguice de São Paulo

      1. ok mas como 90% das residencias não tem valor histórico? Por que não são renascentistas ou góticas? Trata-se de educação, e história do nosso pais, vários daqueles casarões eram verdadeiras obras de arte, a avenida paulista conservada com certeza seria um ponto turístico super valorizado no mundo inteiro, imagine um lugar direcionado as artes e aprendizado, muito além de DINHEIRO e plantar conhecimento, como é possivel achar “normal” Vender história por dinheiro? Esse pensamento e o que leva a sociedade para o buraco.

  7. REALMENTE A PRESSÃO FINANCEIRA E MUITO TENTADORA ;MAS DEVERIA HAVER UM MEIO DE ESTABELECER UM PROCESSO QUE FOSSE BOM P AMBAS AS PARTES COM INTERLIGAR AS QUESTÕES DE PRESEVAÇÃO AO PLANO DIRETOR ;COMO PRESERVAR SE NO LOCAL SE PODE CONSTRUIR UMA TORREE UMA EQUAÇÃO COMPLICADA NO QUAL A MEMORIA SEMPRE PERDE .QUE PENA!

  8. GOSTARIA DE SABER SE A CASA FOI DEMOLIDA…E SE A DEMOLIÇÃO NÃO É O ESTACIONAMENTO AO LADO QUE ALI EXISTIA..

  9. Para o público frequentador deste blog, temos a opinião comum que cada casa dessas que vai abaixo, leva junto um pedaço da história de nossa cidade. Mas, tendo o bom senso de entender, sem romantismo, que desde sei lá quando, acho que desde sempre, não cultuamos a preservação do nosso passado ao nosso povo. Agora, juntamos isso com um governo que não governa, que cobra do proprietário de um imóvel desse porte o mesmo valor de IPTU (proporcionalmente falando) de um prédio comercial. Imagina quanto é o IPTU desse casarão ??? Fora o custo de manutenção de um imóvel desse porte e idade. É financeiramene um mico. Junte isso e some o fato que os atuais proprietários são os herdeiros de 2ª ou 3ª geração dos primeiros moradores, que não tiveram nenhum vinculo com essa casa, e que na sua maioria, são os remanescentes dos quatrocentões paulistas, na sua maioria falidos. Não tem vinculo emocional, gera uma despesa que geralmente não tem pra bancar, e veêm a possibilidade de se livrar da bucha, ganhando muito. Qualquer um de nós venderia. Esse é o fato.

    1. No caso em tela, a Silvana Bianchi é filha da dona, portanto tem, ou deveria ter, ligações afetivas e vivências no casarão, não é de segunda ou terceira geração, embora ela goste de se mostrar com grande valorizadora de ‘avós’ e laços de família… Mas a fulana gosta mesmo é de grana, gosta de viver na mídia por outras razões supostamente ‘sentimentais’ para se promover [como chef talvez?], tal qual celebridades nulas, precisa ser ‘lembrada’ de alguma forma para seu ‘métier’ não se jogado às moscas…Não deu retorno aos chamados para falar sobre o casarão porque a casa da mãe e onde viveu não lhe tocava o coração? Ou vai dizer que é questão de ordem privada e ninguém tem nada a ver com isso? Com o casarão ninguém deve se meter, privacidade preservada, mas não mede esforços em dar retornos e procurar todo tipo de mídia, sobretudo imprensa, para expor dramas privados e demagogicamente manipular os sentimentos de ‘estranhos’ em favor de sua ‘causa de famíla’ e que não é, obviamente, preservar a casa da mãe e de sua infância…
      O detalhe revela o todo.

      E a sobre quem questiona que aqui no Brasil não há isso de valor histórico,tudo é novo e recente, que lá fora é proibido demolir até cortiços italianos medonhos com varais plenos de ceroulas ao vento, porque têm mais de 500 anos, é bom lembrar que os Brasil já tem mais de 500 anos, pouca coisa dessa idade está em pé e graças a tal tipo de mentalidade que acha 100 anos pouco, nada por aqui chegará a contar com ‘500’ anos, não ficará em pé tempo bastante pra ter o mesmo status da cacalhada européia.

      Urge lei que impeça, sim, de construir prédios onde antes havia casas, com ou sem valor arquitetônico. Os donos e herdeiros podem vender, sem problemas, mas o comprador é quem tem de saber que não poderá demolir e plantar espigão; caso o imóvel não tenha ‘valor’ histórico e arquitetônico, ou sem chance de restauro devido ao avançado estado de abandono, então dê lugar a outra construção semelhante, se era casa que dê lugar a outra…casa. Simples assim. Quer dizer, seria simples se não fo$$e ‘a$$sim’…

      Nem tudo em Londres e Paris, pra citar duas cidades que conheci e numa morei, tem mais de 500 anos. Não chegam nem mesmo à idade dessa casa que foi posta abaixo pela ganância dos donos,maioria dos prédios de Paris não chega a 100 anos, sobretudo aqueles medonhos paredões de apartamentos, dezenas de janelas numa muralha compacta, com uma só entrada muitas vezes, de cores sombrias que lembram encardidos de fumaça. Lá são chiques, aqui seriam tão tachados de mostruosidades arquitetônicas como são os paredões de Copacabana, de Bal.Camboriú, da av.Hercílio Luz em Florianópolis. Mas lá acham que devem ser preservados, mesmo não tendo testemunhado a queda da Bastilha…Lá cortiço velho é chique,aqui um lindo casarão é coisa de brega?

  10. Sra. Lia

    Adoraria reler sua longa mensagem numa linguagem um
    pouco mais compreensível.

    Obrigado

    Luiz

  11. A grande verdade é a seguinte: a história de São Paulo tem o tamanho de sua concepção. Se até 1850 era uma vila sem importância, deixa de ser a partir dessa data. Ao contrário do que muita gente pensa, seus habitantes não eram simplórios caipiras, haja visto o movimento literário e artístico que brota na cidade a partir de 1917. Seus filhos, os paulistas, cujo o expoente máximo de civilização é simbolizado por Alberto Santos Dumont, amigo de Auguste Rodin e Thomas Edison, entre outros, não era menos civilizado do que os mecenas renascentistas Italianos.

    Já na década de 20, Dona Olívia Guedes Penteado hospedava o Príncipe de Gales em seu palacete na Avenia Duque de Caxias, enquanto o casal Tarsivaldo levavam Josephine Baker para tomar café da manhã da Praça Júlio de Mesquita após uma noitada deveras muito requintada, por vezes acompanhdos de Jacques Cendrars, entre outros…

    Sendo assim, com seus pouco mais que 150 anos, São Paulo e seu povo tem o direito à sua história e memória, e nada justifica essa especulação imobiliária injusta para o povo e para os proprietários desses imóveis… A culpa não é da arquitetura, a culpa é do governo que tomba e não paga os proprietários uma indenização decente, e favorece empreitadas dessas, encabeçadas pelos crápulas da especulação imobiliária, isso sim.

    1. Sr. Luciano

      Infelizmente a grande maioria dos paulistanos ao contrario de sua afirmação, é até hoje formada por simplórios e ignorantes caipiras, quando não, novos ricos deslumbrados. Apesar disso, no meio desssa turba ignara, de tempos em tempos sobressaem algumas personalidades extraordinarias a exemplo daquelas citadas em seu comentario. De volta à arquitetura , até o começo do século XX a cidade não possuia nada de
      relevante para mostrar , a parte algumas igrejas em sua maioria originarias do século XVIII. Mesmo estas
      eram projetos simples e em nada se comparavam àquelas
      erigidas em estilo barroco em Minas Gerais, Bahia e no Rio de janeiro. Quanto a preservação das casas e palacetes construidos na primeira metade do XX há pouco o que se fazer. Pelas mais variadas causas já expostas anteriormente , foram demolidas e cumpriria agora à sociedade lutar por algo belo que ainda existe em pé na cidade . Trata-se do extraordinario acervo de predios art deco e até de alguns art nouveau, para não falar dos modernistas como o caso do Edificio Esther, que se encontram na parte central da cidade especialmente em bairros como Campos Elisios ,Luz , Republica e Consolação. Os que lamentam a demolição dos casarões da Paulista deveriam se dar as mãos e
      empreender uma luta pela restauração deste extraordinario patrimonio que hoje se encontra todo pixado , dilapidado e invadido por legiões de pobres
      profissionais.

      1. Meu caro, os palacetes são do final do século XIX.

        Não vou elucubrar sobre barroco etc. São Paulo é diferente dos outros estados. Gostaria de lembrar que a população da cidade de São Paulo no tempo do Sr. Santos Dumont era pelo menos 20 vezes menor… e os ilustres paulistas citados, percentualmente, era um número mais expressivo.

        Hoje não é só São Paulo que é ignorante. O Brasil é ignorante. Vejo incrédulo a quantidade de votantes no Sr. Celso Russomano e fico imaginando uma igreja de mau gosto em cada esquina… Vejo um caminhão de obras e me dá taquicardia, ao pensar: o que vão demolir dessa vez?

        Demoliram a Kiltch, de 1971, ano que eu nasci: eu nunca fui lá, mas fazia parte de São Paulo, dessa organização ilógica de na mesma rua ter um teatro, uma igreja anglicana, uma ACM e alguns lugares de diversão para homens… Na mesma calada da noite, derrubaram um casarão na Bela Cintra de 1890… e vejo a minha cidade derreter diante desses desmandos.

        Eu não queria isso, eu gostava de São Paulo do jeito que ela era independente das suas considerações sobre a nossa arquitetura. Enfim, respeito as suas opiniões, gostaria que respeitasse as minhas e dos paulistas que se sentem fustigados por essa barbárie contínua que estão fazendo com a nossa cidade!

        Estão robotizando a nossa sociedade, só isso!

          1. Exatamente, “Kilt”. Que fiquei sabendo depois ser uma alusão à saia escocesa. Bem, me referia mesmo ao castelinho de diversões masculinas que havia na esquina da praça Roosevelt com a rua Nestor Pestana, e, sinceramente, nunca nem notei uma placa alí e nem era a minha intenção aqui discutir a grafia correta do nome. Acho que a preocupação desse sítio é a iconografia da cidade.

            Pois bem, é isso mesmo e obrigado pela correção.

            No mais, acabo de ver na esquina da Avenida Rebouças com a Rua Oscar Freire um prédio de 3 andares e bastante pitoresco que está sendo derrubado a marretadas. E os demolidores estão correndo contra o tempo antes que se termine o malfadado mandato do atual prefeito.

            Em tempo: acho que a idéia desse sítio é boa, mas enquanto as pessoas ficarem preocupadas em “ganhar a discussão”, as marretas estarão funcionando. Se for essa a idéia, paro aqui de denunciar e deixo a cidade aos bárbaros e desmemoriados, que talvez seja a vez deles.

            Cansei.

  12. Isso é revoltante,na Rua Santo Antonio (próximo onde eu moro) já demoliram um casarão histórico também, enquanto não existir uma lei sobre isso, as poucas e provas históricas da cidade vai se apagando aos poucos.

  13. Os proprietários desta magnífica casa foram espertos (infelizmente) pois poderiam ter seu imóvel tombado e indenizado por alguns trocados, como aconteceu com o palacete da mesma avenida.

    Desta forma constatamos como o poder público pode ser danoso à memória de uma cidade, se o valor das indenizações fossem pelo valor de mercado ninguém iria correr para derrubar da noite para o dia estas casas tão bonitas!

    Em outras palavras: na maioria dos casos de demolições o proprietário praticamente é obrigado a fazer isto se não quiser receber moedas pelo imóvel.

    1. Raro vermos alguem , como o senhor Paulo Cesar , fazer uma curta e realista analise do problema dos imóveis
      antigos em SP. Sem cair no rameirão choroso e infantil
      da maioria de outros leitores.

      1. O Sr. Manzione é ácido em seus comentários. Deveria ser um pouco mais respeitoso com os paulistanos

  14. Deveriam pegar e proibir o uso do solo após a demolição por uns 300 anos, quero ver se iam por no chão as presas.

  15. Um absurdo que ocorreu com esta demolição: o imóvel era vizinho a um outro tombado. Não está escrito que o que estiver a um raio de até 300 m dum imóvel tombado não pode ser demolido? Quem concede o direito de se fazer o que foi feito? Acho que, da mesma forma que quem defende bandido tinha que estar em prisão sem regalia, o mesmo vale para os que defendem a destruição de patrimônio histórico. No caso dos políticos, acho que eles têm de ser julgados como pessoas iguais às outras: basta de im(p)unidade parlamentar!

  16. Mas a mulher (Silvana Bianchi) perdeu a filha no parto do segundo neto por negligência e o outro neto acabou indo para os EUA com a guarda do pai americano… Creio que diante de tantas coisas, a pessoa meio que perde o interesse pelo bem, mesmo sabendo do seu valor histórico. Triste, mas muitos encaram a herança de uma casa antiga (histórica) como um fardo. O problema é o poder público não tomar as providências corretas, começando pelas leis que regulamentam tombamentos e indenizações aos donos de imóveis.

  17. Façam uma matéria sobre o casarão da Avenida Paulista de número 1373. Quase não há informações a respeito devido ao fato da casa ser de 1960.

  18. — Novo Rico e Rico Velho.  O último, rico em património, pobre em $$$.  Simples.  Uma vez que a ação de tombamento e sequer cogitada, toca a vender para incorporador, meter uns trocados no bolso, pegar o resto em cjtos comerciais, ou aptos, e se manda para o exterior.  

    Se o bem estiver na família por muitos anos, por lei não se paga ganhos de capital.  Quanto menos dinheiro vivo entrar na transação, melhor para o incorporador  ( que não teve que desembolsar o valor de mercado do terreno ), e o comprador, quando o assunto e evasão de dividas.  

    E aí, toca a comprar apto em aterro de brejo na Flórida, quê o que todos os otários dos ricos Brasileiros acabam fazendo.  E acham que estão fazendo um baita negócio.

    Tome conforto que tal vitória e fugaz…….    O nível do mar está subindo, e muito desavisado está comprando gato por lebre por lá, só para ver sua propriedade ser alagada pela alta da maré ( karma’s a bitch).. 

    Existe varias evidências pelas quais a Florida e o covil de espertalhões, e muitos fazem carreira na Corretagem.  Quando esfria no Norte, a escória escorrega para o Sul ( Velho ditado ).
    Indústrias importantes na Florida1.Fraude no Medicare ( SUS Americano
    2.Lavagem de Dinheiro Ilícito3.Plantação de Laranja4.Turismo5.Incorporação Imobiliária

    Eita primeiro mundo, diz o Caboclo de ca quando lá chega.

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